Roberto Carlos e Ivete Sangalo

terça-feira, 23 de outubro de 2012

domingo, 21 de outubro de 2012

Tem calma.







Tem Calma...


Tem calma contigo Mesmo e olha aonde vais

Espera um minuto, pensa no que farás

No meio da tormenta é duro navegar

E uma escolha incerta pode caro custar



Nem todo mau momento te faz fracassar

E em caminhos de pedras haverás de passar

Pois nem tudo na vida é como a gente quer

Mesmo em sombras na terra o sol brilha no céu



Segue adiante, sem olhar atrás

Vive cada dia e nada mais

E o que vier tu vencerás

Só tu tens a chave: Abres ou

Tem calma na vida o jogo é de verdade

Pra ganhar a partida vai com força e coragem

São as regras do jogo é bom sempre lembrar

Diante dos desafios é preciso tentar



Tu és precioso acredite ou não

Mas o amor tem sua casa nos terrenos da dor

E assim com o ouro pelo fogo vais passar

E o que tens de melhor o fogo vai revelar



Ainda que chores, tu vencerás

Só aquele que perde sabe também ganhar

Segue adiante, sem olhor atrás

Vive cada dia e nada mais

E o que vier tu vencerás

Só tu tens a chave: Abres ou fecharás...



TEM CALMA...

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Não estás deprimido, estás distraido...




Não estás deprimido, estás distraído...
Distraído em relação à vida que te preenche, distraído em relação à vida que te rodeia, golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.
Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano, quando existem cinco mil e seiscentos milhões no mundo. Além de tudo, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão conheço-me. O que é fundamental para viver.
Não faças o que fez teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria sem igual aos noventa, para citar apenas dois casos conhecidos.

Não estás deprimido, estás distraído.
Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma. Além disso, a vida não te tira coisas: te liberta de coisas, alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.
Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas de problemas são apenas lições. Não perdeste coisa alguma: aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção.
E não esqueças, que o melhor dele, o amor, continua vivo em teu coração.
Não existe a morte, apenas a mudança.
E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, o Arcanjo Miguel, Whitman, São Agostinho, Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditava que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados.
Faz apenas o que amas e serás feliz. Aquele que faz o que ama, está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando for a hora, porque o que deve ser será, e chegará de forma natural.
Não faças coisa alguma por obrigação ou por compromisso, apenas por amor.
Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível sem esforço, porque és movido pela força natural da vida. A mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha;
a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.
Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu. Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo.
E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros.
Lembra-te: "Amarás ao próximo como a ti mesmo".
Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês, é uma obra de Deus, e decide neste exato momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição.
Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever; porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os teus vizinhos.
Um único homem que não possuiu talento ou valor para viver, mandou matar seis milhões de judeus, seus irmãos.
Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo.
Podemos experimentar a neve no inverno e as flores na primavera, o chocolate de Perusa, a baguette francesa, os tacos mexicanos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol dos brasileiros, As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman; a música de Mahler, Mozart, Chopin, Beethoven; as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas.
E se estás com câncer ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e ambas são positivas:
se a doença ganha, te liberta do corpo que é cheio de processos (tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas)
Se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido... portanto, facilmente feliz, livre do enorme peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade,
disposto a viver cada instante profundamente, como deve ser.

Não estás deprimido, estás desocupado.
Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho. Ajuda os velhos e os jovens te ajudarão quando for tua vez.
Aliás, o serviço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.
Dá sem medida, e receberás sem medida.
Ama até que te tornes o ser amado; mais ainda converte-te no próprio Amor.
E não te deixes enganar por alguns homicidas e suicidas.
O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso.
Uma bomba faz mais barulho que uma caricia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida.
Facundo Cabral

terça-feira, 31 de julho de 2012

Quando o amor está longe dos olhos...


