Roberto Carlos e Ivete Sangalo

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Manual do beijo!


Beijar é muito bom. Apaixonada, melhor ainda! Mas, só com tesão, por que não? Tem beijo doce, beijo guloso, beijo mordido, molhado, o selinho... Tem os inesquecíveis, os surpreendentes, os que foram roubados e os que nos deixamos roubar. Tem beijo proibido, ousado, beijo-tabu, beijo lambuzado. A gente quer todos e quantos mais inventarem. A gente quer inventar. E beijar muito!Conversamos com especialistas sobre o assunto e reunimos dicas para você mandar superbem. Porque se o rosto é o cartão de visita, o beijo, caras leitoras, é a visita em si!

Olhos fechados ou abertos

"Se estiverem fechados, você concentra a sua atenção mais na sensação do beijo, na boca. Se estiverem abertos, você aproveita para trocar energia também pelo olhar. Então, a escolha é sua, mas o que não vale é beijar olhando para os lados" - Sérgio Savian, especialista em relacionamentos amorosos.

Explore o ritmo dele

"Vale morder, sugar, roçar... O legal é explorar a boca e são tantos os movimentos que precisaríamos de uma página inteira para demonstrá-los, mas dois são bastante interessantes: experimente roçar lentamente a língua no céu da boca no momento do beijo. Outro é contornar os lábios dele com a língua, lentamente, e, logo depois, beijá-lo profundamente.

TESTE: Você está realmente apaixonada?


Descubra o ritmo dele e imponha o seu também. Deixe ele comandar alguns movimentos, siga-os e, depois, vá fazendo os seus próprios. Um bom beijo é assim, feito por duas pessoas. Outra dica é usar a sua respiração para deixar o cara entusiasmado. Quando estiver no meio do beijo, respire com força e profundamente. Então, estreite-o mais ainda nos seus braços" - Pedro Paulo Carneiro, jornalista, autor de "Dossiê do Beijo: 484 Formas de se Beijar".

Use as mãos a seu favor

"As mãos fazem parte de um bom beijo. Enquanto você beija, pode fazer carinho nos cabelos dele, no rosto etc" - Sérgio Savian, especialista em relacionamentos amorosos.

Mão-boba

"Se você não quer a 'mão boba', o ideal é deixar seus braços caírem na lateral de seu corpo e segurar as mãos do outro com delicadeza, fazendo carinho e guiando-as para as áreas de seu corpo onde gostaria de senti-las. Por exemplo: pode guiá-las para a sua cintura ou para as costas. Mas tudo com jeitinho!" - Pedro Paulo Carneiro, jornalista, autor de "Dossiê do Beijo: 484 Formas de se Beijar".

Em que lugares os homens gostam de receber beijos e mordidinhas?

"Isso depende muito, mas, em geral, beijos no pescoço, nas orelhas, nas têmporas, na testa, no nariz e até nos olhos são excelentes complementos para o beijo na boca. Ainda assim, alguns podem estranhar, então a minha dica é ir beijando lentamente essas outras áreas, sem pressa, para que você possa sentir se ele está gostando ou não" - Pedro Paulo Carneiro, jornalista, autor de "Dossiê do Beijo: 484 Formas de se Beijar".

Beijar chupando bala

Já experimentou com balas de menta ou anis? Coloque na geladeira e ofereça para o seu bem. Depois, grude-se nele, claro. Você não vai nem lembrar que existem calorias. "Sim, é totalmente válido! É até legal você compartilhar com a pessoa a bala, frutas, mel, chocolate, gelo... É divertido introduzir um elemento surpresa no beijo, seja ele um doce, uma técnica ou um jeito diferente de beijar" - Pedro Paulo Carneiro, jornalista, autor de "Dossiê do Beijo: 484 Formas de se Beijar".

Batom: ame-o ou deixe-o

"Ajuda a ficar com a boca bonita, atraente. Mas pode atrapalhar porque se espalha pelo seu rosto e pelo rosto dele" - Sérgio Savian, especialista em relacionamentos amorosos. Entre quatro paredes, tudo bem. Em público, é bom tirar o excesso e, se possível, passar só um gloss. Você não vai querer deixar o seu gatão com a cara do Coringa, do Batman, vai? Caso a resposta seja afirmativa (você é má, hein?), leve um lencinho umedecido na bolsa. Ele vai adorar a sua gentil preocupação com o bem-estar dele.

A tal química

O que dizem dela é que: ou bate, ou não bate. Há estudos científicos tentando desvendá-la. E até matérias em revistas femininas (com a nossa!) abordando o tema como se fosse a oitava maravilha do mundo. Com o beijo não é diferente. Ou encaixa, ou não encaixa. "Imaginem só um beijo sem língua. Pois é, o famoso 'beijo francês' de beijo não tem nada, é mais técnico, porque eles não usam a língua. Uma vez beijei um parisiense e foi super sem graça, foi oco, vazio, um horror. O cara chegou a comentar que o meu beijo era diferente e achei muito engraçado. Lógico, né? Eu usava a língua e ele não!", ri Andréia B*, 23 anos. "Mais tarde, descobri que, para os estrangeiros, beijo é coisa muito íntima. De língua, então, nem se fala! É coisa de namorado mesmo", conta.

A questão vai muito além da nacionalidade. O beijo depende de cada pessoa. "Não existe esse negócio de beijo bom e beijo ruim. Existe beijo que encaixa e beijo que não encaixa, pura química, só isso. Tem beijos que, de primeira, não são tão bons e, depois com o tempo ficam excelentes. Quando você gosta da pessoa, você se acostuma, aí cada um adapta naturalmente a sua forma de beijar e rola o encaixe", diz Andréia.

Cláudia Felício, jornalista, autora de livros voltados ao público adolescente - entre eles, "Tudo sobre meninos... para meninas" (Editora Planeta Jovem) - assina embaixo da 'teoria quebra-cabeças' de Andréia. "É tudo uma questão de encaixe mesmo. Às vezes o cara quer beijar rápido e a mulher curte um beijo mais lento. Às vezes é do tipo 'língua de manivela' e a parceira prefere beijar de outro jeito ou vice-versa. O beijo bom é aquele no qual se chega a um acordo no jeito, no ritmo de beijar, nos carinhos", afirma Cláudia.

O treino

Hoje em dia, ela acha engraçado, mas quando era mais nova a autora Cláudia Felício já treinou muito. "Treinava o beijo sozinha, no azulejo do banheiro, tentava pegar gelo dentro do copo com a língua e coisas assim. No entanto, acho que isso não adiantou nada. No meu primeiro beijo, quando fui chegando perto do garoto, foi me dando aquele medo de não mandar bem. E depois que nos beijamos foi tudo tão diferente do que eu tinha combinado com o azulejo do banheiro!", brinca Cláudia. Fica a dica: o melhor é treinar ao vivo, na prática!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mulheres, Homens e Xampus


Um sonoro “não” e o polígrafo confirmou: ele disse a verdade. “Não” foi a resposta de Juca Chaves quando Sílvio Santos perguntou se ele trairia sua esposa mesmo que ela não tivesse como descobrir. Não, ele não trairia. Juca Chaves teve o aval do polígrafo, “a máquina da verdade”, e a aclamação velada do público. Fidelidade é assunto careta para alguns, está fora de moda na tevê, mas, aposto, sem precisar de nenhuma pesquisa, que nove entre dez mulheres gostariam de ter um marido fiel. Nove. Chutando pra baixo.

Fora das telas de tevê e das máquinas da verdade, as mulheres ainda querem fidelidade. As mulheres ainda acreditam em promessas de xampus caros e homens baratos. Compramos sonhos, promessas, juras de amor eterno. Dizemos que os homens são todos iguais, mas queremos escolher a dedo. E, na verdade, nós, mulheres é que somos todas iguais. Seguimos um padrão de beleza (ou nos frustramos por não estar no dito modelo). Compramos xampus de noventa e seis reais com o rótulo em francês e uma linguagem inventada que diz: Masquintense. Acreditamos na pró-vitamina, nas ceramidas, na queratina e em todos os outros nomes tirados de traz da orelha dos publicitários como ceraflash, cera liss system, serum-reparador e uma lista sem fim. Acreditamos simplesmente porque queremos acreditar. No fundo, sabemos que rótulos e nomes estranhos em línguas não identificadas são criados por publicitários. Acreditamos em creme-anti celulite, em remédio para emagrecer em duas semanas, em cara-metade ou no amor das nossas vidas. Acreditamos no pra sempre que nunca se acaba, ao contrário do que dizia Renato Russo. Fazemos planos de encontrar a pessoa certa. Casamos com votos de até que a morte nos separe. Exigimos exclusividade, fidelidade, sinceridade, transparência, respeito, cumplicidade. A lista é extensa e, nesse ponto, somos todas iguais.

