Roberto Carlos e Ivete Sangalo

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

Vamos falar de nós!



Vamos falar de nós
A gente teve um caso tão bonito
E apesar de tudo
De nos amarmos tanto foi preciso
Nos agredir
Até esquecer
Nossos momentos lindos
Eu te ferir, me magoar
Pra entender certas coisas não valem a pena
Que o amor, ele é feito de coisas pequenas
A arte de se dar
Vamos falar de nós
Podemos retirar alguns espinhos
Tentar recomeçar
O que está gritando em nosso peito
Dizer tudo que a gente tem direito
Até mesmo esgotar
O brilho que está em nosso olhar
Nossas vidas, nossas brigas
São coisas que nos diz respeito
Somente a Deus dou direito
De mostrar um caminho para nós
Nós levamos tantos anos
Pra nos encontrar
Aprendi, aprendeste a amar
Amor...
Vamos falar de nós
Olhando um pro outro desarmados
Não vamos dar a chance
Para sorrisos falsos ou aplausos
Para pessoas que nos criticaram
Nem ao menos quis saber
Se eu caminharia sem você

sábado, 17 de setembro de 2011

Amar ou sofrer!

Angela Rô Rô

Amar ou sofrer
Eu vou te dizer, mas vou duvidar
Querendo ou não
O meu coração já quer se entregar
Não falta lembrança, aviso cobrança, você vai por
Mim.
Mais feito criança, lá vou na esperança, eu sou mesmo
Assim
Quem sabe até, meu destino, amor sem espinhos
Sou réu da sua boca, calor dos abraços e tantos
Beijinhos
Se o sonho acabou, não sei meu amor nem quero saber
Só sei que ontem a noite sorrindo acordada sonhei com você
Às vezes até na vida é melhor, ficar bem sozinho
Pra gente sentir qual é o valor de um simples carinho
Te sinto no ar, na brisa do mar, eu quero te ver
Pois ontem a noite sonhando acordada, dormi com você.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A Tristeza permitida!





Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?

Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.

Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra.

A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.

Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas.

“Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não me importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago da razão/ eu ando tão down...” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.

Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.

Martha Medeiros

sábado, 10 de setembro de 2011

Tocando em frente!





"Ando devagar

porque já tive pressa

E levo esse sorriso

porque já chorei demais

Hoje me sinto mais forte

mais feliz quem sabe

Eu só levo a certeza

de que muito pouco eu sei

que nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs

o sabor das massas e das maçãs

É preciso amor pra poder pulsar

É preciso paz pra poder sorrir

É preciso chuva para florir

Penso que cumprir a vida

seja simplesmente

compreender a marcha

e ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro

levando a boiada

eu vou tocando os dias

pela longa estrada eu sou

estrada eu vou

Todo mundo ama um dia

Todo mundo chora

Um dia a gente chega

No outro vai embora

Cada um de nós compõe a sua história

E cada ser em si carrega

o dom de ser capaz

de ser feliz

Conhecer as manhas e as manhãs

O sabor das massas e das maçãs

É preciso amor pra poder pulsar

É preciso paz pra poder sorrir

É preciso chuva para florir

Ando devagar

porque já tive pressa

E levo esse sorriso

porque já chorei demais

Cada um de nós compõe a sua história

E cada ser em si carrega

o dom de ser capaz

de ser feliz"

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

PEDAÇOS DE MIM




Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.

Martha Medeiros

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Você acredita em histórias de amor?


O tempo todo, ouço pessoas, tanto homens quanto mulheres, afirmando que gostariam de viver uma autêntica história de amor. Por outro lado, também vejo, periodicamente, serem lançados filmes sobre encontros de tirar o fôlego e emocionar até os corações mais endurecidos...

Ou seja, na música, na arte, nas telonas e telinhas, por todos os lados, o amor está em pauta. E isso certamente reflete um desejo muito forte na vida da enorme maioria de nós. Mas quero convidá-lo, hoje, a refletir sobre um paradoxo. Ao mesmo tempo em que o amor está no ar, convidando, seduzindo, provocando, paira neste mesmo ar uma energia que parece oposta.

A palavra energia aqui empregada serve para dar nome a algo quase inefável. Ou melhor, que dificilmente explicamos com as palavras. Mas vou tentar. Trata-se de algo muito sutil e, ao mesmo tempo, denso. Algo que parece não fazer diferença mas, ao mesmo tempo, faz – e muita! Como se fosse uma luta interminável e silenciosa entre o sim e o não. Querer e não querer. Desejo e medo. Impulso e retração.

Fica fácil perceber essa dinâmica confusa e angustiante quando começamos a reparar que, do mesmo modo que muitos desejam a intensidade, a profundidade, a parceria e a cumplicidade, também muitos (e talvez até os mesmos), duvidam, desdenham, desacreditam, enfim, desistem, desperdiçam oportunidades...