Na era do mundo globalizado, já não existem fronteiras para as conexões de qualquer ordem. E muito menos para o coração! Há algum tempo, relacionar-se com alguém que morava longe era raridade, coincidência, quase impossível. Hoje, as chances de você se descobrir completamente apaixonado por alguém a quem nunca sequer viu pessoalmente são bem grandes! Como tudo na vida, esta situação tem seus prós e contras. Para alguns, bem mais contras, e é fácil compreender os motivos. Estar longe de quem a gente ama realmente não é algo que se quer. Porém, como o coração não escolhe cidade, amar alguém à distância requer novas crenças, quebra de alguns paradigmas e muita disponibilidade para fazer dar certo! Se existe algum segredo para isso, eu diria que tudo começa com a confiança! Se você não acredita no que o outro fala, no que ele diz que faz e no que ele diz que sente (ou vice-versa), dificilmente haverá paz neste encontro, seja ele virtual, por telefone ou esporadicamente ao vivo. E amor sem paz não é amor, é vício! Mas sabemos que a confiança pode ter bem pouco a ver com a realidade dos fatos e muito mais a ver com insegurança, ciúme, baixa autoestima e medo. Sim! Medo de perder o controle da situação e sofrer uma decepção ou ser traído pelo outro. E, infelizmente, é exatamente esse o maior problema da distância: pré-ocupação. Isto é, um dos dois ou os dois terminam desperdiçando tempo, energia e romance com pensamentos paranoicos, tentando evitar que algo de errado aconteça e que possa estragar o que está tão bom, o que está dando tão certo, o que nenhum dos dois gostaria de perder! Quer saber de uma verdade in-dis-cu-tí-vel? Não temos controle sobre o outro. A vida acontece a despeito de nossas vontades e de nossos medos! Não podemos prever o futuro! Não podemos evitar a chegada do amanhã! Mas podemos, com certeza, viver o hoje, o agora, o presente da melhor maneira que sabemos, com o melhor de nós! Podemos ser coerentes com o que sentimos sem passar a vida toda tentando não sofrer! Sofrer faz parte, em qualquer circunstância, a qualquer distância. Sofrer é humano! No mais, deve servir para nos fazer crescer e amadurecer. Para nos fazer entender que relacionar-se com alguém é a maior chance de aprendizado que podemos ter durante toda a nossa história. Além disso, sofrer é só uma parte. O resto, tem de ser alegria, desvelo, prazer! Portanto, se você está vivendo um amor à distância, aproveite! Exercite sua capacidade de investir neste dia, neste momento. Fale do que sente agora, fale de você, fale do outro, para o outro e escute-o como uma carícia! Pare de “viajar na maionese” ou de insistir em responsabilizar o outro pelas “minhocas” que são suas. Sugira parceira e não briga! Conte sobre seus medos e até sobre sua insegurança. Revele o quanto esse encontro é importante para você e o quanto gostaria de fazer dar certo. Tire suas dúvidas. Pergunte, mas não intime! Não pressione ou exija garantias! Amor não é feito de garantias e sim de desejo . Desejo de ver, de ficar mais perto, de ultrapassar limites, de quebrar muros e vencer os quilômetros. E saiba que, mais cedo ou mais tarde, quando se sentirem prontos, terão de encontrar um modo razoável para minimizar e, por fim, acabar com qualquer distância entre vocês. Porque, afinal de contas, amor consolidado pede compromisso, cumplicidade e intimidade. Pede olho no olho, mão na mão, corpo no corpo. Amor de gente grande é aquele que a gente compartilha integralmente, pouco a pouco, e sem restrições. Deste modo, espere o tempo que julgar necessário e justo, ame à distância enquanto assim for preciso, mas tenha em mente o que sente e o que quer! E atenda à voz do seu coração!

Dra. Rosana Braga

Almaz

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Reinvente-se!

Reinvente-se! Depois de passar por fases difíceis, como o fim de um longo relacionamento ou alguma perda significativa, seja de emprego, financeira, de saúde ou material, é comum a gente sentir vontade de recomeçar, em todos os sentidos. E que bom que seja assim! Vida nova é a ordem interna! O fato é que toda dor e todo sofrimento tendem a render lições impagáveis e um crescimento que nos torna mais experientes, mais preparados para errar menos e ser bem mais feliz! Essa é a ideia de se reinventar. Ou seja, lançar mão de tudo o que foi aprendido nos últimos tempos, de todo o desejo de fazer melhor e, enfim, programar uma reestreia de si mesmo digna de plumas, paetês e fogos de artifícios! Afinal, você certamente deseja nada menos que uma ocasião semelhante a uma grande festa – particular ou entre amigos e pessoas queridas – para inaugurar uma nova e fantástica fase de sua vida! Mas lembre-se que este recomeço não pode acontecer da noite para o dia ou com apenas desejos jogados ao vento. Precisa ser planejado, sintonizado com a sua essência, com quem você realmente é. Sim, porque outro importante ganho depois dos “perrengues” da vida é uma maior consciência de quem somos, de nossos valores e de onde queremos chegar. Sobretudo, uma maior noção do quanto merecemos. E quando isso acontece, é hora também de descobrir o quanto temos feito por merecer. Porque não basta acreditar que você merece! É preciso fazer por onde! Portanto, comece colocando no papel, escrevendo suas metas. Divida em colunas por áreas: pessoal, profissional, financeira, saúde, família, amigos, amores, entre outros. Depois, detalhe o que quer alcançar. Lugares que quer conhecer, valores que quer economizar, cursos que deseja fazer. E coloque datas! Isso é fundamental! Data para começar e, se possível, data para acabar. Comprometa-se com sua história, seu sucesso e sua realização. Comprometa-se com esse período inédito e extremamente positivo. Foque as possibilidades, as portas e janelas e todas as alternativas. Esqueça um pouco os medos paralisantes, os obstáculos inventados, as dificuldades que tanto têm servido, até hoje, para te manter no cômodo lugar de vítima das circunstâncias. Perdoe alguma ofensa. Resgate uma amizade perdida. Recomece um esporte. Aprenda a fazer uma receita deliciosa. Mude de caminho. Observe mais as flores. Respire. Medite. Escute. Sorria. Permita-se. Viver é realmente uma aventura imperdível e impagável. Não desperdice sua chance. Faça acontecer! Faça valer a pena! Olhe adiante, confie na abundância do Universo, acredite que existe um lugar reservado exclusivamente para você. E se jogue! Mergulhe de cabeça em busca do que já é seu e você nunca tinha se dado conta. E assim, como se cada decisão acendesse luzes dentro de você, como se cada passo iluminasse seus cantinhos mais sagrados e secretos, como se a cada escolha você adentrasse num templo até então ignorado, continue seguindo seu coração, ouvindo a sábia voz de sua alma, e apostando na integridade de que é feito o amor. Porque o que vier, a partir de então, será belo! Dra.Rosana Braga

