Roberto Carlos e Ivete Sangalo

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Aprenda a gostar de você!



"Aprenda a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você...
A idade vai chegando e, com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão mudando...
A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar...
Mas uma coisa parece estar sempre presente... A busca pela felicidade, com o amor da sua vida.
Desde pequenas ficamos nos perguntando "quando será que vai chegar?" E a cada nova paquera, vez ou outra nos pegamos na dúvida "será que é ele?".
Como diz meu pai: "nessa idade tudo é definitivo", pelo menos a gente sempre achava que era.
Cada namorado era o novo homem da sua vida.
Fazíamos planos, escolhíamos o nome dos filhos, o lugar da
lua-de-mel e, de repente...
PLAFT! Como num passe de mágica ele desaparecia, fazendo criar mais expectativas a respeito "do próximo".
Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, mas que já não dura mais de três meses.
Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva.
Procura um cara formado, trabalhador, bem resolvido,
inteligente, com aquele papo que a deixa sentada no bar o resto da noite.
Você procura por alguém que cuide de você quando está doente, que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó, que jogue "imagem e ação" e se divirta como uma criança, que sorria de felicidade quando te olha, mesmo quando você está de short,camiseta e chinelo.
A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação, já não tem o mesmo valor que tinha antes.
A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas
continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal,que nos complete, e vice-versa.
Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos à luta... E
haja dinheiro para manter a presença em todos os eventos da
cidade: churrasco, festinhas, boates na quinta-feira.
Sem falar na diversidade, que vai do Forró ao Beatles.
Mas o melhor dessa parte é se divertir com as amigas, rir até doer barriga, fazer aqueles passinhos bregas de antigamente e curtir o som...
Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora.
Com o tempo, voce vai percebendo que para ser feliz com
uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha que ama), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você! "
Mário Quintana

Nunca desista de Amar!




O amor é eterno e maravilhoso em sua essência, capaz de realizar as mais importantes transformações em um ser humano.

Alguns vivem o amor em sua plenitude pelo simples fato de dispor dele em abundância. Aprenderam a amar, a se entregar ao ser amado e a estabelecer relacionamentos criativos. Outros sofrem com seu relacionamento amoroso. Depois de algumas decepções, tendem a se isolar e a adotar uma postura cética em relação ao amor. Preferem ficar em casa no sábado à noite, assistindo a um filme. Passam todos os fins de semana sozinhos. Nunca aceitam o convite de um colega para sair. No início, sentem-se aliviados, pois acham melhor evitar problemas do que sair em busca do amor. Mas, depois de algum tempo, a solidão começa a apertar o coração.

Nunca desista de amar. Assuma sempre o risco de demonstrar seu amor, mesmo que a outra pessoa não vá aceitá-lo, porque amar alguém não é um problema nem um defeito; é uma virtude. Se ela não aceitar o seu amor, o problema não é seu, pois, uma vez que você descobriu o jeito de amar, ficará faltando apenas encontrar um companheiro para a viagem a dois.

Se você está só, abra o seu coração, coloque um sorriso no rosto, retome o brilho nos olhos e acredite que a vida lhe prepara maravilhosas surpresas. Tenho a esperança de que com esta nossa conversa você tenha conseguido mais energia e inspiração para desfrutar melhor o Amor, uma realidade valiosa demais para ser banalizada.

E lembre-se: você é o autor da sua vida e é capaz de escrever uma história de amor muito linda, na qual receba e dê muito amor. Saiba sempre que amar pode dar certo, desde que você cuide do Amor com muito carinho e sabedoria.

O amor é eterno e maravilhoso em sua essência, capaz de realizar as mais importantes transformações em um ser humano, mas as pessoas atualmente se machucam muito porque não aprenderam a amar de uma forma plena.

O problema não está no amor. O ser humano não consegue ser feliz sozinho. Desistir de amar é deixar de lado uma parte fundamental da própria vida, e por isso mesmo é triste ver tantas pessoas tratarem o amor com desprezo, acharem as manifestações de romantismo algo feio e, principalmente, desistirem de viver um grande amor. Vale a pena amar, acreditar no amor, entregar-se ao amor. O amor satisfaz os nossos mais profundos desejos de compreender e ser compreendido, de valorizar e ser valorizado, de dar e receber.

Amar pode dar certo

O ser humano só pode existir em paz consigo mesmo se puder se relacionar com uma pessoa a quem diga, com palavras e gestos, "eu te amo" e de quem ouça com total sinceridade: "Eu também te amo".

Mas amar supõe evoluir todos os dias, conhecer o outro cada vez melhor, construir com ele um lugar no mundo em que as pessoas, ao entrar, sentirão que ali existe vida, carinho sincero, vontade de acertar.

Nos momentos de crise ou de mágoa, dizer "eu te amo" ao parceiro é ter a coragem de lhe dizer que ele fez algo de que você não gostou.

Nos momentos de alegria e êxtase, dizer "eu te amo" é saber compartilhar essa alegria com quem você ama, abrindo seu coração sem reservas.

Nos momentos de dor, dizer "eu te amo" é talvez não dizer nada, mas deixar evidente ao outro que você está ao seu lado aconteça o que acontecer.

Nos momentos em que você perceber que errou, a melhor maneira de dizer "eu te amo" é simplesmente dizer: "Desculpe pelo meu erro".

Nos momentos em que o outro errou, e está triste porque cometeu o erro, a melhor maneira de dizer "eu te amo" é se aproximar lentamente dele, colocar a mão em seu ombro e dizer suavemente: "Tudo bem, já ficou para trás".

Amar pode dar certo é a frase mais simples possível para traduzir a convicção de que nascemos para amar e ser amados, e que nossa felicidade consiste em realizar essa missão.
Roberto Shinyashiki

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O fim de um relacionamento!


Uma das piores coisas que se pode acontecer para abalar o equilíbrio de uma pessoa, é ela ter seu relacionamento terminado - Namoro, casamento, qualquer tipo de rompimento.

A pessoa que foi "terminada", sente um imenso vazio dentro de si, e consegue sentir de verdade, frases que ela julgava serem metáforas: "Dor no coração", "Dor na alma"...


Para uma pessoa apaixonada, a dor chega a ser tão pesada a ponto de afetar sua saúde física, pois ela pode passar a se alimentar mal, perder o sentido de ser, ou ser levada a fazer coisas ao extremo
, como até mesmo tentar se matar ou qualquer coisa que chame a atenção da pessoa amada.

O ser humano não aceita perdas; ele nunca está pronto para perder alguma coisa, e um amor é algo mais precioso que alguém pode adquirir, por se tratar de um outro ser: que se importa, que lhe dá toda a atenção, que pensa em você, que preenche o vazio que a família provavelmente deixa, e faz parte da natureza humana se relacionar.
Instintivamente o ser humano gosta de cuidar do que possui, principalmente se ele não possui muito do que conseguiu ou se adquiriu algo com extrema dificuldade. É óbvio então, que se você perdeu um amor que consegui com dificuldades, uma pessoa que julgava rara, se você não tem o costume de ter muitos amores, é certo de que irá sofrer muito mais e demorar mais para que esqueça (não terá facilidade em substituí-la ou relacionar com amigos). Poderá também, afastar a pessoa de você ainda mais, pois irá passar para ela seu estado de tristeza.

O excesso de cuidado com alguém, também pode causar sufocamento e a perda do interesse do outro, por não ter mais nada que buscar na pessoa, ele automaticamente para de conquistá-la, pois não sente o perigo da perda - o ser humano vive de buscas, quanto mais ele tem, mais ele quer, ele jamais estará satisfeito, portanto, a mesma coisa se aplica a um relacionamento: Depois que se conhece alguém, que se perde a conquista e a fase em que um conhece o outro.

Existem muitos fatores que podem fazer com que uma pessoa abandone a outra, e se alguns dos principais forem conhecidos, você não correrá o risco de perder seu amor, saberá cuidar do seu relacionamento, e diagnosticará qualquer problema que haja em seu relacionamento antes que ele possa vir a afetá-lo de forma negativa.

Gisa

Como esquecer alguém!


Como Superar a perda de um grande amor, lidar com o grande vazio no peito, e sair dessa numa boa.