Confesso que me deu uma pontinha de inveja da esposa do Juca Chaves. Quer declaração de amor maior que essa, em rede nacional? Eu não faria mesmo que minha esposa jamais fosse descobrir. Pra mim, essa é a verdadeira fidelidade. É a fidelidade da intenção. É simplesmente não ter vontade de fazer. Não apenas ser fiel porque alguém vai ficar sabendo, porque respeito meus filhos, porque sou um cara casado. Não. É porque não tenho vontade. Caraleo! É por isso que todas nós, mulheres, esperamos (sentadas). Esperamos que a gente não precise pedir, implorar, obrigar. Ninguém é obrigado a namorar, a casar e a ficar junto. Ficamos porque queremos. Namoramos, juntamos, casamos pra garantir exclusividade. Aliança, coleira ou gps não são garantia de nada e sabemos muito bem disso. Então, a única garantia que temos é a intenção do outro.

Eu sei que muita mulher toma chifre e finge que não vê ou simplesmente não liga e também faz o mesmo. Mas to dizendo de mim e da maioria das mulheres que conheço. A mulher que não quer dividir o cara que tem dentro de casa, a mulher que não quer homem chegando de madrugada com cheiro de perfume barato, a mulher que abomina o estilinho Reginaldo Rossi de ser. Foi-se o tempo em que as mulheres ficavam em casa fazendo tricô enquanto seus maridos boêmios comiam putas no centro da cidade. Hoje, mesmo ainda acreditando em promessas de homens e xampus, somos independentes, somos livres pra fazer nossas próprias escolhas, somos pouco tolerantes e sabemos muito bem o que queremos. Queremos alguém para quem fidelidade não é obrigação, é uma escolha.

Brena Braz

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sobre humilhação




Durante uma vida a gente é capaz de sentir de tudo, são inúmeras as sensações que nos invadem, e delas a arte igualmente já se serviu com fartura. Paixão, saudades, culpa, dor-de-cotovelo, remorso, excitação, otimismo, desejo – sabemos reconhecer cada uma destas alegrias e tristezas, não há muita novidade, já vivenciamos um pouco de cada coisa, e o que não foi vivenciado foi ao menos testemunhado através de filmes, novelas, letras de música.

Há um sentimento, no entanto, que não aparece muito, não protagoniza cenas de cinema nem vira versos com freqüência, e quando a gente sente na própria pele, é como se fosse uma visita incômoda. De humilhação que falo.

Há muitas maneiras de uma pessoa se sentir humilhada. A mais comum é aquela em que alguém nos menospreza diretamente, nos reduz, nos coloca no nosso devido lugar - que lugar é este que não permite movimento, travessia?. Geralmente são opressões hierárquicas: patrão-empregado, professor-aluno, adulto-criança. Respeitamos a hierarquia, mas não engolimos a soberba alheia, e este tipo de humilhação só não causa maior estrago porque sabemos que ele é fruto da arrogância, e os arrogantes nada mais são do que pessoas com complexo de inferioridade. Humilham para não se sentirem humilhados.

Mas e quando a humilhação não é fruto da hierarquia, mas de algo muito maior e mais massacrante: o desconhecimento sobre nós mesmos? Tentamos superar uma dor antiga e não conseguimos. Procuramos ficar amigos de quem já amamos e caímos em velhas ciladas armadas pelo coração. Oferecemos nosso corpo e nosso carinho para quem já não precisa nem de um nem de outro. Motivos nobres, mas os resultados são vexatórios.

Nesses casos, não houve maldade, ninguém pretendeu nos desdenhar. Estivemos apenas enfrentando o desconhecido: nós mesmos, nossas fraquezas, nossas emoções mais escondidas, aquelas que julgávamos superadas, para sempre adormecidas, mas que de vez em quando acordam para, impiedosas, nos colocar em nosso devido lugar.

Martha Medeiros

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A ética do amor!


Muito se discute, tanto entre os próprios casais como ao redor da maioria das mesas de bares, entre amigos, sobre o quanto se deve ceder num relacionamento e o quanto cada um deve se impor. Parece que encontrar esse equilíbrio tem sido o grande desafio dos relacionamentos amorosos para grande parte das pessoas.

Parar de falar com os amigos do sexo oposto ou manter as mesmas amizades de antes? Contar tudo ou manter sua privacidade a despeito da opinião do outro? Sustentar a máxima “quem me ama tem de me aceitar como sou” ou flexibilizar e analisar cada situação como uma oportunidade de amadurecer? Creio que as respostas para esse tipo de questionamento só podem ser alcançadas após algumas importantes reflexões.

É certo que as pessoas mais velhas, em geral, já experimentaram um número maior de relações e também de frustrações. Portanto, costumam saber na prática o quanto é difícil encontrar alguém com quem se tenha uma sintonia que realmente valha a pena. Só este fator já é bastante significativo para que a maioria aprenda – muitas vezes a duras penas – que ceder é melhor do que enrijecer e desgastar a relação desnecessariamente.

Porém, os mais novos e os mais teimosos (o que independe da idade), talvez por uma questão de quererem testar limites ou exercitar sua autoridade, muitas vezes confundem desejos autênticos com caprichos e terminam exagerando na dose do egoísmo. Acreditam, equivocadamente, que concessão é sinônimo de submissão e que “ganha” quem manda mais na relação. Esses, certamente, desperdiçarão muitas delícias do amor por não se darem conta de que verdadeiramente ganha aquele que age de modo coerente com seu coração e sua ética pessoal.

Se quiser alcançar o tal equilíbrio, minha sugestão é para que você – diante de conflitos com a pessoa amada – permita-se uma autoanálise mais cuidadosa e honesta. Em primeiro lugar, lembre-se de considerar seus sentimentos e suas atitudes antes de julgar e condenar as do outro. Ciúme, insegurança e medo de ser enganado são “pedras” que costumam parar em qualquer sapato e incomodar a quase todos, indistintamente. Ou seja: respeite a dor do outro exatamente como gostaria que respeitassem a sua!

E assim sendo, permaneça comprometido com sua escolha. Se decidir viver um amor de gente grande, comporte-se como tal. No fundo, bem lá no fundo, o que mais importa: manter as amizades no mesmo tom e ritmo que antes ou considerar realmente que agora você está compartilhando sua vida com outra vida? Quem você de fato quer ver feliz, seguro e tranqüilo: seus amigos e seu trabalho ou a pessoa com quem deseja dividir seus dias?

Não estou dizendo que quem namora não pode ter amigos. Não é isso, de forma alguma! Mas quem é amigo de verdade e com um mínimo de maturidade sabe que quem namora tem um projeto de vida a dois e isso significa que as baladas mudam, o tempo é organizado de outra forma e os sentimentos a serem privilegiados são os que ditam a qualidade da relação. Portanto, esses amigos serão os primeiros a se adaptarem a tais mudanças e contribuir para a harmonia do casal.

Por fim, quando os dois estão dispostos a fazer o amor valer a pena, o processo se torna infinitamente mais fácil. Ouvir o que o outro está dizendo sem se defender o tempo todo, reconhecer suas concessões, valorizar suas qualidades e mudar para melhor a cada conversa são decisões infalíveis. Não há ética maior no amor do que parar de fazer joguinhos ou disputar poder, compreendendo que relacionar-se é saber-se no outro tanto quanto sentir o outro em si mesmo. Se um se magoa e sofre, o outro jamais estará a salvo. Do mesmo modo, se um se sente amado e é feliz, o outro é o autor desta festa!

Este artigo foi escrito por:

Dra. Rosana Braga

sábado, 22 de janeiro de 2011

Ah se eu pudesse...


Todas as flores de todos os jardins eu colheria para você
E todas as estrelas do céu estariam em suas mãos
Ah! Se eu pudesse
Toda a alegria possível e imaginária eu daria para você
Para você se sentir realmente feliz
Para ver você com o coração em paz
A cantar a esperança, a viver com os olhos brilhando de felicidade
Ah! Se eu pudesse
Mais uma manhã de sol em sua vida eu iria pôr
Mais um momento de luz e mais um momento de amor
Ah! Se eu pudesse
Ser a sua vida, ser o sonho dos seus passos
Ser a luz que ilumina seus passos
Ser quem você ama
Ah! Se eu pudesse
Eu iria ao infinito e do infinito gritar
Gritar que o belo é ter você
É saber que você está junto de mim
Gritar que o importante é sentir você
É olhar em seus olhos
É sentir o amor correr nas veias
Descansar no coração
Ah! Se eu pudesse
Se eu pudesse ser poeta neste momento
Um verso iria para você escrever
Iria pôr no papel o que no pensamento e no coração existe por você
Ah! Se eu pudesse
Andar por onde você anda
Ser aquele que você quer
Ah! Se eu pudesse
Beijaria seus lábios, doce de mel, seus lábios de mulher
Ah! Se eu pudesse
Se eu pudesse de mãos dadas caminhar com você
Pela rua, pelo parque, pelo campo, pela estrada
Eu seria mais esperança, seria um pouco de mim
Para ser um pouco mais de amor, para ser um pouco de você
para viver dentro de você
Ah! Se eu pudesse
Até minha vida eu daria para você
Ah! Se eu pudesse
Não queria nunca, nunca lhe perder.
Paulo Fuentes

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Eu envelheci!