quarta-feira, 6 de junho de 2012

terça-feira, 15 de maio de 2012

domingo, 13 de maio de 2012

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Ainda bem. Marisa Monte

Ainda bem Que agora encontrei você Eu realmente não sei O que eu fiz pra merecer Você Porque ninguém Dava nada por mim Quem dava, eu não tava a fim Até desacreditei De mim O meu coração Já estava acostumado Com a solidão Quem diria que a meu lado Você iria ficar Você veio pra ficar Você que me faz feliz Você que me faz cantar Assim O meu coração Já estava aposentado Sem nenhuma ilusão Tinha sido maltratado Tudo se transformou Agora você chegou Você que me faz feliz Você que me faz cantar Assim

sábado, 7 de abril de 2012

Sobre casamento.


O escritor brasileiro Rubem Alves escreveu uma crônica muito inteligente, a respeito do tema casamento.
Eis suas palavras:

Depois de muito meditar sobre o assunto, concluí que os casamentos - relacionamentos - são de dois tipos: há os casamentos do tipo "tênis" e há os casamentos do tipo "frescobol".

Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos, e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.

Explico-me:

Para começar, uma afirmação de Nietzsche. Dizia ele:

"Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice"?

Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.

O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola.

Joga-se tênis para fazer o outro errar.

O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua "cortada", palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar.

O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo.

Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.

O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca.

Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la.

Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado.

Aqui, ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguém erre.

O que errou pede desculpas, o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...

Em relacionamentos inspirados na ideia do "frescobol", o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.

Bola vai, bola vem - cresce o amor...

Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...


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Pensemos nisso. Reflitamos sobre nosso comportamento nos relacionamentos que abraçamos.

Juntos, num mesmo jogo, numa mesma existência.

O bom jogador será sempre aquele que conhece o companheiro e que, acima de tudo, deseja vê-lo feliz.

Para meu filho Lucas



"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo".

Sejam felizes meus filhos!


José Saramago

terça-feira, 3 de abril de 2012

Amor impossível.Saiba como libertar-se dessa armadilha.


Com tanta gente circulando por aí, por que algumas pessoas acabam se encantando exatamente por aquelas que não lhes dão o menor sinal de interesse?

A ideia de escrever este artigo veio do fato de que tenho recebido muitos e-mails de pessoas pedindo para ajudá-las a conquistar alguém que não lhes quer bem. Como se existisse uma fórmula mágica ou então...ah! a tão desejada poção do amor.
Como se eu pudesse dizer onde se encontra a flecha encantada do cupido para que assim possam alvejar o ser amado, garantindo o direito de serem amados também.

Subi para o café que fica no topo do prédio onde trabalho, papel e caneta em mãos, pensando:

- O que faz alguém gostar de alguém que não lhe demonstra interesse?

Enquanto olhava a folha em branco, de repente senti algo se aproximar da janela da cafeteria. Era um serzinho com corpo de criança, asas branquinhas e um arco dourado nas mãos. Será possível??? Isso mesmo, era o pequeno cupido em pessoa, Eros, filho de Hermes e Afrodite. Dizem que quem é flechado por ele apaixona-se irremediavelmente. De perto ele é meio cor-de-rosa, sua tez é firme e seu sorriso tão colorido que dá vontade de comer melancia.

Com certeza era ele o responsável por tanta confusão! Bem que tinha cara de criança que gosta de aprontar das suas por aí!

O pequeno cupido sentou-se na beirada da janela, as perninhas roliças balançando, as asas se acomodaram de encontro à parede e ele parecia muito confortável enquanto me observava escrever. E assim, inspirada por esse instigante e inesperado visitante, permiti que as ideias escorressem por meus dedos.

Vou discorrer sobre o assunto a partir de três perguntas, sugiro que você faça essas perguntas a si mesmo!

1) Como anda a sua autoestima?

Ouça: uma pessoa que goste MESMO de si mesma não vai passar tempo demais desperdiçando a sua energia na direção de alguém que não retribui seus sentimentos!

Isso porque quando gostamos “mesmo” da gente acreditamos que muitas pessoas também possam gostar, sendo assim não faz sentido algum ficar insistindo em alguém que não retribua nosso afeto ou que não nos trata da forma como acreditamos merecer ser tratados.