É o fim. Não importa o que as pessoas digam, você tem um buraco dentro do peito e daria tudo pra estar perto da pessoa que te abandonou. Por mais erros que ela tenha cometido, você perdoaria todos e com certeza a frase que ainda ronda sua mente é "não quero te esquecer".

De certa forma, lá no fundo, você sabe muito bem que precisa esquecer este alguém.
Por mais que você tente, você sabe que é inútil, porque sente uma dor bem real.

Como é a Dor de Cotovelo?

No momento em que se perde alguém, sente-se uma dor imensa, onde não há posição confortável para se sentar, não há lugar para se deitar, e quem sente, não consegue descrever a intensidade.
O interessante é que dói muito, como um buraco dentro do peito, e realmente você pode dizer: Meu coração dói. Não é à toa que o coração está entre os símbolos do amor.

O mais importante, é que você não vai admitir que perdeu, e vai se torturar pensando naquela pessoa. Como se estivesse gostando de sentir dor. Quem sofre por amor, é uma espécie de masoquista. Ele sente um pouco de felicidade ao lembrar da pessoa, mas sabe que vai doer, porém seu ego não irá tentar nenhum mecanismo de defesa, e ele irá se entregar a isso.

A tristeza que toma conta de quem perdeu um grande amor, uma paixão, chega a ser quase uma obsessão. Por isso é difícil e praticamente impossível usar argumentos, principalmente contra o amado, para que a pessoa o esqueça. Quanto mais maltratado se é, mais ele vai querer estar perto e se sujeitar a qualquer coisa pra permanecer ao lado de quem ama.

A Solução da dor é o Tempo?

Hmm... Não exatamente!
O Tempo em si, não cura uma ferida, mas sim o que você faz com este tempo.

Considere o exemplo: Se você passar meia hora pensando naquela pessoa, o tempo estará passando do mesmo jeito, e sua dor estará aumentando ou ficando na mesma, logo, o tempo não cura. Porém, se você passar meia hora se ocupando de alguma coisa que não seja pensar no amado, vai com certeza ter sentido menos dor neste momento.

Quando se ocupa a mente com outras coisas, vai estar minimizando a dor, porque seu cérebro irá "esquecer" um pouco da dor que você sentia, e logo, tudo aquilo que era ruim, vai ser uma lembrança, e não mais uma dor física.

Considere a dor da perda, como uma ferida que se abriu. Quando você se machuca, dói. Se ficar mexendo naquela ferida da paixão, pensando naquilo, cutucando a ferida, indo atrás da pessoa e falando com ela, vai doer. Quando fazemos alguma coisa como trabalhar por exemplo, sair com os amigos, focar nossos pensamentos em outras ações, estamos deixando que a ferida se feche naturalmente e fazendo curativos.
Eu costumo dizer que quando arranjamos um novo amor, fechamos essa ferida muito mais rápido.

Quanto maior a perda, o tamanho da dor, os sentimentos que tínhamos pela pessoa, maior pode ser o tempo que levaremos para superar, principalmente se temos contato diário com quem nos abandonou. Será inevitável que essa ferida seja tocada toda vez.

Ocupe Seu Tempo

Sentir mais ou menos dor, é você quem vai fazer. Como mencionei, é provável que você queira ficar mexendo na ferida, remoendo sentimentos, e sentindo uma espécie de prazer nisso. Apenas se você estiver disposto a esquecer a dor e superar a perda, é que você vai conseguir.

Use o tempo que tem para se ocupar de outras coisas. Toda vez que seus pensamentos focarem na pessoa, desvie-os para outro lugar e procure fazer alguma coisa que realmente exija sua concentração. Difícil é, eu não disse que era fácil, mas é possível. Dizer que "não consigo porque sou fraco" é desculpa pra continuar se martirizando e consentindo sua dor.

Se você quer parar de sofrer, não espere o tempo se ocupar de você, pois nada vai acontecer, mas se ocupe de alguma coisa enquanto o tempo passa.. A cicatriz vai ficar, mas cicatrizes não doem, serão lições do futuro, como imagens em um álbum de fotografias.

Gisa

domingo, 26 de junho de 2011

Nada!


“Nem a tristeza, nem a desilusão.
Nem a incerteza, nem a solidão...
... Nada me impedirá de sorrir...
Nem o medo, nem a depressão.
Por mais que sofra meu coração...
Nada me impedirá de sonhar...
Nem o desespero nem a descrença.
Muito menos o ódio ou alguma ofensa...
Nada me impedirá de viver...
Mesmo errando e aprendendo.
Tudo me será favorável...
Para que eu possa sempre evoluir.
Preservar, servir, cantar, agradecer.
Perdoar, recomeçar...
Quero viver o dia de hoje.
Como se fosse o primeiro...
Como se fosse o último.
Como se fosse o único...
Quero viver o momento de agora.
Como se ainda fosse cedo.
Como se nunca fosse tarde...
Quero manter o otimismo.
Conservar o equilíbrio e fortalecer
a minha esperança...
Quero recompor minhas energias.
Para prosperar na minha missão,
e viver alegremente todos os dias...
Quero caminhar na certeza de chegar...
Quero lutar na certeza de vencer...
Quero buscar na certeza de alcançar.
Quero saber esperar para poder realizar,
os ideais do meu ser...

Blandinne

A vida com legendas!



Uma vez eu estava assistindo a um filme americano no DVD, quando uma amiga da minha filha chegou aqui em casa. Ela deu um alô de longe, para não atrapalhar a sessão, mas de repente algo chamou sua atenção na TV, e em seguida ela me olhou com uma expressão atônita. Achei que fosse me revelar um segredo de Fátima, mas o que ela me disse foi: "Tia, você não sabe? Dá para assistir ao filme dublado!". Aquele "tia" não conseguiu estragar meu humor. "Eu sei, querida, mas eu prefiro assistir com legenda".

A cara de espanto que ela fez, só vendo. Dava para ler seu pensamento: como alguém pode preferir ver um filme com legenda em vez de dublado??? Pois é.

Eu me rendo feliz às legendas, já que meu inglês não é nenhum espetáculo. Mas não é só por isso. Por melhores que sejam nossos dubladores, perde-se a interpretação original, o tom de voz, as interjeições. Fica um troço frio. Dublada, qualquer obra de arte parece filme de sessão da tarde. Vai pro ralo a magia do cinema.

Legenda, ao contrário, permite o confronto entre o que foi dito e o que foi compreendido. Temos acesso às duas versões. Aliás, não seria nada mal se legendassem algumas cenas da vida real, também.

Num antigo prédio onde morei, havia um porteiro muito gentil, mas que falava um idioma indecifrável. Vogais e consoantes embolavam-se de tal modo que qualquer coisa que ele dissesse parecia turco. O senhor pode repetir, seu Gomes? Vorwitzj shurtkwzç halytqjh. Sei, sei, obrigada, seu Gomes. E eu entrava no prédio sem saber se o elevador estava enguiçado, se a vizinha havia cometido suicídio ou se tinham assaltado meu apartamento.

Igualmente enigmáticos são certos depoimentos de políticos. Falam em português, sem dúvida, mas falta uma simetria com os fatos apurados. "Esta assinatura não é minha." "Não tenho dinheiro em paraíso fiscal." "Sou e sempre fui um cidadão honesto".
Legendas, please. Eu não compreender.

Agora, intraduzíveis mesmo são os diálogos entre marido e mulher. Ele diz que vai se atrasar 10 minutos e ela conclui: ele tem outra. Ele diz que está com saudade e ela retruca: então por que só me ligou uma vez hoje? Ele diz que está infeliz no emprego e ela: não vem com frescura, o aluguel vai aumentar. Ele diz que a ama e ela: "Repete".

"Eu te amo."

"Ah, diz de novo."

"Te amo."

"Mais uma vez."

"Te amo, caramba!"

"Eu sabia, você não me ama mais, se irrita por qualquer coisinha."

Mas voltando ao assunto inicial desta crônica: soube que o mercado cinematográfico está colocando à disposição um número cada vez maior de cópias dubladas, não apenas de filmes infantis, o que se explica, mas também de filmes para adultos. E o público está aplaudindo a tendência, pois, segundo pesquisa, preferem mesmo assistir ao filme direto em português. Uma pena. Entendo que se queira facilitar a vida, mas quando se quer facilitar demais, perde-se algumas pequenas sofisticações, hoje cada vez mais raras
Martha Medeiros

Espelho e desejo !