Um dia desses uma jovem me perguntou como eu me sentia sobre ser velha. Levei um susto, porque eu não me vejo como uma velha. Ao notar minha reação, a garota ficou embaraçada, mas eu expliquei que era uma pergunta interessante, que pensaria a respeito e depois voltaria a falar com ela.
Pensei e concluí: a velhice é um presente. Eu sou agora, provavelmente pela primeira vez na vida, a pessoa que sempre quis ser. Oh, não meu corpo! Fico incrédula muitas vezes ao me examinar, ver as rugas, a flacidez da pele, os pneus rodeando o meu abdome, através das grossas lentes dos meus óculos, o traseiro rotundo e os seios já caídos. E constantemente examino essa pessoa velha que vive em meu espelho (e que se parece demais com minha mãe), mas não sofro muito com isso.
Não trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, e o carinho de minha família por menos cabelo branco , uma barriga mais lisa ou um bumbum mais durinho. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais condescendente comigo mesma, menos crítica das minhas atitudes. Tornei-me amiga de mim mesma. Não fico me censurando se quero comer um bolinho-de-chuva a mais, ou se tenho preguiça de arrumar minha cama, ou se compro um anãozinho de cimento que não necessito, mas que ficou tão lindo no meu jardim. Conquistei o direito de matar minhas vontades, de ser bagunceira, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento. Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar paciência no computador até às 4 da manhã e depois só acordar ao meio-dia?
Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos das décadas de 50, 60, 70 e se, de repente, chorar lembrando de alguma paixão daquela época, posso chorar mesmo!
Andarei pela praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulharei nas ondas e darei pulinhos se quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros. Eles, também, se conseguirem, envelhecerão.
Sei que ando esquecendo muita coisa, o que é bom para se poder perdoar. Mas, pensando bem, há muitos fatos na vida que merecem ser esquecidos. E das coisas importantes, eu me recordo freqüentemente.
Certo, ao longo dos anos meu coração sofreu muito. Como não sofrer se você perde um grande amor, ou quando uma criança sofre, ou quando um animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão a força, a compreensão e nos ensinam a compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser forte, apesar de imperfeito.
Sou abençoada por ter vivido o suficiente para ver meu cabelo embranquecer e ainda querer tingi-los a meu bel prazer, e por ter os risos da juventude e da maturidade gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto. Muitos nunca riram, muitos morreram antes que seus cabelos pudessem ficar prateados.
Conforme envelhecemos, fica mais fácil ser positivo. E ligar menos para o que os outros pensam. Eu não me questiono mais. Conquistei o direito de estar errada e não ter que dar explicações .
Assim, respondendo à pergunta daquela jovem graciosa, posso afirmar: 'Eu gosto de ser velha'. Libertei-me!
Gosto da pessoa que me tornei. Não vou viver para sempre, mas enquanto estiver por aqui, não desperdiçarei meu tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupando com o que virá. E comerei sobremesa todos os dias e repetirei, se assim me aprouver...
E penso que nunca me sentirei só. Sou receptiva e carinhosa, e se amizades antigas teimam em partir antes de mim, outras novas, assim como você, vêm a mim buscar o que terei sempre para dar enquanto viver: experiência e muito amor...

Amores errados!


Atire a primeira pedra quem já não amou errado.


Largou a pedra, né?


Pois é, todos nós já o fizemos. Todos nós já amamos bem errado...
Amar errado não é exceção, é a regra. Só assim a gente aprende, só assim a gente sofre. E cresce. Aquela menina linda que você amava tanto e com quem queria passar o resto da vida, aquela mulher cheia de vida e planos que você achava que iria te fazer um homem melhor, e até mesmo a paixão adolescente que fez você passar sua primeira noite em claro.
Amores errados.
Todos eles.
Se você olhar bem, vai entender porque.
É difícil é entender as regras do amor. Só com uma coleção de cicatrizes e um punhado de mágoas e amores mal resolvidos que entendemos algumas verdades.
Aquela coisa de que os opostos se atraem é uma enorme besteira, por exemplo.
André Debevc

Opostos se distraem e os dispostos se atraem, isso sim.
Não se ama duas vezes a mesma mulher.
Não se entregue demais a quem acredita ou adora coisas muito diferentes de você.
Dê mais valor a quem te faça rir, essas coisas.
Moças fingem que amam.
Mulheres fingem orgásmos.
Importante mesmo é saber reconhecer essas criaturas. E fugir das duas.
Amar em si não é o problema, é coisa que dá e passa. É coisa saudável, que às vezes nos destruir pra começar do zero, mas faz parte.
O problema é amar errado.
É olhar pra trás e reconhecer que vocês nunca olharam na mesma direção.
E amar errado dói. Dói depois.
Dói perceber que você investiu em uma relação fadada ao fracasso.
Então, meu camarada, se você desconfiar que não está amando certo, saia fora.
Pratique a quase impossível arte de acabar bem, de acabar na hora certa.
É um favor que você estará fazendo para sua vida inteira – e não só um gesto louvável de cavalheirismo. Porque talvez ainda dê tempo de se salvar. Talvez ainda dê tempo de conseguir não trair a você mesmo. Pode ser que seja o último lampejo de lucidez antes que seja tarde demais pra alimentar algum tipo de ressentimento, seu ou dela. S
e faça esse favor.
Não fuzile a esperança ou semeie fantasmas. Deixe espaço para o que vem depois.Até porque quando a gente reencontra a esperança, aquela guardada numa gaveta que tínhamos perdido junto com um relacionamento que se foi, entendemos que ela ainda é um dos grandes combustíveis do amor.
Nos transforma novamente numa folha em branco.
Por isso a nossa teimosia, pela chance de um novo começo.
Uma folha em branco pode ser qualquer coisa.... Até mesmo feliz
E numa hora dessas não é que o medo de amar errado suma.
Ele, frustrações, sucessos e amores que quase deram certo sempre vão existir.
Mas desta vez vai.
Desta vez, vai...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Amanhã, apaixone-se!



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Por que o dia seguinte é o dia mais importante da sua vida. É no dia seguinte que sabemos se o dia de ontem valeu a pena. É no dia seguinte que acordamos para a realidade ou dormimos no sonho!
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A vida da gente começa no dia seguinte e só existe uma maneira de viver: APAIXONADO. Por isso dance. Dance como se ninguém estivesse vendo você! Trabalhe como se não precisasse de dinheiro! Corra como se não houvesse a chegada! Ame como se nunca tivesse sido magoado antes! Acredite como se não houvesse frustração! Grite como se ninguém estivesse ouvindo! Beije como se fosse eterno! Sorria como se não existissem lágrimas! Abrace como se fossem todos amigos! Durma como se não houvesse amanhã! Crie como se não existisse crítica!
Vá como se não precisasse voltar! Acorde como se você nunca mais fosse dormir de novo! Faça a próxima viagem como se fosse a última! Vista-se como se não conhecesse espelhos! Proponha como se não existisse as recusas! Brinque como se não tivesse crescido! Levante como se não tivesse caído! Mergulhe como se não houvesse medo! Ouça como se não existisse um certo ou um errado e fale como se não existisse um certo ou um errado! Aprecie como se fosse eterno! Viva como se não houvesse fim! Prefira SER ao invés de TER! SENTIR ao invés de FINGIR! ANDAR ao invés de PARAR! VER ao invés de ESCONDER! ABRIR ao invés de FECHAR!
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Apaixonar-se é um exercício de jardinagem: Arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, espere, regue e cuide. Terá um jardim, mas esteja preparado, por que haverão pragas. Se desistir não terá um jardim, terá um descampado!
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A paixão não se vê, não se guarda, não se prende, não se controla, não se compra, não se vende, não se fabrica. A paixão é a diferença entre o sucesso e o fracasso. Entre a dúvida e a certeza. Entre aqueles que fazem e gostam, e aqueles que gostam e fazem. Apaixonados não esperam, agem! A paixão é o que faz coisas iguais parecerem diferentes.
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Amanhã quando acordar, pense se hoje valeu a pena! E apaixone-se, por que em 24 horas você vai entrar no dia mais importante da sua vida: O DIA SEGUINTE!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Convidando uma mulher para sair...




Quando um homem chama uma mulher para sair, não sabe o grau de estresse que isso desencadeia em nossas vidas. Durante muito tempo, fiquei achando que eu era uma estressada maluca que não sabia lidar com isso, mas conversando com diversas pessoas, cheguei à conclusão de que esse estresse é um denominador comum a quase todas as mulheres, ainda que em graus diferentes (ou será que sou eu que só ando com gente estressada?). O que venho contar aqui hoje é mais dedicado aos homens do que às mulheres. Acho importante que eles saibam o que se passa nos bastidores.

Você, mulher, está flertando um Zé Ruela qualquer. Com sorte, ele acaba te chamando para sair. Vamos supor, um jantar. Pronto, acabou seu último minuto de paz. Ele diz, como se fosse a coisa mais simples do mundo ‘Vamos jantar amanhã?’. Você sorri e responde, como se fosse a coisa mais simples do mundo: ‘Claro, vamos sim’.