Assim, para que uma pessoa se permita viver um amor impossível, para que se apaixone por alguém que não retribui seus sentimentos, é preciso que esteja com sua autoestima em baixa. Pessoas que se sentem “menos” tenderiam, então, a cair mais facilmente nessa armadilha. Como se não acreditassem merecer amar e ser amados, como se tivessem que receber sempre menos.

Primeiro passo para lidar com um amor impossível:

Aprenda a amar a si mesmo!

Cuide melhor de si próprio, aprenda a perceber-se como alguém único e dotado de valores, como alguém digno e merecedor de um amor correspondido.

Você se encanta por pessoas mesmo antes de conhecê-las em profundidade?

Perceba que quando um relacionamento não pode se concretizar por algum motivo, seja porque a pessoa desejada não retribui ao nosso afeto, seja porque não esteja disponível, a falta dessa pessoa na nossa vida cria um vazio, e esse vazio é como uma tela em branco. Frente a essa tela em branco começamos a criar uma pessoa em nossas mentes, pintando-a como bem queremos ( já que não podemos conviver com ela para descobrir quem de fato é). Assim, passamos a imaginar uma pessoa com todas qualidades pelas quais tanto ansiamos e é claro que inventamos boa parte disso! Quanto mais distante a pessoa está, mais se torna possível inventarmos o que bem quisermos. E logo começamos a imaginar uma pessoa que nada tem a ver com a pessoa real.

- Ah, essa pessoa é maravilhosa, é a mulher (ou o homem) da minha vida... é tudo com que eu sempre sonhei!!!! É generosa, divertida, carinhosa, etc, etc, etc...

Entenda, ISSO É MERA CRIAÇÃO! Você não tem como saber quem é de fato essa pessoa. O que está acontecendo é que você está apaixonado por você mesmo! Por aquilo que está imaginando.

Segundo passo para lidar com um amor impossível:

Seja realista!

Olhe as pessoas buscando a verdade que existe nelas. Pare de atribuir-lhes qualidades que não existem. Pare de negar os defeitos que possuem. Acredite no que a pessoa diz! Se ela lhe diz que não tem a intenção de se relacionar com você, acredite! Não fique achando que ela queria dizer outra coisa qualquer. Pare de criar expectativas irreais, baseadas na sua fantasia.

Lembre-se: quando uma pessoa quer de verdade ficar conosco, ela simplesmente fica.

3) A pessoa por quem você está encantado faz você sentir o mesmo que você sentia na sua infância?

Muitas vezes, quando alguém está sempre gostando de alguém que nunca o amou ou já não lhe ama mais, podemos encontrar as raízes dessa situação lá atrás, na infância.

Os nossos pais são os primeiros modelos de relacionamentos que temos. Através de nossa relação com nossos pais aprendemos muito do que depois vivemos com nossos parceiros afetivos. É comum que uma pessoa que não tenha se sentido amada e valorizada por seu pai ou sua mãe atraia parceiros afetivos que reproduzam esse modelo de relacionamento. Afinal, foi isso o que aprendeu!

Se você vive tendo amores impossíveis, pense um pouco se esse é seu caso. Pense se quando criança você fazia de tudo para conquistar o amor inacessível de um de seus pais, sempre sentindo-se frustrado nessa tentativa, sempre sentindo-se não amado. Se perceber que é seu caso, entenda que você terá que bater um bom papo com sua criança interna, dizer a ela que, embora não tenha se sentido correspondida em seu amor pelos pais, merece e pode ser correspondida no seu amor por um parceiro. A criança precisa se libertar dessa rede invisível que a aprisiona.

Muitas vezes uma psicoterapia é necessária para que se possa cumprir com sucesso essa libertação.

Enquanto isso não for feito, como se fosse uma armadilha, você continuará sentindo-se atraído justamente por quem não corresponde a seus sentimentos, recriando com exatidão aquela situação do passado.

Terceiro passo para lidar com um amor impossível:

Conheça a si mesmo e liberte-se das crenças que foram construídas no seu passado.

Eu já estava quase terminando de escrever este artigo quando o pequeno cupido foi se preparando para partir. Ele não pareceu muito feliz com as coisas que escrevi, talvez tenha achado que se as pessoas se tornarem conscientes os efeitos de suas flechas já não serão tão poderosos.

No entanto, antes que ele tivesse chance de levantar vôo, roubei uma de suas flechas e a anexei a este artigo.

Agora mesmo ela sairá da tela e acertará em cheio seu coração! ZAPT!!!!! (Fique tranquilo! A minha magia não deseja que você se apaixone por nenhuma outra pessoa e sim que se encante total e plenamente por você mesmo).

ZAPT!!!!!

Apaixone-se por si próprio em primeiro lugar!!!

Essa é a chave mais preciosa que posso oferecer a todos os que estão envolvidos em amores impossíveis.

Usem-na!