Sim, dá para compreender que relacionar-se não é das tarefas mais simples. Pode ser mesmo que você quebre a cara. Pode ser mesmo que não dê certo, apesar de todo seu investimento. Pode ser mesmo que o outro minta, engane e use você. Pode ser que você não seja correspondido, que ame mais do que seja amado, que dê mais do que receba. Pode ser...

Mas sobre tudo isso de realmente difícil e doloroso que pode mesmo acontecer caso você se permita, se entregue e passe a acreditar de verdade em histórias de amor, tenho três importantes contrapontos a esclarecer!

1 Pode ser que não aconteça nada disso. Pode ser também que aconteça só parte disso. E, mesmo acontecendo e sendo doloroso, pode ser que seja muito bom para você. Explico: as dores e dificuldades servem para nos fazer amadurecer, crescer, aprender. Permite-nos fazer melhores escolhas da próxima vez. Faz com que nos apropriemos com mais sabedoria da felicidade e do amor. Faz com que nos sintamos partes do mundo, de verdade, atuantes, corajosos e merecedores.

2 Você nunca vai saber o que realmente pode acontecer se não tentar. Ficar supondo, delirando, tentando descobrir o que pode acontecer caso você se comporte como quem está vivendo de fato uma história de amor, não adianta nada! Somente pensar não é viver. Agir é viver. Escolher é viver. Relacionar-se é dar espaço para que o amor aconteça. Enfim, enquanto você não transformar seus medos em ferramentas para tornar sua vida mais fácil, vai continuar aí, parado, sem viver a tal história de amor ou qualquer outra história importante.

3 Por último, pode apostar: vale a pena. Vale muito a pena. Por isso, sou enfática e categórica – tente, tente de novo. Tente mais uma vez. E viva toda sua vida acreditando que é possível, sim, viver uma história de amor, com todos os ônus e bônus que isso significa! Vale a pena!

Rosana Braga

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Apostar que “a fila anda” pode ser sua melhor opção!


Sempre mantive um “pé atrás” em relação a esta assertiva. Sustentar a ideia de que “a fila anda” sempre me pareceu uma ação arrogante e ilusória. Acreditar que existe uma fila de pessoas querendo se relacionar com você, a meu ver, é pretensioso demais. Entretanto, cá estou para refletir sobre a afirmação sob outro ângulo.

A intenção da frase é, certamente, mostrar que o cenário atual pode ser mudado a qualquer momento. Ou seja, a fila anda num relacionamento em que não existe cuidado mútuo. E a possibilidade deste “andar da fila” deixa claro que insistir nem sempre é a opção mais inteligente.

Quem lê meus artigos há algum tempo, sabe que sou defensora declarada de quem tenta salvar um relacionamento, haja vista que são oportunidades preciosas que temos de superar limitações, amadurecer e conquistar um novo patamar na busca pelo que temos de melhor. Portanto, desistir na primeira dificuldade ou ficar “pulando de galho em galho” tentando encontrar o outro perfeito não me parece ações que combinam com amor, consciência ou felicidade.

Porém, continuar dando “murro em ponta de faca”, sentindo e vendo a pele sendo dilacerada e o próprio sangue sendo derramado sem que nada de realmente significativo mude, já me parece teimosia, daquelas adotadas por quem quer ocupar o lugar de vítima ou de “coitadinho”, só para mendigar atenção e encobrir um enorme medo de se entregar à vida e arcar com as consequências de suas escolhas.

Assim sendo, hoje venho defender a opção de deixar a fila andar. Ou melhor, de – se for preciso – fazer a fila andar! Sim, botar um ponto final nesta história que tem se mostrado um grande fiasco e um completo e desastroso desencontro, e começar a apostar numa nova possibilidade.

Você não precisa, necessariamente, viver em função de começar e terminar relacionamentos indefinidamente. Pode, e em muitos casos até deve, permitir-se um tempo só seu. Deixar-se “solteiro” e desfrutar as muitas e deliciosas experiências que este status lhe proporciona.

Agora, obviamente, se surgir alguém especial, com quem você se identifique sem ter de fazer força ou inventar predicados, por que não? Contudo, observe esse detalhe: que seja fluido, que seja leve, que seja natural! Pare de fazer tanta força simplesmente para provar a si mesmo ou a quem quer que seja que você é capaz de “ter alguém”. Chega de viver relacionamentos que mais servem para te angustiar e confundir do que para te fazer descobrir que existem caminhos mais profundos e pacíficos a serem percorridos!

Enfim, com consciência, noção de si, disponibilidade para fazer o seu melhor e apostando que o autoconhecimento é a maneira mais eficaz de atrair encontros criativos e construir relacionamentos transformadores, estou certa de que – antes do que você imagina – a fila estará exatamente onde deveria. Afinal, se você quer viver um grande amor, precisa saber o que isso significa e qual a sua parte neste processo! A mudança começa sempre em você!


Rosana Braga