Começou o inferno na Terra. Foi dada a largada. Você começa a se reprogramar mentalmente e pensar em tudo que tem que fazer para estar apresentável até lá. Cancela todos os seus compromissos canceláveis e começa a odisséia.

Evidentemente, você também para de comer, afinal, quer estar em forma no dia do jantar e mulher sempre se acha gorda. Daqui pra frente, você começa a fazer a dieta do queijo: fica sem comer nada o dia inteiro e quando sente que vai desmaiar come uma fatia de queijo. Muito saudável.

Primeira coisa: fazer mãos e pés. Quem se importa se é inverno e você provavelmente vai usar uma bota de cano alto? Mãos e pés tem que estar feitos - e lá se vai uma hora do seu dia. Vocês (homens) devem estar se perguntando ‘Mão tudo bem, mas porque pé, se ela vai de botas?’ Lei de Murphy. Sempre dá merda. Uma vez pensei assim e o infeliz me levou para um restaurante japonês daqueles em que tem que tirar o sapato para sentar naqueles tatames. Tomei no cu bonito! Tive que tirar o sapato com aquela sola do pé cracuda, esmalte semi-descascado e cutícula do tamanho de um champignon! Vai que ele te coloca em alguma outra situação impossível de prever que te obriga a tirar o sapato? Para nossa paz de espírito, melhor fazer mão é pé, até porque boa parte dessa raça tem uma tara bizarra por pé feminino. OBS: Isso me emputece. Passo horas na academia malhando minha bunda e o desgraçado vai reparar justamente onde? Na porra do pé! Isso é coisa de... Melhor mudar de assunto...

As mais caprichosas, além de fazer mão e pé, ainda fazem algum tratamento capilar no salão: hidratação, escova, corte, tintura, retoque de raiz, etc... Eu não faço, mas conheço quem faça. E nessa se vai mais uma hora do seu dia.

Dependendo do grau de importância que se dá ao Zé Ruela em questão, pode ser que a mulher queira comprar uma roupa especial para sair com ele. Mais horas do seu dia. Ou ainda uma lingerie especial, dependendo da ocasião. Pronto, mais horas do dia. Se você trabalha, provavelmente vai ter que fazer as unhas na hora do almoço e correr para comprar roupa no final do dia em um shopping.

Ah sim, já ia esquecendo. Tem a depilação. Essa os homens não podem nem contestar. Quem quer sair com uma mulher não depilada, mesmo que seja apenas para um inocente jantar? Lá vai você depilar perna, axila, virilha, sobrancelha etc, etc. Tem mulher que depila até o c..! Mulher sofre! E lá se vai mais uma hora do seu dia. E uma hora bem dolorida, diga-se de passagem.

Parabéns, você conseguiu montar o alicerce básico para sair com alguém. Pode ir para a cama e tentar dormir, se conseguir. Eu não consigo, fico nervosa. Se prepare, o dia seguinte vai ser tumultuado. Ah sim, você vai dormir, com fome. A dieta do queijo continua.

Dia seguinte. É hoje seu grande dia. Quando vou sair com alguém, faço questão da dar uma passada na academia no dia, para malhar desumanamente até quase cuspir o pulmão. Não, não é para emagrecer, é para deixar minha bunda e minhas pernas enormes e durinhas (elas ficam inchadas depois de malhar).

Mas supondo que você seja uma pessoa normal, vai usar esse tempo para algo mais proveitoso.

Geralmente, o Zé Ruela não comunica onde vai levar a gente. Surge aquele dilema da roupa. Com certeza você vai errar, resta escolher se quer errar para mais ou para menos. Se te serve de consolo, ele não vai perceber.

Aliás, ele não vai perceber nada. Você pode aparecer de Armani ou enrolada em um saco de batatas, tanto faz. Eles não reparam em detalhe nenhum, mas sabem dizer quando estamos bonitas (só não sabem o porquê). Mas, é como dizia Angie Dickinson: ‘Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens’. Não tem como, a gente se arruma, mesmo que eles não reparem.

E não adianta pedir indicação de roupa para eles, os malditos não dão sequer uma pista! Claro, para eles é muito simples, as Madames só precisam tomar uma chuveirada, vestir uma Camisa Pólo e uma calça e estão prontos, seja para o show de rock, seja para um fondue. Nesse pequeno cérebro do tamanho de um caroço de uva só existem três graduações de roupa: Bermuda + Chinelo, Jeans + Pólo, Calça Social + Camisa Social. Quando você pergunta se tem que ir arrumada é quase certo que Madame abra a boca e diga ‘sei lá, normal, roupa normal’. Eles não sabem que isso não ajuda em nada.

Escolhida a roupa, com a resignação que você vai errar, para mais ou para menos, vem a etapa do banho. Para mim é uma coisa simples: shampoo + sabonete. Mas para muitas não é. Óleos, sabonetes aromáticos, esfoliação (horrível que seja com ‘s’, né? deveria ser com ‘x’), etc. E o cabelo? Bom, por sorte meu cabelo é bonzinho, não faz a menor diferença se eu lavar com um shampoo caro ou se lavar com Omo, fica a mesma coisa. Mas tem gente que tem que fazer uma lavagem especial, com cremes e etc. E depois ainda vem a chapinha, prancha e/ou secador.

Depois do banho e do cabelo, vem a maquiagem. Nessa etapa eu perco muito tempo. Lá vai a babaca separar cílio por cílio com palito de dente depois de passar rímel. Melhor nem contar tudo que eu faço em matéria de maquiagem, se não vocês vão me achar maluca, digo, mais maluca. Como dizia Napoleão Bonaparte, ‘Mulheres tem duas grandes armas: lágrimas e maquiagem’. Considerando que não faço uso das primeiras, me permito abusar da segunda. Se você for uma pessoa normal, não perde nem vinte minutos passando maquiagem.

Depois vem a hora de se vestir. Homens não entendem, mas tem dias que a gente acorda gorda. É sério, no dia anterior o corpo estava lindo e no dia seguinte... PORCA! Não sei o que é (provavelmente nossa imaginação), mas eu juro que acontece. Muitas vezes você compra uma roupa para um evento, na loja fica linda e na hora de sair fica um cu. Se for um desses dias em que seu corpo está um c....... e o espelho está de sacanagem com a sua cara, é provável que você acabe com um pilha de roupas recusadas em cima da cama, chorando, com um armário cheio de roupa gritando ‘EU NÃO TENHO ROOOOOUUUUUPAAAA’. O chato é ter que refazer a maquiagem. E quando você inventa de colocar aquela calça apertada e tem que deitar na cama e pedir para outro ser humano enfiar ela em você? Uma gracinha, já vai para o jantar lacrada a vácuo. Se espirrar a calça perfura o pâncreas.

Ok, você achou uma roupa que ficou boa. Vem o dilema da lingerie. Salvo raras exceções, roupa feminina (incluindo lingerie) ou é bonita, ou é confortável.

Você olha para aquela sua calcinha de algodão do tamanho de uma lona de circo. Ela é confortável. E cor de pele. Praticamente um método anticoncepcional. Você pensa ‘Eu não vou dar para ele hoje mesmo, que se foda’. Você veste a calcinha. Aí bate a culpa. Eu sinto culpa se ando com roupa confortável, meu inconsciente já associou estar bem vestida a sofrimento. Aí você começa a pensar ‘E se mesmo sem dar para ele, ele pode acabar vendo a minha calcinha... Vai que no restaurante tem uma escada e eu tenho que subir na frente dele... se ele olhar para essa calcinha, broxará para todo o sempre comigo...’. Muito p.... da vida, você tira a sua calcinha amiga e coloca uma daquelas porras mínimas e rendadas, que com certeza vão ficar entrando na sua bunda a noite toda. Melhor prevenir. Nessas horas a gente emburrece e acha que qualquer deslize que fizer vai espantar o sujeito de forma irreversível.

Os sapatos. Vale o mesmo que eu disse sobre roupas: ou é bonito, ou é confortável. Geralmente, quando tenho um encontro importante, opto por UMA PEÇA de roupa bem bonita e desconfortável, e o resto menos bonito mas confortável. FATO: Lei de Murphy impera. Com certeza me vai ser exigido esforço da parte comprometida pelo desconforto. Ex: Vou com roupa confortável e sapato assassino. Certeza que no meio da noite o animal vai soltar um ‘Sei que você adora dançar, vamos sair para dançar! Eu tento fazer parecer que as lágrimas são de emoção. Uma vez um sapato me machucou tanto, mas tanto, que fiz um bilhete para mim mesma e colei no sapato, para lembrar de nunca mais usar!. Porque eu não dei o sapato? Porra... me custou muito caro. Posso não usá-lo, mas quero tê-lo. Eu sei, eu sei, materialista do c.......... Vou voltar como besouro de esterco na próxima encarnação e comer muito cocô para ver se evoluo espiritualmente! Mas por hora, o sapato fica.

Enfim, eu sei que existem problemas mais sérios na vida, e o texto é em tom de brincadeira. Só quero que os homens saibam que é um momento tenso para nós e que ralamos bastante para que tudo dê certo. O ar de tranquilidade que passamos é pura cena. Sejam delicados e compareçam aos encontros que marcarem, ok? E se possível, marquem com antecedência, para a gente ter tempo de fazer nosso ritual preparatório com calma...