Por Patricia Gebrim

quarta-feira, 14 de março de 2012

Convivencia - A arte da felicidade ou da guerra?




Creio que não haja exercício mais difícil nesta vida do que conviver com
o outro. Aceitar as diferenças e administrar os conflitos, sem que isso
se torne uma guerra trata-se, certamente, de uma charada sagrada.

Sim, porque sem a convivência nos tornamos como que sem propósito.
Afinal, embora muitas vezes nos esqueçamos ou prefiramos ignorar esta
verdade, o fato é que tudo o que fazemos e somos está a serviço de apenas
um objetivo: sermos reconhecidos e amados.

Porém, é também na convivência que reside nosso maior desafio, o mais
humano e intrigante aprendizado, o mais intenso conflito a que nos
submetemos durante toda nossa existência, do primeiro ao último suspiro!

É quando todos os nossos sentimentos - um a um – ficam aflorados,
expostos, escancarados; algumas vezes de forma linda, mágica,
encantadora... mas outras vezes, de forma ridiculamente mesquinha,
pequena, assombrada...

Se considerarmos que passamos a maior parte de nosso tempo no ambiente de
trabalho, haveremos de considerar que são as relações nutridas neste
lugar que nos servem como práticas mais recorrentes.

Embora, geralmente, não estejam aí nossos encontros mais caros, é no
trabalho que trocamos nosso comportamento por um valor determinado,
previamente combinado, estejamos satisfeitos ou não com este montante.
Portanto, este pagamento nos induz, muitas vezes, a agir de modo
comedido, engessado, como quem cumpre um script sem considerar os
verdadeiros sentimentos.

Acontece que não fomos feitos para o fingimento e sim para a
autenticidade, seja ela bonita ou não. Assim, mais cedo ou mais tarde, é
quem realmente somos que fica em evidência e é a partir daí que
encontramos bem-estar ou desespero, alegria ou angústia, prazer ou dor,
conciliação ou tormento.

Justamente por isso que acredito piamente ser a gentileza nosso maior
trunfo. Obviamente que não falo da gentileza protocolar, mas daquela
genuína, capaz de promover a paz nos relacionamentos do cotidiano. Por
isso, embora realmente seja difícil praticá-la em algumas ocasiões, penso
que é urgente começarmos a ser gentis com aqueles que dividem conosco o
ambiente de trabalho e com quem compartilhamos a mesma casa, o mesmo
quarto e a mesma cama.

Por quê? Pra que? Até quando? Bem... se ao menos tentarmos e nos abrirmos
para sentir os benefícios que a gentileza pode trazer para nossas vidas,
tanto do ponto de vista interno, quanto relacional, certamente faremos um
esforço.

10 dicas para ser gentil na convivência

1. Tente se colocar no lugar do outro. Tente de verdade, com todo o seu
ser. É eficiente demais esse exercício!
2. Aprenda a escutar. Esvazie seus ouvidos para absorver o que o outro
está dizendo. Aí pode estar a solução que nem ele ainda foi capaz de
enxergar.
3. Pratique a arte da paciência. Julgamentos e ações precipitadas tendem
a causar desastres horrorosos.
4. Peça desculpas, especialmente se esta opção lhe parecer difícil
demais. Isso pode definitivamente mudar a sua vida!
5. Procure ao menos
três qualidades no outro e perceba que esse hábito pode promover
verdadeiros milagres.
6. Respeite as pessoas quando elas pensarem e agirem de modo diferente de
você. As diferenças são verdadeiras preciosidades para todos.
7. Demonstre interesse pelo outro, por seus sentimentos e por sua
realidade de vida.
8. Analise a situação. Deixe a decisão para o dia seguinte, se estiver de
cabeça quente. Alcançar soluções pacíficas depende também do seu
equilíbrio interno.
9. Faça justiça. Esforce-se não para ganhar, como se as eventuais
desavenças fossem jogos ou guerras, mas para que você e as pessoas ao seu
redor fiquem bem!
10. Seja gentil. A gentileza nos leva a resultados criativos e produtivos
e ainda desvenda a charada da convivência: único meio de nos sentirmos
verdadeiramente realizados!
Rosana Braga

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia da Mulher!!




PARABÉNS MULHER !

Não pelo oito de marco, nem pelo beijo e pelo abraço, nem pelo cheiro e pelo amasso. Mas por ser o que és... Humus da humanidade, Raiz da sensibilidade, Tronco da multiplicidade, Folhas da serenidade, Flores da fertilidade, Frutos da eternidade... Essência da natureza humana. Parabéns!

Autor desconhecido

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Aquilo que não dizemos!



Quando somos crianças somos ensinados que mentir é sempre ruim e dizer a verdade é sempre bom. Ponto final. Em inúmeros casos, isso está absolutamente certo. Princípios de honestidade e sinceridade, por exemplo, têm como base essa exata idéia.

O problema é que nem todas as situações pelas quais passamos na vida são tão “preto-e-branco”. Relacionamentos são complicados, sejam com nossos pais, amigos ou ditos cujos, pois cada um tem uma personalidade e cada pessoa age e absorve uma verdade de forma diferente.