Uma amiga me diz que não suporta mais se olhar no espelho. Ela está se achando gorda, feia, desprezível. Antigamente, eu talvez dissesse a ela que está na hora de fazer uma dieta e dar uma ajeitada no visual, mas hoje em dia aconselho outra coisa: está na hora, isso sim, de trocar de espelho.

Ela está apenas um pouco acima do peso ideal, e feia não é de jeito nenhum. É uma mulher inteligente, divertida, bacana. O problema é que está totalmente focada no trabalho, não tem se relacionado com ninguém. Não namora. Não quer nem pensar em seduzir ou ser seduzida, fechou pra balanço. É é justamente este o espelho que está lhe faltando pra ver-se com olhos mais generosos.

A gente se apaixona por si próprio à medida que nos enxergamos através dos olhos dos outros. Isolados numa ilha - ou trancados num apartamento - a tendência é não enxergarmos grandes atrativos em nós. Mesmo sabendo que somos pessoas legais, quem confirma isso? Ok, com a auto-estima em dia, não dependemos tanto assim da apreciação alheia. Mas ninguém consegue manter-se em alta por muito tempo sem comprovar que é amado, gostado. Em suma, desejado.

Todo ser humano necessita despertar desejo. Quando as pessoas nos olham e não nos diferenciam de uma cadeira, a coisa vai mal. Isso acontece muito naquela instituição, como é mesmo o nome? Casamento. Os dois seguem se amando, mas já estão há tanto tempo juntos que não faz mais diferença se a mulher embarangou ou se o marido perdeu os dois dentes da frente: "amo você de qualquer jeito, bem". Ama, sem dúvida. Mas não nos enxerga mais. É aí que mora o perigo. Homens e mulheres precisam de um espelho que lhes diga constantemente o quanto são interessantes e atraentes. Se o espelho rachou em casa e não reflete mais nada, das duas uma: ou a gente se entrega ao desleixo, ou vai buscar reflexos de si mesmo em outro alguém.

Conheço garotas muito mais gordas que minha amiga, e menos bonitas e inteligentes do que ela, mas que não sentem vergonha do próprio corpo, seguem no jogo da vida, ganhando mais do que perdendo. São bem amadas por amigos e namorados, portanto a imagem que têm delas mesmas é menos rigorosa. E acabam se tornando belas de verdade.
Martha Medeiros

Uma amiga me diz que não suporta mais se olhar no espelho. Ela está se achando gorda, feia, desprezível. Antigamente, eu talvez dissesse a ela que está na hora de fazer uma dieta e dar uma ajeitada no visual, mas hoje em dia aconselho outra coisa: está na hora, isso sim, de trocar de espelho.

Ela está apenas um pouco acima do peso ideal, e feia não é de jeito nenhum. É uma mulher inteligente, divertida, bacana. O problema é que está totalmente focada no trabalho, não tem se relacionado com ninguém. Não namora. Não quer nem pensar em seduzir ou ser seduzida, fechou pra balanço. É é justamente este o espelho que está lhe faltando pra ver-se com olhos mais generosos.

A gente se apaixona por si próprio à medida que nos enxergamos através dos olhos dos outros. Isolados numa ilha - ou trancados num apartamento - a tendência é não enxergarmos grandes atrativos em nós. Mesmo sabendo que somos pessoas legais, quem confirma isso? Ok, com a auto-estima em dia, não dependemos tanto assim da apreciação alheia. Mas ninguém consegue manter-se em alta por muito tempo sem comprovar que é amado, gostado. Em suma, desejado.

Todo ser humano necessita despertar desejo. Quando as pessoas nos olham e não nos diferenciam de uma cadeira, a coisa vai mal. Isso acontece muito naquela instituição, como é mesmo o nome? Casamento. Os dois seguem se amando, mas já estão há tanto tempo juntos que não faz mais diferença se a mulher embarangou ou se o marido perdeu os dois dentes da frente: "amo você de qualquer jeito, bem". Ama, sem dúvida. Mas não nos enxerga mais. É aí que mora o perigo. Homens e mulheres precisam de um espelho que lhes diga constantemente o quanto são interessantes e atraentes. Se o espelho rachou em casa e não reflete mais nada, das duas uma: ou a gente se entrega ao desleixo, ou vai buscar reflexos de si mesmo em outro alguém.

Conheço garotas muito mais gordas que minha amiga, e menos bonitas e inteligentes do que ela, mas que não sentem vergonha do próprio corpo, seguem no jogo da vida, ganhando mais do que perdendo. São bem amadas por amigos e namorados, portanto a imagem que têm delas mesmas é menos rigorosa. E acabam se tornando belas de verdade.
Martha Medeiros

sábado, 25 de junho de 2011

Rita Lee

Fim de namoro!


Em um texto dedicado a uma amiga muito querida, falei de como meu desejo de possuir uma frieza natural, um ar completamente blasé, refletia apenas um outro desejo: o de nunca sofrer.
Falei também de como, principalmente no que diz respeito a relacionamentos amorosos, a vontade de não se ter expectativas a respeito do outro é muito grande. Sem expectativas, não há decepção. Sem envolvimento, não há perda. Mas nós sabemos que isso é impossível. E todo mundo sabe que para se ter o bom da vida, é necessário agüentar também aquilo de ruim que vem dela, e blá, blá, blá.

O maior problema com relação ao fim de um namoro é que a gente pode até saber das coisas, mas a gente não consegue senti-las. Não conseguimos sentir que tudo passa. Não conseguimos enxergar a possibilidade de outro amor no futuro. A dor parece não ter fim. A vontade de chorar aparece em horas impróprias e inesperadas. Não há pote de sorvete no mundo que apazigúe essa dor tão intensa e subjetiva. Mas ajuda, né?

É engraçado ver como cada um procura estabelecer comportamentos-padrões para seguir após o término. Uma espécie de “regras da separação”. Já vi gente que queimou fotos, já vi gente que passou mais de um mês isolado em casa. Hoje em dia, no mundo muderno, já vi gente cometer orkuticídio, colocar letra de música depressiva no fotolog e apresentar comportamento sexual oposto do seu (se era hetero, ficou com pessoas do mesmo sexo e se era gay ficou com pessoas do sexo oposto).

É. Terminar é complicado mesmo. E para mulheres, então? Não conheço UMA que não passou o mês seguinte analisando cada detalhe da relação, se perguntando o tempo todo “será que eu tentei o suficiente?”, “será que eu exagerei?”, será que ele nunca me amou?”, “será que ele me quer de volta?”,“será que eu não devia ter terminado?”. A obsessão amorosa parece mesmo genética nas mulheres.

Eu nunca pensei em criar regrinhas para um término. Mas pensando a respeito, cheguei à seguinte conclusão:

AS REGRAS DO TÉRMINO

1. esconda as fotos dele e de vocês juntos e felizes, mas não as destrua. Depois que tudo passa e você desapaixona, é um arrependimento só. Afinal, as pessoas, quando entram na nossa vida, passam a fazer parte de toda a nossa história;

2. cerque-se de atividades e inove. Volte a ter contato com amigas que não vê há tempos e vá sempre pra lugares aonde nunca ou raramente foi. Explore sua própria cidade, como se fosse turista. Pode até paquerar na noite fingindo que é turista mesmo. Invente um sotaque, exorcize;

3. afaste-se de filmes românticos hollywoodianos. Ninguém vive feliz para sempre. Só vão te fazer mal. Aposte nos extremos: comédias hilárias para se distrair ou dramalhões absurdos, para chorar com outra justificativa que não seja o fim do namoro;

4. NADA DE BISBILHOTAR NO ORKUT;

5. comece a namorar com você mesma. Se dê os presentes que você queria que ele soubesse que você queria, mas não tinha sensibilidade pra adivinhar que você queria (mulheres são complicadas mesmo, hein?). Vá ao salão, compre um vestido, passe batom carregado de gloss. Você não tem que ficar beijando ninguém mesmo. Mas nada de cortar o cabelo curtíssimo num impulso. Se ficar ruim, você vai se sentir pior;