Apesar do texto enorme, quero deixar claro que o que eu coloquei aqui é o mínimo do mínimo. Existem milhões de outras providências que mulheres tomam antes de encontros importantes: clarear pêlos (vulgo ‘banho de lua’), fazer drenagem linfática, baby liss... enfim, uma infinidade de nomes que homem não tem a menor idéia do que se trata.

Depois que você está toda montadinha, lutando mentalmente com seus dilemas do tipo ‘será que dou para ele? É o terceiro encontro, talvez eu deva dar...’ começa a bater a ansiedade. Cada uma lida de um jeito.. Eu, como boa loser que sou, lido do pior jeito possível. Tenho um faniquito e começo a dizer que não quero ir. Não para ele, ligo para a infeliz da minha melhor amiga e digo que não quero mais ir, que sair para conhecer pessoas é muito estressante, que se um dia eu tiver um AVC é culpa dessa tensão toda que eu passei na vida toda em todos os primeiros encontros e que quero voltar tartaruga na próxima encarnação. Ela, coitada, escuta pacientemente e tenta me acalmar.

Agora imaginem vocês, se depois de tudo isso, o filho da mãe liga e cancela o encontro? ‘Surgiu um imprevisto, podemos deixar para semana que vem?’.

Gente, não é má vontade ou intransigência, mas eu acho inadmissível uma coisa dessas, a menos que seja algo muito grave! Eu fico p...., p....., P........ da vida! Claro, na cabecinha deles não custa nada mesmo, eles acham que é simples, que a gente levantou da cama e foi direto pro carro deles. Se eles soubessem o trabalho que dá, o estresse, o tempo perdido... nunca ousariam remarcar nada. Se fode aí! Vem me buscar de maca e no soro, mas não desmarque comigo! Até porque, a essas alturas, a dieta radical do queijo está quase te fazendo desmaiar de fome, é questão de vida ou morte a porra do jantar!

NÃO CANCELEM ENCONTROS A MENOS QUE TENHA ACONTECIDO ALGO MUITO,MUITO, MUITO GRAVE! A GENTE SE MOBILIZA DEMAIS POR CAUSA DELES!

Supondo que ele venha. Ele liga e diz que está chegando. Você passa perfume, escova os dentes e vai. Quando entra no carro já toma um eufemismo na lata ‘MMM... ta cheirosa!’ (tecla sap: ‘Passou muito perfume, porra’).. Ele nem sequer olha para a sua roupa. Ele não repara em nada, ele acha que você é assim ao natural. Eu não ligo, acho homem que repara muito meio viado, mas isso frustra algumas mulheres. E se ele for tirar a sua roupa, grandes chances dele tirar a calça junto com a calcinha e nem ver. Pois é, Minha Amiga, você passou a noite toda com a rendinha atochada no rego (que por sinal custou muito caro) para nada. Homens, vocês sabiam que uma boa calcinha, de marca, pode custar o mesmo que um MP4? Favor tirar sem rasgar.

Quando é comigo, passo tanto estresse que chego no jantar com um pouco de raiva do cidadão. No meio da noite, já não sinto mais meus dedos do pé, devido ao princípio de gangrena em função do sapato de bico fino. Quando ele conta piadas e ri eu penso ‘É, eu também estaria de bom humor, contando piada, se não fosse essa calcinha intra-uterina raspando no colo do meu útero’. A culpa não é deles, é minha, por ser surtada com a estética. Sinto o estômago fagocitando meu fígado, mas apenas belisco a comida de leve. Fico constrangida de mostrar toda a minha potência estomacal assim, de primeira.

Para finalizar, quero ressaltar que eu falei aqui do desgaste emocional e da disponibilidade de tempo que um encontro nos provoca. Nem sequer entrei no mérito do DINHEIRO. Pois é, tudo isso custa caro. Vou fazer uma estimativa POR BAIXO, muito por baixo, porque geralmente pagamos bem mais do que isso e fazemos mais tratamentos estéticos:

Roupa......................................R$50,00

Lingerie...................................R$50,00

Maquiagem..............................R$50,00

Sapato...................................R$50,00

Depilação................................R$50,00

Mão e pé.................................R$15,00

Perfume...................................R$20,00

Pílula anticoncepcional..............R$15,00

Ou seja, JOGANDO O VALOR BEM PARA BAIXO, gastamos, no barato, R$300 para sair com um Zé Ruela. Entendem porque eu bato o pé e digo que homem TEM QUE PAGAR O MOTEL? A gente gasta muito mais para sair com eles do que ele com a gente!

Autor desconhecido

"Família é prato difícil de preparar"



(de "O Arroz de Palma, de Francisco Azevedo)


Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.

E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.


Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini, Família à Meunière; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é a Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.


Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.



"Se tivéssemos consciência do quanto nossa vida é passageira,

talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades

que temos de ser e de fazer os outros felizes"

domingo, 16 de janeiro de 2011

A diferença entre o amor real e o amor virtual!


Há bem poucos anos, sequer imaginávamos que um dia poderíamos nos apaixonar por alguém que estivesse “do outro lado de uma máquina”. Hoje em dia, no entanto, são poucos os que nunca sentiram sequer uma empolgação ou curiosidade, diferente de qualquer outra já experimentada antes!

E por se tratar de algo tão novo, a maioria das pessoas ainda tem uma enorme dificuldade de lidar com os sentimentos por vezes arrebatadores que são despertados enquanto teclam diante de uma tela de computador e que perduram por dias, meses, anos...

É amor de verdade ou é uma ilusão? Vale a pena investir ou tudo isso é uma loucura da modernidade? Penso que devemos começar esclarecendo que sentimentos são sempre relevantes e devem servir para, no mínimo, nos fazer crescer.

Portanto, seja por alguém que você nunca tocou, nunca sentiu o cheiro e com quem nunca passou sequer algumas horas, ou seja, por alguém que você vê todos os dias, conhece seus predicados e suas mazelas e já provou por todos os sentidos, amor é amor e sempre vale a pena!

Contudo, porém, no entanto... é preciso muita calma na hora de fazer escolhas e tomar decisões. A realidade e a virtualidade têm sim, e muitas, diferenças! E devem ser levadas em conta para que outros sentimentos, tão intensos e importantes como a paixão, tais como frustração, violência, decepção e até mesmo a fantasia e a ilusão sejam evitados ou minimizados – tanto quanto possível.

A vida é melhor quando vivida intensamente. Isso é fato! Mas é bem melhor também quando vivida a partir de um mínimo de autoconhecimento, consciência e coerência. De nada adianta se jogar numa paixão sem que exista – de verdade! – o mínimo de confiança e respeito. E isso significa que seja real ou virtual, uma relação tem de estar baseada na máxima: “aquilo que se diz tem de ser muito semelhante àquilo que se faz”!

Infelizmente, vemos muitas pessoas repetirem quase que insanamente o quanto amam, o quanto desejam, o quanto querem estar ao lado, realizar, viver e, por fim, não passam das palavras. As atitudes, que são o que realmente fazem o amor ser real, nunca acontecem! Daí, meu caro leitor, sinto em lhe dizer: tem alguma coisa muito errada nesse suposto amor!

Sentimentos só concretizam uma relação quando compartilhados. Você pode ter certeza absoluta de que encontrou o amor de sua vida e que ele mora no estado tal, no bairro tal, no número tal, mas se esse amor da sua vida nunca aparece diante de você, nada faz para cruzar as fronteiras do virtual e alcançar o mundo real, e não tem planos consistentes para essa realização, então o que você está vivendo é uma fantasia!

Pode até ser muito gostosa e dar a você a impressão de que sua vida só faz sentido por causa dela. Mas o fato é que não passará de algo vivido somente em seus pensamentos até que você possa vivenciar esse encontro com todos os sentidos que lhe são possíveis: tato, olfato, visão, paladar e audição são apenas alguns deles, porque o amor vai além, embora precise necessariamente passar por eles para que seja recíproco.

Enfim, o tênue limite entre um amor real e um amor virtual é construído pelas ações de quem o vive. E, de preferência, deve ser vivido por duas pessoas e não apenas uma. Caso contrário, o ideal é que a vida, o amor e os sentimentos sejam revistos e reescritos em sua história, a fim de que você possa desfrutar de um final mais feliz...

Rosana Braga

Voce só atrai pessoas problemáticas?


Outro dia, no banheiro de um restaurante, ouvi uma mulher comentando com a amiga sobre o quanto estava cansada de só atrair homens problemáticos. Chegou a dizer que estava com a impressão de que havia se tornado uma espécie de pararraios de malucos.

Segundo a tal desiludida, toda relação que começava como uma promessa de prazer e alegria, logo se revelava um poço de problemas e encrencas. Naquele momento, senti que ela pedia um socorro a amiga, querendo saber se deveria continuar tentando encontrar alguém legal ou se seria melhor ficar sozinha.