Para complicar um pouco mais, à medida que ficamos mais velhos, e, principalmente, à medida que vamos adquirindo uma bagagem de relacionamentos, vamos percebendo que, nem sempre, falar a verdade é apropriado ou gentil.

Quem é que nunca soltou, por exemplo, um “você tá ótima” pra uma amiga que estava um bagaço, mas estava se achando linda? Soltar um “caraleo, o que você estava pensando quando vestiu essa roupa de vocalista do Calypso?” só faria a pessoa se sentir insegura e, pior, confrontada. Nem todo mundo, especialmente as mulheres, consegue ouvir um comentário sincero desses.

Quem nunca entrou numa briga monstra por comentar com o namorado que, o “amigo” que vocês acabaram de cumprimentar é um ex-ficante? Não é necessário ter feito nada de errado, mas é um tipo de verdade que só deixa o cara, de novo, inseguro e confrontado. Omitir para os pais duas horas do horário real em que se chegou em casa, omitir 10 kilos a uma colega que te perguntou se ela está gorda, não falar o que se realmente pensa a alguém que tomou uma decisão estúpida, falar que a comida de um anfitrião estava maravilhosa quando você, na verdade, mal conseguiu mastigar a maldita, são coisas que acabamos aprendendo a fazer para lidarmos de forma mais diplomática com as pessoas do nosso convívio.

É claro que, nos relacionamentos nos quais temos bastante intimidade, fica um pouquinho mais fácil ser sincero, sem levar uma porrada de volta. Mas, ainda assim, vamos omitindo cada vez mais, para cada vez mais pessoas.

O motivo pelo qual estou falando sobre isso é porque recentemente percebi a dificuldade de duas pessoas – queridíssimas minhas – em falarem para os seus ditos cujos aquilo que, de fato, estavam sentindo. Duas pessoas maduras e equilibradas, que estavam no seu direito de falar que não estavam se sentindo bem na relação, vivendo em martírio porque, simplesmente, temiam falar a verdade.

Então, eu pergunto: por que diabos não conseguimos falar?

A que vos escreve é o primeiro exemplo: sou desbocada e faladeira, mas comecei um blog só pra poder “falar” aquilo que não tinha coragem, e, muitas vezes, oportunidade, sobre o que passava na minha cabeça a respeito do meu namoro.

E aí vem a última pegada: quem nunca sentiu que não falar doía mais do que as possíveis conseqüências daquilo que se queria dizer? Quem nunca botou tudo a perder porque teve medo de dizer “eu te amo” ou piorou a situação quando não disse “eu não te amo mais”? Quem nunca entrou numa fria e acabou atrapalhando a própria vida porque não teve a coragem de dizer “não estou segura com relação a isso”, “não quero fazer isso”, “estou me sentindo assim ou assado” ou “eu acho que mereço isso ou aquilo”? Muita gente já passou por isso.

Dessa forma, devemos resgatar um pouco dessa falta de diplomacia infantil e falar o que pensamos quando sentirmos que não falar vai nos atropelar, machucar, doer. Não precisa ser daquelas pessoas inconvenientes que fazem os comentários mais maldosos fingindo que é apenas sincero. Mas apenas se permitir dizer aquilo que se quer na hora em que acharmos ser certa. E, vai por mim, você poderá se surpreender.

*Lulu Peters*

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Amor: exercício diário de autoconquista


Esse papo de que a gente precisa primeiro se amar para somente depois se tornar aprazível ao amor do outro é na teoria, bem simples de entender. Mais ou menos como quando a gente viaja de avião e, antes mesmo de decolar, os comissários se apressam em avisar: Em caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão automaticamente à sua frente. Coloque primeiro a sua e somente depois auxilie quem estiver ao seu lado. Ou seja, se você não se der conta de que precisa cuidar, antes de tudo, de si mesmo, não estará apto a cuidar do outro e nem despertará nele o desejo de cuidar de você. Em outras palavras, caímos no famoso dito popular: se você não se amar, ninguém mais vai amar.

Sim, eu sei, na prática não é tão simples. Tem a ver com autoconhecimento, autoestima e noção de merecimento. Tem a ver com o modo como você se enxerga. É tudo muito sutil, um tanto inconsciente, mas acredite: funciona exatamente assim! Enquanto você não conseguir se enxergar como uma pessoa bacana, gente boa mesmo, que tem uma beleza autêntica e interessante, que pode se tornar mais e mais atraente, tanto por dentro quanto por fora, não vai convencer ninguém de que vale a pena ser amada. Simplesmente porque nem você consegue fazer isso. Não consegue se amar. Não encontra motivos suficientes para isso. Daí, jamais terá condições de reconhecer o amor que o outro pode te dar.