6. se você é daquelas que realmente não consegue tirar a cabeça do término, apele: faça serviço voluntário numa creche, visite um parente falecido no cemitério, faça qualquer coisa que te mostre como um fim de namoro é, na verdade, algo pequeninho na dinâmica da vida e do mundo;
7. tente se convencer, todo dia, um pouquinho, que o fim de um namoro nada mais é do que a oportunidade de se começar outro. Se um amor foi embora, é porque há um outro ansioso para te conhecer. Olhos abertos. E se precisar, pode ficar lembrando de todos os defeitos dele. É um ótimo jeito de ver que não estamos perdendo grande coisa;

8. permita-se desabar, e, para isso, tenha sempre números emergenciais das amigas mais íntimas e disponíveis. Às vezes chorar num ombro tem mesmo efeito mais benéfico do que chorar só no próprio travesseiro. Permita-se sofrer. Quando você finge que está bem, acaba passando um ano muito mal;

9. exercite sua gratidão. Lembre-se que se apaixonar não é fácil e nem tão comum quanto pensamos. Quem amou de verdade, deve ficar muito feliz de não se descobrir incapaz de se entregar para alguém de corpo e alma. Isso é raro, é um presente;

10. espere. Se dê tempo. Ele age de forma surpreendente. Por isso, leve o tempo que precisar, contanto que não esteja se acomodando na depressão. É o clichê do século, mas é verdade: o tempo cura todas as feridas. E lembre-se sempre “tudo passa, até uva passa”.
Postado por *Lulu Peters*

São eles ou elas que não querem namorar?


Elas reclamam deles. Eles reclamam delas. Homens e mulheres parecem insatisfeitos com o nível de disponibilidade um do outro no que se refere a assumir um compromisso. Mas o fato é que – no final das contas – mais do que atitudes que não agradam ou expectativas diferentes, o problema entre eles e elas tem sido um desastroso equívoco na comunicação, ou na compreensão das manifestações afetivas.

Está claro que homens e mulheres têm alimentado falsas versões sobre como deveriam se comportar para atraírem um ao outro. Pensam, inocentemente, que o ideal é mostrar algo do tipo “estou muito bem sozinho, obrigado!” ou “não preciso de você para ser feliz”. A intenção é parecer auto suficiente e independente, especialmente num primeiro momento. Compreensível, me parece, já que o contrário realmente não seria eficiente: mostrar-se demasiadamente ansioso para se comprometer, como se toda a possibilidade de ser feliz estivesse justamente na chegada de outra pessoa.

No entanto, o ideal certamente passeia entre esses dois cenários. Ou seja, nem oito, nem oitenta. Os extremos só servem para estereotipar a questão – o que é uma grande cilada! Pessoas extremamente dependentes ou independentes terminam, por fim, muito mais repelindo do que atraindo o outro. A ideia é, sem dúvida, encontrar o equilíbrio. Eis o segredo do sucesso: interdependência! Algo como “estou bem sozinho, e espero que você também, mas talvez possamos nos sentir ainda melhores juntos!”.

Desse modo, pergunto: você realmente acredita que existem homens ou mulheres desejando sinceramente viver sozinhos? Pois posso apostar que aquele ou aquela que continua insistindo que não quer namorar, é porque tem um dentre dois motivos! Ou está morrendo de medo de assumir seus sentimentos e reconhecer que adoraria experimentar a intimidade e o amor... Ou simplesmente ainda não encontrou a pessoa que fez seu coração acelerar e sua respiração mudar de ritmo!

Nenhum ser humano livre, espontâneo, saudável e de bem com a vida e consigo mesmo – seja homem ou mulher – se recusaria a viver um romance estando diante de alguém que mexe com seus hormônios e faz suas pupilas dilatarem. Portanto, eles e elas querem, sim, namorar. E quando insistem em demonstrar algo diferente disso, talvez estejam apenas precisando ajustar, reconhecer e revelar a verdadeira razão.

Claro que, enquanto a “pessoa certa” não chega, o melhor é aproveitar a solteirice, se divertir, fazer amigos e sustentar a bandeira do “estou feliz sozinho”. Afinal, concordo com o velho e bom ditado que manda “antes só do que mal acompanhado”. Porém, quem está sempre com alguém porque não agüenta a si mesmo ou quem está sempre sozinho porque não sabe como compartilhar sua história com outra pessoa precisa se rever o quanto antes. E não restam dúvidas de que tanto homens quanto mulheres podem estar ocupando esses lugares. Não se trata de uma questão de gênero, mas sim que uma questão humana.

Rosana Braga

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dar e Receber!


Quando eu participava de um grupo em uma casa espírita, todos os meses
doávamos alimentos para compor cestas básicas que eram distribuídas às
famílias carentes da comunidade.
A cada mês, um grupo se encarregava de trazer arroz, outro, feijão, e
assim por diante, a fim de que se compusesse a cesta.
Em determinado mês, coube ao meu grupo trazer café. Nada poderia ser
mais simples: um quilo de café, não importava a marca.
No entanto, a coordenadora nos alertou: “Combinem entre vocês para
trazerem apenas café em pó ou café solúvel. Porque as pessoas reclamam
que receberam de um tipo e as outras de outro. Então, melhor que seja
tudo igual.”
Por muito tempo, refleti sobre isso. As famílias eram carentes,
recebiam cestas de alimentos que com certeza supriam suas necessidades
imediatas. Então por que reclamavam? Afinal, não pagavam nada!
Um dia, me caiu nas mãos um livro, intitulado “Trapeiros de Emaús”.
Contava a história de uma comunidade iniciada por um padre, para
pessoas que eram o que chamaríamos de “Sem Teto”.
Um trecho me chamou a atenção. O padre contava suas experiências em caridade.
Quando menino, ele costumava acompanhar seu pai que todos os meses,
doava um dia de seu tempo para atender pessoas carentes. O pai era
médico, mas como já havia quem atendesse às pessoas nesse setor, ele
se dedicava a cortar cabelos, profissão que também exercera.
O menino percebia que embora seu pai executasse seu serviço de graça e
com amor, as pessoas reclamavam muito. Exigiam tal ou tal corte e às
vezes quando iam embora, xingavam o pai porque não haviam gostado do
corte.
Mas o pai tinha uma paciência infinita, tentava atender ao que lhe
pediam e jamais revidava as ofensas, chegando até mesmo a pedir
desculpas, quando alguém não gostava do trabalho que ele realizara.
Então, um dia, o menino perguntou ao pai por que ele agia assim. E por
que as pessoas reclamavam de algo que recebiam de graça, que não
teriam de outra forma.
“Para essas pessoas, disse o pai, receber é muito difícil. Elas se
sentem humilhadas porque recebem sem dar nada em troca. Por isso elas
reclamam, é uma maneira de manterem a autoestima, de deixar claro que
ainda conservam a própria dignidade”.
“É preciso saber dar, disse o pai. Dar de maneira que a pessoa que
recebe não se sinta ferida em sua dignidade.”
Depois li um livro de Brian Weiss em que ele contava que uma moça
estava muito zangada com Deus. A mãe dela morrera, depois de vários
anos de vida vegetativa, sendo cuidada pelos outros como um bebê
indefeso.

“Minha mãe sempre ajudou os outros, nunca quis receber nada, não
merecia isso”, dizia ela.
Então, ela recebeu uma mensagem dos Mestres:

A doença de sua mãe foi uma bênção, ela passou a vida ajudando os
outros, mas não sabia receber. Durante o tempo da doença, ela
aprendeu. Isso era necessário para a sua evolução.
Depois de ler esses dois livros, comecei a entender a atitude das
pessoas que reclamavam do que recebiam nas cestas básicas.
Comecei também a refletir sobre essa frágil e necessária ponte entre
as pessoas que se chama “Dar e receber”.
Quando ajudamos alguém em dificuldade, quando damos alguma coisa a
alguém que a necessita, seja material ou “imaterial”, estamos
teoricamente em posição de superioridade. Somos nós os doadores, isso
nos faz bem e às vezes tendemos a não dar importância à maneira como
essa ajuda é dada.
Por outro lado, quando somos nós a receber, ou nos sentimos
diminuídos, ou recebemos como se aquilo nos fosse devido.
E quantas vezes fizemos dessa ponte uma via de mão única?
Quantas vezes fomos apenas aquele que dá, aparentemente com
generosidade, mas guardando lá no fundo nosso sentimento de
superioridade sobre o outro… Ou esperando sua eterna gratidão.
E recusamos orgulhosamente receber, porque “não precisamos de nada,
nem de ninguém”… Ou porque temos vergonha de mostrar nossa
fragilidade, como se isso nos fizesse menores aos olhos dos outros.
E quantas vezes fomos apenas aquele que tudo recebe, sem nada dar em
troca, egoisticamente convencidos de nosso direito a isso…
A Lei é “dar com liberalidade e receber com gratidão” ensina São
Paulo. Que cada um de nós consiga entender as lições de “Dar e
receber” e agradeça a Deus as oportunidades de aprendê-las.