A outra, tentando ser solícita e compreensiva, repetia com firmeza que era bem melhor ficar sozinha, porque realmente havia muito “doido” pelo mundo e não valia a pena insistir e arriscar de novo, afinal, beijo na boca não faltaria a nenhuma das duas, segundo ela.

Saí do banheiro bastante reflexiva, tentando imaginar o perfil de loucura dessas pessoas a quem elas se referiam. Tentando imaginar, sobretudo, que tipo de pessoa atrairia tantos malucos a ponto de desistir de se relacionar e desacreditar no amor.

Afinal, a mim parece que ninguém atrai alguém por mero acaso. Ainda mais quando se tratam de casos semelhantes que se repetem indefinidamente. A primeira questão que eu me faria, num caso como esse, é: “o que será que eu ainda não percebi, não aprendi e não mudei?”

Sim, porque se uma pessoa só experimenta relações problemáticas, com toda certeza não está resolvida com suas próprias complicações significativas. Se só atrai malucos, é porque a sua maluquice está gritante, evidente e atraente.

E se, por fim, desistir das pessoas, do amor e dos relacionamentos, estará decretando a si mesma uma sentença desastrosa – a de que todos os demais, exceto elas mesmas, são “doidos” e, portanto, indignos de se tornarem parceiros. Servem apenas para beijar na boca.

De verdade, nada contra os beijos na boca. Pelo contrário, é certamente uma aproximação prazerosa. No entanto, quando uma pessoa não passa, aos olhos da outra, de uma possibilidade de beijar na boca, certamente há algo muito distorcido nesta história.

Partindo do princípio de que os incomodados é que devem mudar, eu diria a essa moça ou a qualquer pessoa que esteja se sentindo um pararraio de problemáticos para aproveitar o sinal que a vida está emitindo para se rever e descobrir por que está atraindo isso...

Se acreditar que os opostos se atraem, deve então observar seu excesso de normalidade, sua extrema rigidez ou sua exacerbação de autocrítica. E se acreditar que semelhante atrai semelhante, então nem será preciso pensar tanto. Certamente está precisando reconhecer sua própria doidice e sua falta de noção.

O fato é simples: quanto mais estressantes e confusas são as relações de uma pessoa, mais longe ela está de sua essência e da harmonia que precisa ter com seu próprio coração. À medida que ela se conhece, sabe o que quer e age de modo coerente, pode ter certeza absoluta de que só atrairá e se tornará atraente a quem estiver nesta mesma sintonia...

Rosana Braga

Como falar do final?


O assunto que trato aqui não tem muita relação com as perguntas que recebo, não me lembro de nenhuma até hoje com alguma relevância nessa questão. É, entretanto, um tema recorrente da vida de casais ou da experiência da grande maioria. Casais que após um tempo de relação, pode ser um longo ou curto período, se aproximam do fim, sofrem desgastes, não sabem mais como conviver e muitas vezes se atrapalham nesse processo.

Quando um relacionamento se inicia muitos sonhos e projetos são partilhados e construídos. O caminho que se tem à frente é novo, interessante, lindo e tudo correndo bem, eterno. Mas a partir do momento em que a jornada começa a ser percorrida, muitos novos caminhos, escolhas, surpresas acontecem e muitos deles esbarram no que se tinha sonhado e planejado, nem sempre estão em acordo com o que se esperava. Isso não significa o fim já que no final absolutamente nada acontece conforme planejamos, mas dependendo da situação pode ser muito mais difícil de administrar. Claro que desentendimentos, desencontros, brigas farão parte da vida de qualquer casal, o problema começa a acontecer quando isso tudo se torna constante demais e difícil de se ajustar na dupla.

Alguns casais conseguem superar suas diferenças, administrar as brigas e até a usar os momentos de crise em benefício da dupla. Para isso é fundamental amor, comprometimento, maturidade e tolerância. Já outros, por mais que tentem e se esforcem, não alcançam esse objetivo e precisam lidar com a dor do final. Ainda assim, ainda que saibamos que os finais existem na vida de todos, os sentimentos de derrota e frustração são imensos, a interrupção de um projeto é sempre difícil e desafiador.

É sobre esses casais que falarei um pouco. Ninguém começa imaginando o fim, mas tenho visto cada vez mais na minha prática clínica o quanto é necessário admitirmos que em algum momento o fim chegou e não se há mais o que fazer, pelo menos naquele período. Percebo casais que estendem o limite até o "elástico" arrebentar e sofrem ainda mais. Atuam mais do que refletem, e á quando se dão conta a convivência está muito ruim e quando não, perdida. Certas pessoas na tentativa de evitar a ruptura e salvar o relacionamento esquecem de si mesmas, salvam o casamento, mas pagam o preço alto que muitas vezes envolve o seu próprio bem estar.

Algumas vezes o final é a melhor solução naquele momento. Quando percebemos que a vida a dois se tornou uma ciranda repetitiva, de dores que vão e voltam, de hábitos que não se dissipam, onde nada se transforma é fundamental refletir sobre o que estão fazendo com si mesmos e com o casamento.

Inúmeras são as razões para o término de um relacionamento, desde impaciência com as diferenças e incapacidade de conviver com elas até a simples razão de mudanças em cada um que faz com que muitas vezes os membros do casal cresçam para direções opostas e percam o foco em um mesmo objetivo.

Buscar o culpado também pouco ajudará, deve-se buscar onde cada um foi responsável, qual a participação tanto positiva quanto negativa durante o casamento, onde erraram, onde acertaram. Na tentativa de superar uma crise essas devem ser as perguntas feitas para o outro e acima de tudo a si mesmo.

Não viso ser pessimista ou negativa nas colocações, mas alerto sobre uma questão sempre muito difícil e delicada de se ver e viver, que é o final do amor. Se não do amor, pelo menos da possibilidade de estarem juntos, já que sabemos que apesar da importância primordial do amor, ele não sustenta sozinho nenhuma relação.

Gosto sempre de dizer que o amor que sentimos pelo outro não pode ser maior do que o valor e amor que sentimos por nós mesmos. Temos que ser acima de tudo leais a nós mesmos. Cuidar, investir, se comprometer e superar as dificuldades de um relacionamento são gestos válidos e importantes, mas devemos fazer o mesmo com nossas vidas, cuidar e investir para que as escolhas feitas sejam saudáveis e enriquecedoras. Se alcançou um ponto onde a destrutividade supera a saúde, esse é o ponto onde, novamente, devemos ser leais ao nosso bem estar.

Juliana Amaral

sábado, 15 de janeiro de 2011

Temperamentos e afinidades!


O que é melhor para o relacionamento de um casal: que eles sejam iguais ou diferentes? Alguns apostam nos casais siameses: os dois corintianos, os dois petistas, os dois fumantes. Já outros preferem o antagonismo: ele Corinthians, ela Palmeiras; ele PT, ela PMDB; ele fumante, ela presidente da Associação de Combate ao Câncer de Pulmão.

Cada casal tem sua fórmula para dar certo, mas um pouco de equilíbrio ajuda a manter a estabilidade. O melhor parceiro é aquele que é bem diferente de nós e ao mesmo tempo muito parecido. Como? Diferente no temperamento, mas com mil afinidades.

Dois calmos vão pegar no sono muito rápido. Dois gulosos vão passar muito tempo no supermercado. Dois sedentários vão emburrecer na frente da tevê. Dois avarentos nunca terão um champanhe dentro da geladeira. Dois falantes jamais vão escutar um ao outro.

Temperamentos iguais se neutralizam. Temperamentos opostos é que provocam faísca. Ele é super responsável, paga as contas em dia e jamais ficou sem combustível. Ela, ao contrário, é zen. Sua música preferida é um mantra. Não sabe que dia é hoje, mas tem certeza que é abril. Brigas à vista? Que nada. Ela o acalma, ele a acelera, e os dois inventam o próprio ritmo. O que importa é que avançam na mesma direção.

Quando o projeto de vida é antagônico, aí é que a coisa complica. Ele adora o campo, odeia produtos industrializados e não perde o Globo Rural. Ela almoça e janta hamburger, tem horror a qualquer ser vivo com mais de duas patas e raspou suas economias para ver o show dos Rolling Stones em São Paulo, sua cidade modelo.
Ele odeia a instituição chamada família. Ela, ao contrário, não abre mão das macarronadas dominicais na casa da mãe. Ele não sobe num avião nem sob decreto, ela sonha em dar a volta ao mundo. Ele quer ter quatro filhos, ela ligou as trompas quando fez 18 anos. Ele é ativista político, faz doações para o partido e participa de sindicatos. Ela vota em quem estiver liderando nas pesquisas. Ele não admite televisão em casa, ela não admite menos de três: uma na sala, outra no quarto e uma de dez polegadas na cozinha. Pode dar certo? Pode, mas alguém vai ter que abrir mão dos seus sonhos.

Temperamentos diferentes provocam discussões contornáveis. Já a falta de afinidades pode reduzir um dos dois a mero coadjuvante da vida do outro. Alguém vai ter que ceder muito, e se não tiver talento para a submissão, vai sofrer.

Logo, não importa se ele chega sempre atrasado e você é a rainha da pontualidade, desde que ambos tenham a mesma visão de mundo e os mesmos valores. Esse é o prato principal de todo relacionamento. O resto é tempero.

