Roberto Carlos e Ivete Sangalo

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Leve numa boa...Não crie tantas expectativas.


Para iniciar esse artigo é válido lembrar que homens e mulheres possuem funcionamentos distintos em praticamente todas as circunstâncias da vida, em especial as que envolvem questões emocionais. Nesse campo, podemos dizer que se alojam os maiores conflitos entre os gêneros, e habitualmente os mais difíceis de serem solucionados.

Mulheres são historicamente mais sonhadoras e idealizadoras do que os homens, seja pela sua natureza, por questões culturais, seja porque possuem um canal afetivo mais aberto e transparente. Os homens, por sua vez são mais práticos, objetivos e pragmáticos, e ainda que se envolvam profundamente com alguém não perderão essas características e tampouco as mulheres as suas.

Praticamente todos os estudos antropológicos apontam para um comportamento similar entre os povos. Os homens saem à caça enquanto as mulheres cuidam da prole e do bem estar familiar.

Com as mudanças históricas muitas mulheres também começaram a sair para "caçar" e se tornaram provedoras, sem que para tanto perdessem o aspecto subjetivo que tão bem as define como protetoras e cuidadoras do lar.

Existem, portanto e desde sempre, diferenças fundamentais entre os gêneros e elas aparecem em inúmeras situações da vida, no dia a dia; em especial na maneira como homens e mulheres reagem frente a essas vivências.

Pesquisas indicam cada vez mais que eles e elas processam de forma diferente as informações relacionadas a eventos emocionais. Como por exemplo, podemos comentar sobre os momentos que precedem um encontro, eles marcam bastante uma dessas diferenças: Como as mulheres se preparam e como lidam com as expectativas, seus anseios, suas preocupações, a ansiedade. Muitas exigem que estejam sem falhas e mais próximas possível do que imaginam que o homem espera delas. Algumas já começam a sonhar desenfreadamente e criam todo um cenário ideal. Outras ficam muito ansiosas. Já algumas conseguem lidar de forma menos intensa.

Homens, por sua vez criam expectativas bem menores, suas características nesse momento os auxilia, e muito, a não perderem o foco e nem o controle, enquanto elas ficam ansiosas e potencializam seus recursos de sedução, cuidando das roupas, cabelo, perfume... Os homens, ainda que vaidosos, não depositam tanta importância nesses detalhes e apostam mais na sua capacidade natural de agradar e seduzir.

Ainda que existam e sempre existirão essas tais diferenças e por mais impossível que seja anulá-las, é importante que se tome cuidado para não exagerar e perder o limite. Alguns sentimentos em dose errada podem colocar tudo a perder e comprometer o desdobramento de algo que poderia ser bom se não fosse a sobrecarga de emoções.

Um encontro, para que seja bom e promissor dependerá de muito mais do que se pode controlar. Claro que vale se sentir preparada, bonita e segura, mas é sempre importante ter em mente que não podemos antecipar o que o outro irá sentir e qual avaliação ele terá do encontro, isso porque ele poderá estar atento a um detalhe que você não imaginava e que importa para ele.

Um encontro é acima de tudo subjetivo. Depois do interesse estabelecido, o resto do jogo será regido por aspectos muitas vezes desconhecidos, é o que se chama de empatia e entrosamento, é algo que simplesmente acontece e que não se controla. Portanto, é valioso cuidar para que a ansiedade e a expectativa exageradas não atropelem esse caminho tão natural entre os casais. Sonhar, desejar, querer muito que dê certo faz parte do processo, mas não pode abafar sua espontaneidade, a naturalidade, e, acima de tudo a aposta em si mesma e no seu potencial, que habitualmente basta para que alguém se interesse por uma pessoa.

O autocontrole é fundamental para evitar atropelos e para promover chances maiores de um encontro enriquecedor e harmonioso.

Juliana Amaral

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O que faz o amor acabar?


Até onde podemos supor, quem começa um relacionamento espera que ele não termine tão cedo. Especialmente no início, quando mostramos o melhor de nós na intenção de conquistar a pessoa amada, nossas expectativas sempre rondam a ideia – ainda que fantasiosa – do “e foram felizes para sempre”.

Sim, estamos cansados de ouvir que o sempre não existe, que nada é eterno e que o tempo transforma as relações em algo bem diferente do que era quando começou – lembrando que “diferente”, em princípio, não quer dizer nem pior e nem melhor. Mas o fato é que acreditar no amanhã é imprescindível. É esta esperança e esta significativa aposta no amor que o faz ganhar em profundidade. Ou seja, é preciso investir para ganhar, seja qual for o compromisso.

Porém, o maior equívoco na conquista e, principalmente, na manutenção das relações, tem sido o foco. Apesar de ser essencial acreditar no futuro, é absolutamente indispensável vivenciar o hoje, o agora, este dia!

Por isso, se você quer saber o que faz o amor acabar, a resposta é apenas uma: começar a acreditar que hoje pode ser ruim porque depois você poderá consertar. Talvez até possa, mas deixar para fazer o amor valer a pena somente amanhã é a maior e mais perigosa armadilha que os casais constroem para si mesmos sem se dar conta!

Em outras palavras: nada pode garantir que o amor entre você e a pessoa com quem você se relaciona jamais vai acabar. Isso não existe. É imprevisível e incontrolável. Entretanto, se você quer fazer o que está ao seu alcance, se quer fazer o que é possível, então minha sugestão é para que você viva um “amor de um dia”.

Isso mesmo: Ame como se este amor fosse acabar ao final deste dia. Como se você tivesse apenas hoje para namorar, beijar, abraçar, falar, ouvir, ouvir bastante, considerar, perdoar, pedir perdão, ceder, reconhecer o que o outro faz de bom, reconhecer o que você faz que não é muito legal... Enfim, apenas hoje, apenas agora...

Claro que isso não significa que se você não puder aproveitar o hoje, estará tudo acabado. Mas esteja certo de que se você se relacionar na maior parte do tempo sempre esperando pelo amanhã para que seja bom, então está fadado ao fim! Pode ser oficial ou camuflado, mas o fim será inevitável!

Portanto, não perca mais tempo! Quanto antes você começar, mais fácil será instaurar esta dinâmica no seu relacionamento. Mais eficiente e mais prazeroso será praticar o “amor por um dia”!

Afinal de contas, é fácil compreender o quão mais possível é viver um grande amor por 15 ou 20 horas do que por 15 ou 20 anos... E na mesma medida, por 15 ou 20 minutos do que por 15 ou 20 horas. Então, que tal uma ligação carinhosa, um convite picante, uma flor sem motivos aparentes, um elogio despretensioso?

Nada de mais para quem quer viver uma linda história de amor, não acha?

Rosana Braga