Texto de Tania Vernet

domingo, 19 de junho de 2011

A janela dos outros!


"Gosto dos livros de ficção do psiquiatra Irvin Yalom (Quando Nietzsche Chorou, A Cura de Schopenhauer) e por isso acabei comprando também seu Os Desafios da Terapia, em que ele discute alguns relacionamentos padrões entre terapeuta e paciente, dando exemplos reais. Eu devo ter sido psicanalista em outra encarnação, tanto o assunto me fascina.Ainda no início do livro, ele conta a história de uma paciente que tinha um relacionamento difícil com o pai.

Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem. Durante o trajeto, o pai, que estava na direção, comentou sobre a sujeira e degradação de um córrego que acompanhava a estrada. A garota olhou para o córrego a seu lado e viu águas límpidas, um cenário de Walt Disney. E teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavra.

Muitos anos depois, esta mulher fez a mesma viagem, pela mesma estrada, desta vez com uma amiga. Estando agora ao volante, ela surpreendeu-se: do lado esquerdo, o córrego era realmente feio e poluído, como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista. E uma tristeza profunda se abateu sobre ela por não ter levado em consideração o então comentário de seu pai, que a esta altura já havia falecido.

Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.A mesma estrada, para uns, é infinita, e para outros, curta. Para uns, o pedágio sai caro; para outros, não pesa no bolso. Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto que a outra perdeu totalmente a esperança. Alguns celebram a tecnologia como um fator evolutivo da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias. Uns enxergam nossa cultura estagnada, outros aplaudem a crescente diversidade.

Cada um gruda o nariz na sua janela, na sua própria paisagem.Eu costumo dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho. Me deixa menos enclausurada nos meus próprios pontos de vista, mas, em contrapartida, me tira a certeza de tudo. Dependendo de onde se esteja posicionado, a razão pode estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar. Só possuindo uma visão de 360 graus para nos declararmos sábios. E a sabedoria recomenda que falemos menos, que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos, pois todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto da análise. É o triunfo da dúvida."

Martha Medeiros

quinta-feira, 16 de junho de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Toda mulher!

 

Toda mulher tem uma história
E um segredo que nunca vai se revelar
Toda mulher é uma menina
E as meninas são puras, são loucas só querem brincar
Toda mulher tem um mistério
Lembranças que a gente não deve nem sequer tocar
Toda mulher é uma princesa
Uma loba, uma santa, uma deusa
O que você sonhar
Toda mulher é uma surpresa
E se quiser conhecê-la, é só deixar no ar
Toda mulher tem a sua beleza
O seu jeito de ser, o seu jeito de amar
Toda mulher quer ser feliz
Encontrar um grande amor
Descobrir que é capaz de despertar uma paixão
Toda mulher é sempre assim
Quer carinho e atenção
Encontrar alguém sem medo pra entregar o coração.

Composição : Carlo Cola / Luciana Bowne

Sim, é possível ser feliz sozinho!


Antes de começar o artigo que dá nome à coluna de hoje, quero comunicar aos meus queridos quatorze leitores que não pretendo fazer nenhum comentário a respeito da novela Páginas da Vida, apesar de haver, informalmente, sinalizado que o faria, tão logo a novela estreou em julho. Isso porque, embora tenha assistido a alguns capítulos da primeira semana, logo em seguida acabei me desinteressando (Belíssima era bem mais interessante) e deixei de acompanhá-los. Nem sei a quantas anda a trama (aliás, para ser franco, nem sei mais direito do que trata a trama), pois, ultimamente, só tenho ligado a televisão para sintonizar as estações de rádio que o meu serviço de TV por assinatura oferece, principalmente as estações de new age, jazz e música clássica, que embalam com suavidade a penumbra do meu quarto, enquanto gasto horas e mais horas das minhas noites lendo gostosamente ou escrevendo.

Mas se por um lado Páginas da Vida não tem neste colunista um espectador, não posso deixar de confessar que foi da novela que nasceu a inspiração para esse artigo, ou mais precisamente, da sua música de abertura: "Wave", primorosa composição de Tom Jobim, de 1967, que se consagrou nas vozes de notáveis intérpretes como João Gilberto, Gal Costa, Nara Leão e até Ella Fitzgerald. Logo na primeira estrofe, a música afirma que “Fundamental é mesmo o amor. É impossível ser feliz sozinho.” Não nego que desde a primeira vez que ouvi "Wave" (já tem algum tempo) essa frase me incomoda ligeiramente, pelo seu tom pretensioso e categórico. Ela soa como uma constatação definitiva, irrecorrível, sem direito a argumentações e a ressalvas, quando todos sabemos que a incrível multiplicidade do ser humano não nos permite fazer generalizações, sob pena de nossas teorias serem facilmente desmentidas pela realidade; e, em geral, o são, pois a realidade sempre se impõe, a realidade sempre é soberana. E ela não pode ser resumida em teoremas ou frases feitas. Por tudo o que já aprendi, posso dizer sem nenhum medo de errar que, salvo a morte, a fome, a sede, o sono, a necessidade de oxigênio e mais um ou outro item básico da existência humana, nada é impossível. Absolutamente nada.

Não defendo a solidão total como a melhor maneira de se viver, pois o ser humano é gregário e poucas coisas na vida são tão agradáveis e construtivas quanto o convívio saudável com outras pessoas. No entanto, esse convívio deve ser espontâneo e prazeroso, senão não tem razão de ser. Lembram-se da velha máxima de que “antes só do que mal-acompanhado”? Como todo velho provérbio, ele é sábio e direto. Muitas vezes, estar sozinho pode ser mesmo a melhor opção. A solidão nos proporciona o encontro com nós mesmos, nos induz à reflexão e ajuda a iluminar o nosso caminho rumo ao autoconhecimento. O problema é que, cada vez mais, percebo que não vivemos numa sociedade de livres pensadores e sim numa sociedade de autômatos sem personalidade, que acatam com espantosa subserviência todos os modismos e exigências do sistema. As pessoas, simplesmente, não se permitem pensar e chegar a conclusões tão óbvias, preferindo abraçar cegamente e de maneira desesperada o modus vivendi estabelecido pela mídia e abrir mão da sua individualidade em nome de uma falsa sensação de aceitação social. Dessa maneira, o que passa a valer é o que a sociedade considera correto e aceitável e não o que cada um deseja sinceramente para si. E a nossa sociedade condena veementemente a solidão, como se fosse uma aberração. De maneira silenciosa, porém ostensiva, ela nos obriga a estar sempre acompanhados como condição sine qua non para podermos interagir plenamente com o meio. Uma pessoa sozinha é vista como alguém doente, sem atrativos, um rejeitado social, um infeliz que não teve competência para encontrar um(a) parceiro(a) e agora amarga a solidão por pura falta de opção. A sociedade latina em geral e a brasileira em particular ainda não aprendeu a aceitar a solidão como uma opção. Nos finais das telenovelas, por exemplo, a maioria dos personagens “bons” acaba, de alguma maneira, encontrando um par; os “maus” são punidos com a solidão e o abandono. É o supremo castigo na ficção, só comparável à prisão ou à morte.

Com as mulheres essa cobrança é ainda mais forte. Lembro-me de uma entrevista muito interessante que Lucía Etxebarría – escritora espanhola de que gosto muito, autora de Amor, curiosidad, prozac y dudas – concedeu a Antonio Skármeta, a propósito de uma matéria publicada na prestigiada revista literária Qué Leer que anunciava ter sido 1999 “o ano das mulheres”, referindo-se a uma espécie de boom na publicação de livros escritos por mulheres em língua espanhola. Etxebarría minimizava o fato: “Todos dizem: ah, você é uma escritora famosa ou dirige uma empresa ou está à frente de um conselho administrativo... Mas quando vai se casar?” – declarou ela, com a sua costumeira ironia e mordacidade, deixando claro que, aos olhos da sociedade, por mais bem-sucedida profissionalmente que seja uma mulher, ela só será considerada plenamente realizada se encontrar um marido. Nada muito diferente do que acontecia há algumas décadas.