Martha Medeiros

Amores que marcam!


Dia desses Li um texto que contava a história de cara e ele falou que tinha saudade de uma ex-namorada. Ele falou na saudade que tinha dela e ao mesmo tempo no medo que tinha de reencontrá-la. Pude ver em seus olhos um brilho e um sorriso especial ao lembrar dos momentos juntos.
Atualmente ela está casada e ele também, mas senti que ainda existe uma atração forte entre os dois. Fiquei pensando, porque não ficaram juntos uma vez que se gostavam tanto e concluí que a razão falou mais forte, por isso, a separação.
Ela cansou de esperar que ele tomasse uma atitude e assumisse a relação. Ele aceitou o rompimento quando ela pediu uma decisão, porque nunca pensou que a relação terminaria de verdade. Esse é o tipo de saudade que se leva pelo resto da vida. Pessoas que marcam e deixam saudade, pessoas que sentem uma atração enorme, mas se separam.
É aquela química perfeita que em alguns momentos mete medo.
É aquele beijo com gosto de quero mais. É aquela despedida não querendo ir. É deixar para lá. É acreditar que um dia, quem sabe, um dos dois vai abrir seu coração e expor seus sentimentos. É não querer um fim, mas por desconhecer os sentimentos do outro acabar com tudo para ver no que vai dar.
Isso significa que existem muitas pessoas que optam por enganar a si mesmas. Uma vez que existe um sentimento forte que nos dá prazer e ao mesmo tempo sente-se que aquela é a companhia perfeita e quando estão juntos o tempo passa sem perceber, é porque existe um sentimento muito forte que não deve ser desprezado.
Talvez não tivessem percebido, mas o amor é isso e só encara quem tem coragem de assumir, de jogar tudo para o alto, jogar a razão para o lado e viver a emoção.
Talvez por medo ou mesmo pro insegurança casais se afastam e depois sentem um enorme vazio que é preenchido pelas lembranças daquele relacionamento que acabou. Uma saudade que dura à vida inteira e quanto mais o tempo passa ficará sempre a dúvida de que poderia ter sido feliz com aquela pessoa.
É arriscado pensar que a outra pessoa ficará esperando a vida inteira, pois a solidão e a ansiedade de esquecer poderão ser supridas por outro alguém. Talvez não seja com a mesma intensidade, mas como uma tábua de salvação.
Isso acontece porque a relação não se esgotou, não teve um ponto final e sim uma vírgula ou reticências.
Por isso, quando sentir que alguém lhe faz suspirar e a lembrança dela dá aquela saudade, fique atento, pois a felicidade pode estar bem a sua frente. O amor verdadeiro pode ter chegado e você está deixando escapar, simplesmente por medo de arriscar. Quanto mais o tempo passar, mais difícil será resgatar esse amor, até mesmo porque cada um dará um rumo à sua vida e com isso você correrá o risco de perder o seu grande amor.
Portanto, quando sentir que alguém faz a diferença em sua vida, não deixe que ela se distancie de você. Traga para junto de seu coração e procure viver com intensidade cada momento. Arrisque e não tenha medo de viver esse amor. Enlouqueça, perca a cabeça, vibre como criança, pois o amor não é e nem deve ser racional.
O amor é a eterna busca do ser humano. Abra os braços para este sentimento tão nobre e garanto que não irá se arrepender. O que lhe espera são muito mais que momentos mágicos.
Declare seu amor sem medo e não perca a chance de ser feliz, pois seu coração cobrará isso à vida inteira.

Onde anda você?



E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava,onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares,que apesar dos pesares,
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver,
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
A onde anda você?

Esconde-Esconde dos Sentimentos


Contam que uma vez, se reuniram todos os sentimentos, qualidades e defeitos dos homens em um lugar da terra.

Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como
sempre tão louca, lhes propôs:

- Vamos brincar de esconde-esconde?

A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE, sem poder conter-se, perguntou:

Esconde-esconde? Como é isso?

- É um jogo. explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará meu lugar para continuar o jogo.

O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA.

A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou por convencer a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada. Mas nem todos quiseram participar:

A VERDADE preferiu não esconder-se. - "Para que, se no final todos me encontram?" - Pensou.

A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto e a COVARDIA preferiu não arriscar-se.

Um, dois, três, quatro... - Começou a contar a LOUCURA.

A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho. A FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta. A GENEROSIDADE quase não conseguiu esconder-se, pois cada local que encontrava, lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos: Se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA. Se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ. Se era o vôo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA. Se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, acabou escondendo-se em um raio de sol. O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cômodo, mas apenas para ele. A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris). O ESQUECIMENTO, não recordo-me onde escondeu-se, mas isso não é o mais importante. Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.998, o AMOR ainda não havia encontrado um lugar para esconder-se, pois todos já estavam ocupados, até que encontrou uma rosa e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas flores.

- Um milhão! - terminou de contar a LOUCURA e começou a busca.

A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ discutindo com DEUS, no céu, sobre zoologia. Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões. Em um descuido, encontrou a INVEJA e claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO. O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado de seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas. De tanto caminhar, sentiu sede e ao aproximar-se de um lago, descobriu a BELEZA. A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois a encontrou sentada sobre uma cerca sem decidir de que lado esconder-se. E assim foi encontrando a todos: O TALENTO entre a erva fresca, a ANGÚSTIA em uma cova escura, a MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava mesmo era no fundo do oceano) e até o ESQUECIMENTO, que já havia esquecido que estava brincando de esconde-esconde.

Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local. A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do planeta e em cima das montanhas. Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral. Pegou uma forquilha e começou a mover os ramos, quando, no mesmo instante, escutou-se um doloroso grito. Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos. A LOUCURA não sabia o que fazer para desculpar-se. Chorou, rezou, implorou, pediu e até prometeu ser seu guia.

Desde então, desde que pela primeira vez se brincou de esconde-esconde na terra:

O AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Por que não?


eu olhei e pensei por que não
dezesseis anos mais velho, seguro
homem de opinião e nenhum caráter
o velho truque do maduro
um ator na vida, e eu pensei por que não
vai ver é um menino com medo
vai ver se atrapalha
não, acho que não
deve ser um pouco canalha como todos são
um cruzar de pernas, um olhar grave
não sei direito o que se faz pra ser querida
uma posição mais provocante
uma atitude mais desinibida
logo eu que morro de vergonha
de tentar ser um pouco atrevida
logo eu
que o que cometo em sonhos
seria incapaz de cometer na vida

mas pensei por que não o estímulo de uma aventura
o prazer de ceder à tentação
é tão raro acontecer esse desejo, dura
tão pouco isso
a novidade
e depois não tem o compromisso da paixão

come e depois espalha pra cidade
aquela coisa machista insuportável
estilo gosta de levar vantagem
— chega de pensar bobagem —
não é possível que ele seja assim
ele é sensível, inteligente, um homem que chora
só falta agora um sopro de coragem, uma insinuação

e se ele for um sujeito compulsivo
maníaco depressivo, do tipo que atormenta
astral anos sessenta
e eu me arrepender profundamente
— o ruim do porre é a ressaca —
se for um cara babaca desses dose pra analista
se ainda for comunista do antigo pecezão
não, claro que não
ele é brilhante, contemporâneo, atuante
ativo da linha de frente
e eu molhei os lábios sensualmente
e pensei por que não?!


bruna lombardi

Gaia




Você sabe como eu sou despreocupada
que me encerro neste quarto e me permito
todas as divagações, as fantasias
obsessões, perseguições, todos os dias
você sabe que eu me viro de inventos
que eu me reparto e dou crias
que eu mal me resolvo e me aguento
carrego pedras no bolso
e enfrento ventanias.

Você sabe como eu sou desorientada
raciocínio pelo instinto e cometo
fugas de túnel de ladra de galeria
uso malhas e madras manhas e lenhas
e percorro superfícies
em que você escorregaria

Mas você sabe como eu sou de subsolos
de subterfúgios, de subversos subliminares
como eu sou de submundos
subterrãneos, de sub-reptícias folias
meio de circo, meio de farsa
ervas, panfletos, fluídos, presságios
quebrantos, jeitos, gírias, reviras
de sensações e cismas, filosofias

de como eu sou de estradas, andanças, pressentimentos
atmosférica e vadia
gato da noite, de crises, guitarras
ouros e danças e circunstâncias
de vinho azedo e companhia.

Que eu sou de todas as misturas
todas as formas e sintonias
e enfrento esse aperto, essas normas
forças, pressões, imposições, o poderio
os intervalos, o silêncio da maioria.

Você sabe de toda minha luta
mesmo quando a intenção silencia
que eu não cedo, não desisto
a todo custo,, a toda faca, a todo risco
eu sobrevivo de paixão e de anarquia.

Você sabe bem de minha fraude
Você conhece as minhas alquimias.

Bruna Lombardi

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Muitas pessoas são zombies!