Sendo assim, o primeiro passo é descobrir as razões que a torna uma pessoa que vale a pena ser amada. Talvez facilite se você pensar em alguém que realmente acredita que merece. Quem você diria que, se fosse como ela, certamente seria amada? Quais qualidades essa pessoa tem, tanto internas quanto externas? Por que ela é admirável e encantadora? Quais características lhe parecem tão sedutoras? Tome-a como um modelo, mas nunca, jamais, queira ser exatamente como ela. Você não é e nunca será, felizmente. Nosso maior trunfo é sermos singulares e complementares. Se fôssemos todos iguais, o mundo seria uma grande chatice, pode apostar!

Agora, pegue uma folha e anote tudo o que você precisa melhorar. Por exemplo: cabelo, pernas, pele, humor, jeito de falar, tolerância, falar menos, ouvir mais, não levar tudo tão a sério, ser menos defendido, mais carinhoso, mais divertido... Você sabe! Se estiver realmente disposto a gostar mais de si mesmo, certamente vai se empenhar para se tornar gostável. Peça aos amigos para te contar ao menos uma característica sua que poderia ser melhor. E seja inteligente para aproveitar. Não tome tudo como uma crítica, ouça como uma oportunidade de crescer, evoluir.

E assim, lapidando seu corpo e sua alma, como um processo, uma reforma de si mesmo, estou certa de que, dia após dia, você vai se apaixonar por quem é, por quem você sempre foi, mas se deixou perder em meio a tantos medos e defesas. E quanto mais se olhar diante do espelho e se admirar, mais encontrará seu lugar no mundo. E mais digna e elegantemente o ocupará. E mais certeza terá de que, apesar de não ser amado por todos – porque ninguém é unânime – será amado por quem tiver de ser. Por quem for compatível. Por almas afins, que se identificam e se complementam.

Amar a si mesmo é um exercício diário de autoconquista. Do mesmo modo que você ama o outro pelo que ele faz você sentir, também se ama, ou não, pelos sentimentos e sensações capaz de se provocar. E é isso, exatamente isso, que faz com que o outro também se apaixone por você, ou não... Tudo vai depender não de procurar a pessoa certa, mas de se tornar a pessoa certa! Não de amar o outro para então ser amado, mas de se amar para então ser amado pelo outro e, em contrapartida, oferecer a ele o seu melhor e mais lapidado amor!

Dra. Rosana Braga

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Tecnologia x Relacionamento


Em uma entrevista dada à respeito de relacionamentos virtuais, um jovem universitário americano de 28 anos apontou como ponto positivo a seguinte idéia “Sempre se pode apertar a tecla de deletar” .

Uma frase que condensa em poucas palavras as novas regras ou possibilidades de relacionamentos, assim como a forma e o terreno onde os mesmos começam e terminam.

Inúmeros são os artigos e pesquisas que abordam o tema sempre com o objetivo de compreender um idioma que se torna cada vez mais comum entre os jovens, que causa dúvidas nos mais convencionais e que dita o rumo para onde as relações tendem a caminhar.

O surgimento da tecnologia abriu caminhos e portas, recriou estruturas, redefiniu comportamentos e ampliou formas de relação, reduziu barreiras, possibilitou acesso rápido a conhecimentos distantes, aproximou o mundo e suas diversas culturas. Acima de tudo instituiu um universo com linguagem própria capaz de ser falada e compreendida por todos ainda que sejam de origens distintas e distantes entre si.

Em meio a essas transformações as relações vão se moldando, encontrando novas formas, se equilibrando, tentando sobreviver. Vimos muitas e cada vez mais pessoas que criam e se refugiam em seus cibermundos, vivem neles uma gama infinita de sonhos, sentimentos, desejos, fantasias, um mundo aparentemente quase real, não fosse pelo fato que se entra e sai nele com o apertar de um botão, liga-se e desliga-se sem que se tenha que lidar com a intensidade característica do mundo real, com os conflitos reais, com as demandas de um parceiro real, com a complexa dinâmica e desordem do mundo real.

Fácil, infinitamente mais fácil ser amigo de trezentos nas redes sociais do que cinco na rede real. A euforia virtual encanta enquanto se torna um convite à fuga dos sofrimentos humanos reais. Por vezes funciona como um depósito de sentimentos gerados fora da tela de um computador e que não encontra vazão suficiente nas relações familiares ou nos amigos e companheiros reais. Todos estão aparentemente muito próximos e conectados quando na realidade sentem-se mais distantes e solitários.

Cada vez mais sós em seus sentimentos, muitos se lançam e naufragam em seus cibermundos, criados, personalizados e adaptados para suas demandas. Fazem parte deles aqueles que por se encaixarem em critérios pré-definidos foram eleitos os ideais de amigos, de parceiros, de namorados enquanto os reais possuem falhas demais, demandas demais, são complicados demais. Vimos o conflito das relações sólidas, profundas e verdadeiras versus as efêmeras, frágeis e acima de tudo descartáveis. Ora, se uma relação real precisa acontecer em terreno sólido, com muito empenho e trabalho dos dois lados, como seria possível encontrar firmeza naquelas que funcionam apenas na presença virtual, porém na ausência real? Muitos não se interessam pela resposta já que o importante é estar conectado... Conectado com o que? Com quem?