É claro que um casamento ou mesmo um namoro prolongado podem ser extremamente gratificantes e muitas uniões duradouras comprovam isso. Mas o ato de se casar ou de ter um parceiro ao lado deve partir, sobretudo, de um anseio íntimo e genuíno e jamais de uma cobrança social coletiva. Quantas mulheres preferem cancelar sua presença em eventos sociais a ter de comparecer desacompanhadas, com medo de serem mal-vistas? Quantos homens se obrigam a se casar apenas para mostrar masculinidade à sociedade, para provar que não é um solteiro “maricas” ou adquirir mais respeitabilidade no meio que freqüentam? Quantas pessoas se empenham na busca desesperada pelo relacionamento a qualquer custo, unicamente por temerem ficar “sozinhas” e “encalhadas”? É perigoso viver à mercê do que a sociedade espera de nós. Quando não prestamos atenção aos apelos do coração e da alma e encaramos os relacionamentos de uma maneira mecânica, como uma obrigação social, passando por cima das nossas necessidades e idiossincrasias, o preço a se pagar é alto demais. O ser humano é de uma complexidade impressionante. Entender essa realidade é o primeiro passo para se compreender a essência da vida. Não só as pessoas são diferentes entre si como apresentam, ao longo do tempo, múltiplas facetas que vão se alterando à medida que os anos avançam. Ignorar isso ao abraçar um modelo pronto de comportamento ditado pelo meio é quase um suicídio da alma e da autonomia.

A solidão, muitas vezes, é necessária e não são poucas as pessoas que recorrem a ela de tempos em tempos. Existem algumas que chegam ao extremo de viver a maior parte do seu tempo sozinhas. Infelizes e frustradas? Eu não me arriscaria a defini-las assim, tão precipitadamente. Elas podem, simplesmente, ter feito essa escolha. Sim, a solidão pode ser uma escolha consciente para muita gente que consegue viver, e muito bem, dessa maneira, melhor até do que se estivessem casadas e com muitos filhos. Afinal, cada um sabe qual o melhor caminho para si. Optar por não se casar, por não constituir uma família nos moldes tradicionais não é, obrigatoriamente, uma anomalia. Pode ser o fruto de uma decisão pensada, de anos de reflexão. Eu lhes afirmo com largo conhecimento de causa: muitas vezes, estar sozinho é maravilhoso. Ainda porque creio que só somos capazes de apreciar plenamente a companhia alheia, depois que aprendemos a apreciar a nossa própria companhia e a nos conhecer com mais profundidade.

Seja como for, não podemos permitir que a sociedade influa tão fortemente num terreno íntimo quanto a afetividade e a nossa relação com o mundo exterior. Casar ou não, namorar ou não, ter filhos ou não deve ser uma decisão nossa e exclusivamente nossa, uma decisão individual e movida unicamente pela nossa vontade e pelo impacto nas nossas vidas. Não importa o que prega a mídia, não importa o que a sociedade supostamente considera certo. Cada um deve eleger o seu caminho e trilhá-lo, ainda que este caminho não leve ao altar, à maternidade ou à vida a dois. Afinal, ao contrário do que pregava Tom Jobim, é, sim, possível ser feliz sozinho, desde que essa solidão seja voluntária e construtiva. E conduza a uma vida feliz, em conformidade com a maneira de ser e as necessidades de quem optou por ela.

Luis Eduardo Matta

Rain And Tears

terça-feira, 14 de junho de 2011

domingo, 12 de junho de 2011

Namoro de Economistas



socorro: economista solto!


Disse o economista macho para a economista fêmea:
- Sabia que você é o melhor investimento dessa festa?
- Se você está procurando aplicações de curto prazo, pode reduzir seus gastos com as palavras. Sou uma mulher de renda fixa! O economista percebeu então que deveria aumentar seu capital de risco:
- Gosto de mulheres assim. Oferecem mais segurança. Essas palavras só garantiram sua valorização!
E a economista, nervosa, remexeu uns papéis na bolsa e subscreveu um lote de desconfiança.
- Quer dizer que minha cotação não caiu? O economista sorriu, um sorriso cheio de superávit.
- Pelo contrário! Eu já não consigo conter a inflação dos meus sentimentos... juro!
- De quanto?
Ele cochichou-lhe qualquer coisa no ouvido e ela arregalou os olhos. Com certeza, há tempos não encontrava um homem oferecendo taxas tão altas. Insegura, oscilando como as variações da TR, ela permaneceu em silêncio e ele foi em frente, decidido a obter seu quinhão.
- Você parece triste, em déficit com a vida. Seu IBV médio está em baixa?
- É claro. Há um grande desequilíbrio entre a oferta e a procura; os homens não parecem interessados em aplicações a longo prazo. Além disso, sofri uma queda e tive um corte no orçamento.
- Escuta. Por que não saímos daqui? Vamos lá para o meu apartamento? Acho que poderemos fazer um belo programa... de ajuste fiscal.
- Isso é muito commodities pra você!
- Ora vamos! Prometo não lhe envolver em ações ordinárias. Enquanto ela fazia a conversão da dívida, ele aumentou os incentivos:
- Percebo, pelas projeções dos meus desejos, que temos um grande mercado futuro pela frente. Podemos até adotar um redutor. Era o que ela precisava ouvir para que a noite rendesse dividendos e bonificações. Ao chegarem a casa, ele, como bom investidor, não perdeu tempo e remunerou o ouvido dela com um pedido:
- Posso transferir alguns recursos líquidos? Ela o empurrou.
- Você está muito ativo. Respeite ao menos minha poupança interna.
Ele, porém, não estava ali para ficar ouvindo sermões e pregões e, antes que ela resolvesse iniciar uma negociação que sabe-se lá quando terminaria,ele aproximou-se e disse baixinho:
- Sabe do que eu gostaria? De aplicar no fundão!
Ela transferiu suas ações (preferenciais) para o fundo e entregou-se como cheque ao portador:
- Tudo bem, mas desde que o seu PIB pare de crescer!

Dicas para encontrar um namorado!


1. Desista imediatamente de procurar um namorado. Desista de procurar, mas não de encontrar um namorado.

2. A atenção somente voltada para buscar um companheiro gera frustração, desgaste de energia.

3. Mude o foco de sua atenção para outros interesses em sua vida.

4. Seja sincera com você mesma . Como está sua auto-estima? Cuide muito do seu bem estar pessoal, físico e emocional.

5. O que gostaria de mudar no seu aspecto físico? Tom dos cabelos, acabar com umas gordurinhas aqui, outras lá ou então linhas de expressão? Mãos à obra!

6. Lembre-se de algo muito importante. Antes de qualquer mudança física, pense que no final, você será sempre VOCÊ. Com seus grilos, qualidades...Que tal se aceitar tal qual como é?

7. Pare de se preocupar com sua faixa etária. "Ah, estou ficando velha, vou morrer sozinha." "Sou nova demais!"Preocupação com a idade é um fator limitante para sua felicidade. Quanta jovialidade e alegria você aparenta? Quanta vida interior você passa aos outros? Este deve ser o seu interesse.

8. Foque sua atenção no momento presente. Relembrar amores sofridos ou felizes vai gerar mais sofrimento. Apague as lembranças do passado.

9. Procure maneiras de agradar a si própria. Pequenas alegrias, como um hobby ou uma ocupação diferente podem gerar prazer e satisfação.

10. Como está seu sorriso? Sorria sempre, mesmo sem vontade. As pessoas ficam mais bonitas quando sorriem.

11. Esteja disponível. Aceite os convites dos amigos e amigas para sair. Você não tem mais o foco centralizado em "buscar um namorado", mas mesmo assim, aproveite a oportunidade para sair, sempre que possível. Mesmo que o convite seja para um aniversário de criança ou um batizado.... Será sempre um motivo para você colocar uma roupa caprichada, o perfume novo ou um batom. Dê uma mãozinha ao destino!