Augusto Cury diz que é raríssimo encontrar um ser humano verdadeiramente livre. Ele garante: "Ainda não encontrei nenhum". E adverte:
"Estamos frequentemente inertes, calados e somos silenciados no único lugar em que deveríamos gritar e rebelar-nos. Distribuimos um sorriso social que nem sempre espelha o nosso clima emocional".
"Na verdade - diz Augusto Cury - "deveríamos lutar contra as nossas mazelas psíquicas, mas intimidamo-nos dentro de nós. E no exterior, quando deveríamos agir com tolerância, tornamo-nos combativos e magoamos quem não merece. Vivemos uma sociedade superficial que não calibra este nosso foco. Erramos frequentemente o alvo".
Temos também muito medo de correr riscos, de ousar, de aventurar-nos nos caminhos da sabedoria, da auto-descoberta e na construção de novos conhecimentos que façam de cada um de nós pessoas mais lúcidas, mais justas, mais charmosas, mais encantadoras. Há por aí muita gente bonita por fora mas horrível por dentro. Vivem sufocadas pela baixa auto-estima, pelo medo e sobretudo pela ignorância.
"Muita gente esconde-se na ignorância. Não querem aprender mais, não querem saber mais de nada, contentam-se em passar os seus dias numa espécie de agonia, calando fundo o grito de viver que cada uma das suas células estão desejosas de fazer. E assim cada dia deslizam não ao encontro da vida mas a caminho da morte. Muita gente vive numa espécie de coma, de inconsciência profunda, pensando que estão vivendo. Mas não estão. Apenas vegetam, são como areias inertes. São zombies, ainda que falem, cantem, dancem e levem seus dias trabalhando em algum lugar e a gente as veja nos autocarros (ónibus), nas ruas, ao volante de seus belos carros. Mas não estão vivendo. Apenas estão andando de um lado para outro. Quando perceberem que não viveram seus dias usufruindo da sua inteligência e das suas capacidades já estão demasiado velhas para recomeçar" - diz Nelson Lima, disciplo de Augusto Cury e director de nosso Centro de Estudos em Portugal.

domingo, 9 de janeiro de 2011

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Roberto Carlos e Paula Fernandes



Quando você se observar,
à beira do desânimo, acelere o passo para frente,
proibindo-se parar.
Ore, pedindo a Deus mais luz
para vencer as sombras.
Faça algo de bom,
além do cansaço em que se veja.
Leia uma página edificante,
que lhe auxilie o raciocínio na mudança
construtiva de idéias.
Tente contato de pessoas,
cuja conversação lhe melhore
o clima espiritual.
Procure um ambiente,
no qual lhe seja possível ouvir palavras
e instruções que lhe
enobreçam os pensamentos.
Preste um favor, especialmente aquele
favor que você esteja adiando.
Visite um enfermo, buscando reconforto
naqueles que atravessam dificuldades
maiores que as suas.
Atenda às tarefas imediatas que esperam por você
e que lhe impeçam qualquer demora
nas nuvens do desalento.
Guarde a convicção de que todos estamos
caminhando para adiante, através de problemas e lutas,
na aquisição de experiência, e de que a vida concorda
com as pausas de refazimento das nossas forças,
mas não se acomoda com a inércia
em momento algum.
(André Luiz p/Chico Xavier)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Quer saber?


Você é os brinquedos que brincou,
as gírias que usava,
você é os nervos a flor da pele no vestibular,
os segredos que guardou,
você é sua praia preferida,
Peba , Francês , Araguaia,
sua cachoeira, Tiquira, Vila Propício
você é o renascido depois do acidente que escapou,
aquele amor atordoado que viveu,
a conversa séria que teve um dia com seu pai,
você é o que você lembra.
Você é a saudade que sente da sua mãe,
o sonho desfeito quase no altar,
a infância que você recorda,
a dor de não ter dado certo,
de não ter falado na hora,
você é aquilo que foi amputado no passado,
a emoção de um trecho de livro,
a cena de rua que lhe arrancou lágrimas,
você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado,
a força dada para o amigo que precisa,
você é o pelo do braço que eriça,
a sensibilidade que grita,
o carinho que permuta,
você é as palavras ditas para ajudar,
os gritos destrancados da garganta,
os pedaços que junta,
você é o orgasmo,
a gargalhada,
o beijo,
você é o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado,
a impotência de não conseguir mudar,
você é o desprezo pelo o que os outros mentem,
o desapontamento com o governo,
o ódio que tudo isso dá,
você é aquele que rema,
que cansado não desiste,
você é a indignação com o lixo jogado do carro,
a ardência da revolta,
você é o que você queima.
Você é aquilo que reinvidica,
o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta,
você é os direitos que tem, os deveres que se obriga,
você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca,
você é o que você pleiteia.
Você não é só o que come e o que veste.
Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê.
Você é o que ninguém vê.


(Martha Medeiros)

domingo, 2 de janeiro de 2011

PARA VIVER UM GRANDE AMOR, VOCÊ PRECISA . . .




...correr riscos.
Todo amor é arriscado porque provoca
mudanças na vida.Sejam elas, pessoais, culturais, financeiras.Se
você não estiver disposto a arriscar, as chances de dar certo diminuem.

...ser companheiro.
O companherismo vai além da paixão.
É preciso também acalentar projetos em comum.Um ajudando
a realizar o sonho do outro e sendo solidário e cúmplice na rotina da relação.

...superar diferenças.
Ele adora dançar, é louco por samba, feijoada
e filme americano. Ela gosta de jazz, arroz integral e cinema
europeu. E a coisa funciona porque um ampliao mundo do outro.
Respeitar as diferenças é a chave do sucesso.

...ser perseverante.
É preciso apostar e investir nosentimento.
Se você acredita que realmente ama alguém, lute por ele.
E não tenha medo de demonstrar o que quer.

...cultivar o romance.
A chama da paixão precisa ser mantida acesa ao longo dos dias,
semanas, meses, anos...

Depois de um tempo a maioria das relações acaba
caindo na rotina e pequenos gestos, como
preparar um jantar a luz de velas ou
colocar uma carta de amor no bolso do casaco,
são esquecidos. Manter o clima de romance é um
antídoto contra a monotonia ! ! !

Seja você mesmo!




Quando nos recusamos a passar quem realmente somos para os outros, é a nossa imagem que eles passam a conhecer e até a amar ou não apreciar, e não aquilo que somos verdadeiramente.
Freqüentemente as pessoas têm medo do julgamento dos outros e elas preferem "seguir a maré" do que contradizer.
Talvez tenham medo de se revelar por achar que não vão ser aceitas como são, ou então para não magoar e ferir os outros, preferem agir como se estivessem de acordo com tudo.
Dizem sim quando interiormente pensam não.
E cria-se assim uma imagem falsa e errônea de si mesmo. Mas a vida não é um palco e nós não somos todos atores que, depois do espetáculo, se despem da sua personagem.
Se fizermos isso criamos em volta de nós mesmos um mundo hipócrita.
Não digo aqui que devemos ficar jogando nossas verdades sem nos importar com a reação das pessoas.
Nós não somos uma ilha e menos ainda o centro do mundo.
Todavia, tem momento e meio pra tudo na vida.
O importante é a sinceridade.
Uma mesma coisa pode ser dita de diferentes maneiras e causar diferentes impactos naquele que ouve.
É o que chamamos de eufemismo e que não faz mal a ninguém.
Uma coisa é dizer "essa cor fica horrível em você" e outra "eu acho que aquela ficaria bem melhor em você."
Se não concordamos com uma idéia ou uma pessoa, há maneiras de expor o que pensamos sem ser desagradáveis.
Nós somos o que somos e pensamos o que pensamos.
As pessoas que nos amam devem nos amar por aquilo que somos e não pelo que aparentamos ser.
Elas nos aceitarão apesar de nossas falhas se perceberem que somos sinceros e se nos amarem verdadeiramente.
Os verdadeiros amigos não devem estar obrigatoriamente o tempo todo de acordo, mas devem aprender a respeitar e aceitar a diferença do outro, porque são justamente as diferenças que nos enriquecem.
Qualquer que seja a situação, seja você mesmo.
Sincero, límpido, transparente.
Talvez você não seja o ideal para todo mundo, mas você saberá que aqueles que te amam, amam profundamente e de todo o coração.
Letícia Thompson

sábado, 1 de janeiro de 2011


Acredite.
Você precisa ter sonhos,
para que possa se levantar, todas as vezes que cair.
Acreditar que a toda hora,
acontecerá coisas boas e mudar sua vida.

Você precisa ter sonhos grandes e pequenos,
os pequenos, são as felicidades mais rápidas,
os grandes, lhe darão força para suportar
o fracasso dos sonhos pequenos.

Você tem que regar os teus sonhos todos os dias,
Você precisa dizer sempre à você mesmo:
- Vou conseguir! - Vou superar!

Fazendo isso, você estará cultivando sua luz,
a luz de sempre ter esperanças,
que nunca poderá se apagar,
pois ela é a imagem que você
passa para as outras pessoas.

Mire na Lua, pois se você não puder atingi-la,
com certeza irá conhecer grandes estrelas,
ou quem sabe, poder ser uma delas!
(Vilma Galvão)