Para muitos o ciberespaço representa uma proteção contra uma realidade intensa, dura e complexa demais, uma fuga dos sofrimentos, dos conflitos, das dúvidas que compõem a natureza humana. Os riscos da realidade tornam-se mais distantes à medida que uma determinada pessoa se lança a esse mundo abstrato e paralelo e assim segue uma vida imaginária perfeitamente moldada para si.

Estar no mundo real, vivê-lo plenamente, intensamente, lidar com conflitos, medos, riscos é certamente mais humano e sem dúvida real. Possivelmente muitos não querem pagar o preço do compromisso, mas ao optar por esse caminho perdem pouco a pouco sua humanidade, automatizam relacionamentos, padronizam o comportamento e por fim plastificam a vida. Perde-se o essencial do humano, a capacidade em entrar em contato, algo muito diferente do estar conectado, e aos poucos perde a capacidade de estar com o outro.

A internet trouxe infinitas possibilidades e imensas transformações, importante, porém não sermos devorados por tanta tecnologia à ponto de corrermos o risco de transformamos o que não precisa ser mudado. É necessário que saibamos construir pontes que nos levem a novos caminhos, a mais conhecimentos, mas que também nos tragam de volta à vida real e humana, da qual nunca devemos nos afastar por tempo longo demais.

Um abraço,
Juliana Amaral

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Mentira, Covardia e Egoismo


MENTIRA, COVARDIA E EGOÍSMO

A pessoa MENTE porque é COVARDE e esta covardia se deve ao fato de seu EGOÍSMO fazer com que ela de alguma forma, se beneficie desta mentira, sem se importar com o mal que fará aos outros.

O indivíduo mente, acredita na própria mentira, finge-se de ofendido se questionado e quando não tem saída, tenta justificar o injustificável, atacando, arrumando pretextos, se fazendo de vítima ou mentindo mais ainda.

Isso se chama DISSIMULAÇÃO, MALDADE E FALTA DE CARÁTER !!!!!

Os que agem desta forma, são justamente os que mais julgam o comportamento dos outros, esquecendo-se do seu próprio.

Não estamos falando da "mentirinha" usada para surpreender alguém ou para descontrair. Falamos da mentira que destroi, humilha e engana buscando vantagem, encobrindo a covardia ou falta de caráter. Os mentirosos de plantão, que se julgam ótimos atores e que normalmente se gabam disso, constumam falar muito de "mentiras construtivas" ou "mentiras necessárias" para justificar seus atos. Não se esqueçam de que existe uma linha tênue separando o "necessário" daquilo que é CONVENIENTE.

Fonte: www.avt.com.br

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Mudanças!



Mudanças
Vanusa
Hoje eu vou mudar
Vasculhar minhas gavetas
Jogar fora sentimentos
E ressentimentos tolos.
Fazer limpeza no armário
Retirar traças e teias
E angústias da minha mente
Parar de sofrer
Por coisas tão pequeninas
Deixar de ser menina
Pra ser mulher!
Hoje eu vou mudar
Por na balança a coragem
Me entregar no que acredito
Pra ser o que sou sem medo.
Dançar e cantar por hábito
E não ter cantos escuros
Pra guardar os meus segredos
Parar de dizer:
"Não tenho tempo pra vida
Que grita dentro de mim
Me libertar!"
(DECLAMANDO)
Hoje eu vou mudar
Sair de dentro de mim
E não usar somente o coração
Parar de cobrar os fracassos
Soltar os laços
E prender as amarras da razão!
Voar livre
Com todos os meus defeitos
Pra que eu possa libertar
Os meus direitos
E não cobrar dessa vida
Nem rumos e nem decisões!
Hoje eu preciso
e vou mudar
Dividir no tempo
E somar no vento
Todas as coisas
Que um dia sonhei
conquistar,
Porque sou mulher
Como qualquer uma
Com dúvidas e soluções
Com erros e acertos
Amor e desamor.
Suave como a gaivota
E ferina como a leoa
Tranqüila e pacificadora
Mas ao mesmo tempo
Irreverente e revolucionária!
Feliz e infeliz
Realista e sonhadora
Submissa por condição
Mas independente por opinião,
Porque sou mulher
Com todas as incoerências
Que fazem de nós
Um forte sexo fraco!
(CANTANDO)
Hoje eu vou mudar
Vasculhar minhas gavetas
Jogar fora sentimentos
E ressentimentos tolos.
Fazer limpeza no armário
Retirar traças e teias
E angústias da minha mente
Parar de sofrer
Por coisas tão pequeninas
Deixar de ser menina
Pra ser mulher!
Eu vou mudar!
Eu vou mudar!
Eu vou mudar pra valer!
Eu vou mudar!
Eu vou mudar!
Eu preciso!
Eu preciso mudar!

domingo, 1 de janeiro de 2012