12. Fique atenta à vida, procure estar sempre atualizada. Nos dias chuvosos, se você se sentir sozinha, desista dos CDs de dor de cotovelo. Procure alguma coisa para fazer ou simplesmente leia um livro ou não faça nada. Aprenda a gostar de sua própria companhia.

13. Quando for dormir e estiver bem relaxada, dê asas à sua imaginação. Imagine-se feliz, saudável e realizada. Coloque cores tranquilizantes em seu quadro mental. Isso ajuda a manter um alto astral. Faça sempre visualizações positivas.

14. Compartilhe da felicidade das amigas que arrumaram um namorado. Está certo.. você perdeu aquela amigona para os passeios e viagens, mas console-se. O Universo é muito dinâmico e , de repente, você também poderá estar acompanhada.

15. Mantenha sua atenção numa idéia nova, passeio ou projeto. Isso ajuda na jovialidade da alma. Não funciona se você se afundar no trabalho para fugir de você mesma. Aproveite as oportunidades para conhecer gente nova. Pintou o final de semana e não tem companhia para sair? Puxa.. sente-se em frente ao micro e bata um papo num chat com amigos(as) em programas de bate papo. Não gosta de informática? Visite uma velha amiga ou vá ao cinema.

16. Em todos os momentos, deixe simplesmente a vida fluir... Solte-se! Quando se sentir quase feliz ou em paz consigo mesma, talvez a oportunidade apareça! Assim, você não estará procurando o namorado, ele vai encontrar você!

17. O Destino age assim, favorece encontros e desencontros, mas você precisa dar uma mãozinha. Procure refletir sobre o motivo dos seus rompimentos amorosos. Em que você acha que falhou? Por que tem atraído determinados homens? Você tem sido egoísta ou é medo de compromisso? O auto-conhecimento não deve favorecer a culpa, mas sua mudança interior.

Escreva num papel as qualidades que deseja para seu futuro namorado e comece, cultivando essas qualidades primeiro em você mesma! Quando conseguir viver bem mesmo sozinha, estará pronta para um novo relacionamento.

Mãos à obra! Boa Sorte!

Sandra Cecília

sábado, 11 de junho de 2011

Como agir na hora da briga de um casal!


Quem não se lembra da primeira briga entre casal de namorados? O desentendimento se torna um crescendo e pronto! Começam os impropérios, as verdades desmascaradas! Surge a raiva ou então, ela é o estopim da discussão. A pessoa amada sai bufando, liga o carro e dá partida cantando os pneus.

O que fazer quando o casal briga? No caso, o desentendimento floresce, quando há muito sentimento de raiva contido. Ou então descontentamento com o comportamento do outro. Há também muito orgulho envolvido nesta trama de desentendimento.

Como trabalhar a raiva e a crítica na hora da briga? Ninguém gosta de ser criticado. O ser humano tem o desejo de ser sempre apreciado e aceito. Num casal, o comportamento do outro às vezes, pode magoar ou ferir. Uma palavra dita num momento errado pode causar um rompimento.

Quando você estiver com muita raiva do parceiro(a), evite uma discussão acalorada. Excesso de ira pode provocar mais raiva. Neste momento, um pode magoar o outro com palavras ásperas ou ofensivas. Isso em nada resolve a causa da discussão.

Conversar seria a solução ideal. No entanto, o ser humano é instável nas suas emoções.Às vezes, discutimos numa hora em que o namorado(a) ou companheiro(a) está cansado, nervoso ou preocupado. Aí, ele pode devolver as ofensas com mais ofensas. Neste momento de ânimos acalorados, mantenha a calma. Vá para casa e pense melhor sobre o assunto.

Há uma diferença muito grande em dizer: "Estou com raiva de você. " e falar a mesma frase num tom de voz alto, irado misturado a gestos descontrolados. Violência gera violência.

Não reprima sua raiva. Não fique guardando para depois seu desagrado. A insatisfação num casal, se for ignorada, poderá crescer e se manifestar numa briga carregada de mágoa.

Algumas pessoas são muito exigentes com a pessoa amada. Brigam por qualquer motivo ou qualquer detalhe. A pessoa amada pode se sentir desmotivada e desvalorizada. "Nada que eu faça, ele(a) repara ou elogia. Só ele(a) é perfeito(a)!"- desabafa a pessoa. Geralmente, são homens ou mulheres que tiveram uma infância com pais muito autoritários ou repressores. Crescem e amadurecem sendo muito duros consigo mesmos. Projetam no outro toda a carga de exigência e baixa auto- estima.

Há também um problema chamado de distimia. Constante mau humor pode mascarar um problema psicológico que precisa ser investigado.

Uma boa dose de tolerância e compreensão pode evitar brigas desnecessárias. Aceitar o outro é aceitar a si mesmo.

Tolerância não é passividade ante o erro do outro. É compreender que a pessoa amada não é o príncipe encantado. É um ser humano cheio de carências, acertos e erros. O perdão transforma a raiva em compreensão madura. Perdoe de verdade. Senão for um perdão sincero, o resultado da briga poderá se transformar em ressentimento. O ressentimento deixa a pessoa com a memória viva ante os erros passados: "Lembra-se daquele dia que você fêz isso e aquilo?" despeja o homem ou a mulher. A raiva não passou.

Num relacionamento saudável, a briga entre o casal pode servir como um termômetro. Um desabafo onde os dois vão se conhecendo e aparando as arestas. Nem sempre a mulher ou o homem costumam se abrir quando estão insatisfeitos. Isto gera desconforto. "Engulo tudo calada(o), senão ele(a) termina comigo." "Não gosto de brigar, prefiro ignorar o que ele(a) fêz." Este comportamento vai gerar mais insatisfação entre o casal. E esta insatisfação vai se refletir na vida sexual e social dos dois.

Muitas brigas por motivos fúteis podem estar mascarando outros problemas na estrutura do relacionamento: dificuldades sexuais, problemas financeiros, falta de amor ou mesmo uma traição. Alguns casais fazem um jogo que pode ser até inconsciente. Depois da briga, o relacionamento íntimo fica mais apimentado. Parece que o relacionamento fica mais quente. Será? No entanto, para um casal que ainda se ama, brigar, às vezes, pode acertar muitos desencontros e dificuldades.

Na hora da briga, tente se acalmar. Quando o outro elevar a voz ou gritar, não faça o mesmo. Abaixe o tom da sua voz. Isso desconcertará a pessoa amada. Jogo de forças não leva a resultado positivo. Gritar mais alto do que a pessoa amada gera mais briga.

Havia um casal que tinha sempre brigas apimentadas e costumavam se agredir fisicamente. Era sempre assim: tapas e tapas. Com o tempo, o amor acabou e eles se separaram.

Não permita a falta de respeito e nem o uso de palavrões durante a briga. Se você permitir uma vez que seja, será sempre assim. No entanto, nem sempre na hora da briga, com os nervos à flor da pele, as emoções estão sob controle. Se você errou, reconheça o erro imediatamente. Pedir desculpas é nobre.

Sinceridade sempre na maneira de expor os sentimentos.

Deste modo, haverá sempre paz e amor, após a tormenta.



Sandra Cecília

O Dom de Amar!

Amor de Namorados!


Há certas horas, em que não precisamos de um Amor... Não precisamos da paixão desmedida... Não queremos beijo na boca...E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...

Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...Que nos teça elogios sem fim...E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável...

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...Alguém que nos possa dizer: -Acho que você está errado, mas estou do seu lado...

Ou alguém que apenas diga: -Sou seu amor! E estou Aqui!

(William Shakespeare)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Correr atrás ou deixar rolar?


É melhor ir atrás daquilo que se procura com unhas e dentes ou esperar que aconteça?

Todos são familiarizados com aquele ditado que diz que quando amamos alguém é necessário dar ao outro o direito da liberdade, já que fundamentalmente é uma escolha de todos e de cada um estar dentro de uma relação. Portanto, travar uma luta para ter aquilo que se deseja está em desencontro com esse princípio, por outro lado muitos se perguntam qual seria então o meio para se conquistar uma relação de forma saudável?

Uma conquista, em qualquer campo da vida, não é uma tarefa fácil, envolve desejo, persistência, capacidade, dedicação, objetivo. No campo do amor, das relações, não podemos dizer que seja diferente, envolve tudo isso e até mais, bom senso, auto conhecimento, auto-estima, segurança, confiança em si mesmo, interesse mútuo.

Para alguns uma conquista amorosa pode significar algo parecido como uma batalha, uma batalha algumas vezes contra si mesmo, quando se faz de tudo e qualquer coisa para ter uma certa pessoa junto, inclusive se desvalorizando, se descuidando, traindo princípios; ou ainda uma batalha para conquistar, traçando estratégias, invadindo o que pode se virar contra a própria relação.

Sem dúvida, é fundamental se dedicar a conquistar o que deseja, na seara do amor é muito válido mostrar ao outro o que sente, seu interesse, o objetivo de se aproximar, mas é uma linha muito tênue, a qual é importante estar sempre atento, entre o "correr atrás" e o "correr atrás com unhas e dentes". É justamente essa imagem final que gera uma impressão de luta, a luta é válida e legítima, contanto que não se torne um estresse, uma angústia, uma conquista à qualquer preço.

Esbarramos na questão do limite, do amor à qualquer preço onde um ou os dois podem pagar uma conta cara no final. O amor, o interesse pelo outro, o início de uma relação, a permanência de um namoro, pode precisar de uma ajudinha vez ou outra, um investimento maior, um cuidado extra, mas vale sempre considerar que não temos um poder absoluto sobre tudo ou todos e que um encontro acontece em uma via de mão dupla, só podemos encontrar o que está no mundo para ser achado.

Para outros a conquista envolve um movimento mais amplo, mais leve, mais casual, mais livre, onde existirá um espaço natural para promover o encontro, para conhecer o outro, para deixar a relação fluir e surgir. Uma dupla ritmada e sintonizada se encontrando no mesmo desejo, segue em um compasso, ainda que precisem de ajustes, acertos e vivam alguns desencontros inicialmente e que alguma atitude mais assertiva precise ser tomada, ainda que o jogo esteja em ação, o "ataque" é mais suave, a estratégia mais inteligente. Com isso não digo em permanecer passivo ou observador indireto da própria vida, ao contrário, é preciso viver, sair, conhecer, ampliar as relações.

Sendo assim, concluímos que o melhor é fazer uso de suas ferramentas pessoais, qualidades e atributos que todos possuem de forma que te ajudem a ir de encontro ao amor que procuram. O empenho e a dedicação na conquista são essenciais assim como também seguir em seus objetivos, não se abater, ter esperança, se divertir na busca. Porém, uma vez encontrado o que se procurava, quem se procurava, cuide para não transformar um sentimento que naturalmente acontece em um campo de batalha. Como escrevi no início o amor é não só direito de todos, como também uma escolha de cada um.

Dra. Juliana Amaral

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Gostaria


Queria compartilhar contigo os momentos mais simples
e sem importância.
Por exemplo:
sair contigo para passear, sentir-te apoiada em meu braço,
ver-te feliz ao meu lado
alheia a todo mundo que passasse.

Gostaria de sair contigo para ouvir música, ir ao cinema,
tomar sorvete, sentar num restaurante
diante do mar,
olhar as coisas, olhar a vida, olhar o mundo
despreocupadamente,
e conversar sobre "nós" – esse "nós" clandestino
que se divide em "tu e eu"
quando chega gente.

Encontrar alguém que perguntasse: "Então, como vão vocês?"
E me chamasse pelo nome, e te chamasse pelo nome
e juntasse assim nossos nomes, naturalmente,
na mesma preocupação.

Gostaria de poder de repente te dizer:
Vamos voltar pra casa...
( Como se felicidade pudesse ser uma coisa
a que tivéssemos direito como toda gente)
Queria partilhar contigo os momentos menores
da minha vida,
porque os grandes já são teus.

(Poema de JG de Araujo Jorge
do livro – A Sós – 1958 )

Bon Jovi - Always

White Sandy Beach

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Onde andará o meu doutor?




Hoje acordei sentindo uma dorzinha,
aquela dor sem explicação, e uma palpitação,
resolvi procurar um doutor,
fui divagando pelo caminho...
lembrei daquele médico que me atendia vestido de branco
e que para mim tinha um pouco de pai, de amigo e de anjo...
o Meu Doutor que curava a minha dor,
não apenas a do meu corpo mas a da minha alma,
que me transmitia paz e calma!

Chegando à recepção do consultório,
fui atendida com uma pergunta:

QUAL O SEU PLANO? O MEU PLANO?

Ah, o meu plano é viver mais e feliz!
é dar sorrisos, aquecer os que sentem frio
e preencher esse vazio que sinto agora!
Mas a resposta teria que ser outra...

o MEU PLANO DE SAÚDE...

Apresentei o documento do dito cujo
já meio suado, tanto quanto o meu bolso, e aguardei...
Quando fui chamada corri apressada,
ia ser atendida pelo Doutor,
aquele que cura qualquer tipo de dor,
entrei e o olhei, me surpreendi,
rosto trancado, triste e cansado...
será que ele estava adoentado?
é, quem sabe, talvez gripado
não tinha um semblante alegre,
provavelmente devido à febre...
dei um sorriso meio de lado e um bom dia...
sobre a mesa, à sua frente, um computador,
e no seu semblante a sua dor,
o que fizeram com o Doutor?

Quando ouvi a sua voz de repente:
O que a senhora sente?
Como eu gostaria de saber o que ELE estava sentindo...
parecia mais doente do que eu, a paciente...
Eu? ah! sinto uma dorzinha na barriga e uma palpitação
e esperei a sua reação,
vai me examinar, escutar a minha voz
auscultar o meu coração...
para minha surpresa apenas me entregou uma requisição e disse:
peça autorização desses exames para conseguir a realização...
quando li quase morri...

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA,
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
e CINTILOGRAFIA!

ai, meu Deus! que agonia!
eu só conhecia uma tal de abreugrafia...
só sabia o que era ressonar (dormir),
de magnético eu conhecia um olhar...
e cintilar só o das estrelas!
estaria eu à beira da morte? de ir para o céu?
iria morrer assim ao léu?
naquele instante timidamente pensei em falar:
terá o senhor uma amostra grátis
de calor humano para aquecer esse meu frio?
que fazer com essa sensação de vazio? e observe, Doutor,
o tal Pai da Medicina, o grego Hipócrates, acreditava que
A ARTE DA MEDICINA ESTAVA EM OBSERVAR.

Olhe para mim...
bem verdade que o juramento dele está ultrapassado!
médico não é sacerdote...
tem família e todos os problemas inerentes ao ser humano...
mas, por favor, me olhe, ouça a minha história!
preciso que o senhor me escute, ausculte
e examine!

estou sentindo falta de dizer até aquele 33!
não me abandone assim de uma vez!
procure os sinais da minha doença e cultive a minha esperança!
alimente a minha mente e o meu coração...
me dê, ao menos, uma explicação!
o senhor não se informou se eu ando descalça... ando sim!
gosto de pisar na areia e seguir em frente
deixando as minhas pegadas pelas estradas da vida,
estarei errada?
ou estarei com o verme do amarelão?
existirá umas gotinhas de solução?
será que já existe vacina contra o tédio?
ou não terá remédio?

que falta o senhor me faz, meu antigo Doutor!
cadê o Sccot, aquele da Emulsão?
que tinha um gosto horrível mas me deixava forte
que nem um Sansão!
e o Elixir? Paregórico e categórico,
e o chazinho de cidreira,
que me deixava a sorrir sem tonteiras?
será que pensei asneiras?

Ah! meu querido e adoentado Doutor!
sinto saudades
dos seus ouvidos para me escutar,
das suas mãos para me examinar,
do seu olhar compreensivo e amigo...
do seu pensar...
o seu sorriso que aliviava a minha dor...
que me dava forças para lutar contra a doença...
e que estimulava a minha saúde e a minha crença...
sairei daqui para um ataúde?
preciso viver e ter saúde!
por favor, me ajude!

Oh! meu Deus, cuide do meu médico e de mim,
caso contrário chegaremos ao fim...
porque da consulta só restou uma requisição
digitada em um computador
e o olhar vago e cansado do Doutor!
precisamos urgente dos nossos médicos amigos,
a medicina agoniza...
ouço até os seus gemidos...

Por favor, tragam de volta o meu Doutor!
estamos todos doentes e sentindo dor...
e peço, para o ser humano, uma receita de calor,
e para o exercício da medicina uma prescrição de amor!


Tatiana Bruscky