Roberto Carlos e Ivete Sangalo

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Porque os homens somem?


Tudo está parecendo ir muito bem: jantar romântico, cineminha a dois, telefonemas carinhosos... Até que o cara some. Nem mágica de Harry Potter seria capaz de encontrar o dito cujo, que não atende mais suas ligações. Ou então surge uma misteriosa ex-namorada que o leva embora, assim, de supetão. Pronto, é o suficiente para o festival de xingamentos: "cretino!", "desgraçado!". Mas, afinal, ele é canalha mesmo ou só não está a fim de você? Para alguns homens (e mulheres também!), dar um fora é uma atitude difícil e alguns artifícios polêmicos se fazem necessários para resolver um impasse sentimental.

A jornalista Paula Macedo, 28 anos, conheceu o engenheiro civil Alex numa happy hour, num barzinho no centro de São Paulo. Papo vai, papo vem, começaram a ficar. "Ele era uns cinco anos mais velho que eu, era aquele tipo homem mesmo: rosto bonito, corpão, forte. Enfim, não tinha como fazer jogo duro", conta ela. Passaram juntos quase um mês e meio entre muitas saídas, jantares e noites no apartamento dele. "Senti que ele estava empolgado e eu também. Ele me ligava, me requisitava. Se não estivesse querendo nada comigo, se achasse que o ritmo estava muito apressado, não me procuraria", acredita Paula.

TESTE: Ele é bonzinho ou canalha?


Até que num belo meio de semana, num dos muitos almoços que tinham juntos já que trabalhavam no mesmo quarteirão, Alex puxou um papo estranho. "Me disse que tinha recebido uma proposta de trabalho irrecusável, que ia para a Argentina dali a uma semana e que não nos veríamos mais. Foi um baque pra mim porque já estava cheia de planos, cheia de expectativas. Ele me disse que quando voltasse me procuraria, foi muito atencioso. Na hora, acreditei", lembra a jornalista.

As pernas curtas da mentira não duraram nem duas semanas. "Não tinham passado nem quinze dias da nossa despedida e eu o encontrei na Vila Madalena de mãos dadas com uma outra mulher. Quer dizer, não foi pra Argentina coisa nenhuma e terminou comigo porque já estava de olho em outra. Tenho certeza de que ele passou a mesma história para ela depois, canalha mentiroso", desabafa ela.

Será que mentiras sinceras não interessam diante de um caso que termina? Quando acaba o interesse, ao menos na opinião do professor Murilo Sanches, 36 anos, há que ser educado - o que não é necessariamente sinônimo de mentiroso. É que a verdade pode doer muito se mal interpretada. "Dependendo da mulher, é complicado você chegar e dizer: olha, acabou, não estou vendo mais graça. Vai começar aquela metralhadora de perguntas e, por mais que você diga que não, ela vai achar que o problema é com ela. Eu pensaria isso, dependendo da situação", comenta Murilo. "Até porque, muitas vezes, é mesmo. E isso não significa que a pessoa seja errada, não preste para nada. Simplesmente acabou o interesse por ela", completa, na maior sinceridade.

Supostas cafajestagens não são méritos exclusivos dos homens. O mesmo Murilo Sanches, que defendeu os discursos floreados em nome da sinceridade dolorosa, sentiu a coisa na pele. "Era uma mulher com quem eu estava ficando e me apaixonando. Era daquelas que você não acredita que caíram na sua vida de tão linda, tão ideal. Eu já estava igual a cachorrinho quando ela sumiu completamente. Parou de me atender, parou de me procurar e eu lá, babando. Queria pelo menos tomar um fora, só para ouvir o que ela tinha a me dizer", conta o professor.

Murilo fez plantão na porta da moça, de tão perturbado que estava. "Fiquei quatro horas esperando até que ela apareceu, surpresa e muito sem-graça em me ver ali, naquela atitude sem noção. Ela disse que tinha reencontrado o ex-namorado, cuja existência eu desconhecia e por quem se dizia muito apaixonada desde sempre. Havia voltado pra ele. Pediu perdão por ter sumido e disse que ficou sem ter o que me dizer. Então, isso é ou não é uma atitude cafajeste?", questiona ele, garantindo que a moça estava mentindo. "Estava na cara dela. Ela queria me dispensar, até com certa razão, porque eu estava mesmo muito carente naquela época. Diria alguma coisa parecida se uma mulher fosse fazer plantão na minha porta", reconhece.

Sumir é talvez a pior das cafajestices. "É covardia, coisa de homem medroso", aponta a fonoaudióloga Mariana Bendelack. Ela se define como um "Triângulo das Bermudas" de homens, que desaparecem depois de algum tempo de relação. "Não sei qual é o problema de dizer que não está mais a fim ou de inventar uma desculpa. Pelo menos denota que o cara tem alguma consideração por você. Quando um mané desses some, joga para cima de você um problema para resolver sozinha. Você fica sem saber se ofendeu, se fez alguma coisa errada, se é fedorenta ou se é coisa dele com ele mesmo. É de um egoísmo insuportável", reclama ela, que se diz avessa a indefinições. "Fico aflita. Me dá o fora logo! Acaba sempre que sou eu a escrever e-mails desaforados. Me sinto um picolé chupado - só sobra o palito que o cara joga no lixo", reclama.

Já o publicitário Breno Savino assume a porção cafajeste. Ele acredita que o mero fato de esconder a verdade para proteger já é uma atitude de princípios canalhas. "Tinha uma mulher que trabalhava na mesma agência que eu e fiquei de olho nela desde o primeiro dia. Mas era daquele tipo que quer namorar, noivar, casar, o processo todo. Eu não estava nada a fim disso, mas percebia que ela também me olhava, me dava mole, era maliciosa".

Breno bolou um plano infalível. "Numa festa que era a chance que eu tinha de pegá-la, passei uma conversa de que tinha namorada, que só poderia rolar aquela noite. Pronto, foi muito simples. Ficamos naquele dia e mais umas duas vezes, sem o menor problema. Ela ameaçou ficar um pouco culpada por estar sendo a outra, mas logo a distraí", conta ele que, afinal de contas, não vê mal nenhum nessa história. "Fui cafajeste mesmo. Mas não foi ótimo pra nós dois?", encerra ele.

Por Therezinha Pamplona

O silêncio


Aprende com o silêncio a ouvir os sons
Interiores da sua alma,
A calar-se nas discussões e assim
Evitar tragédias e desafetos,
Aprende com o silêncio a respeitar
a opinião dos outros,
Por mais contrária que seja da sua,
Aprende com o silêncio a aceitar alguns
Fatos que você provocou,
A ser humilde deixando o orgulho gritar lá fora,
Aprende com o silêncio a reparar nas coisas mais simples,
valorizar o que é belo,
Ouvir o que faz algum sentido,
Evitar reclamações vazias e sem sentido,
Aprende com o silêncio que a solidão
não é o pior castigo,
Existem companhias bem piores....

Aprende com o silêncio que a vida é boa,
Que nós só precisamos olhar para o lado certo,
Ouvir a música certa, ler o livro certo,
Que pode ser qualquer livro,
Desde que você o leia até o fim.
Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo,
Como as marés que insistem em ir e voltar,
Os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar,
como a Terra que faz a volta completa sobre
o seu próprio eixo, complete a sua tarefa.

Aprende com o silêncio a respeitar a sua vida,
Valorizar o seu dia,
Enxergar em você as qualidades que você possui,
equilibrar os defeitos que você tem e sabe
Que precisa corrigir e enxergar aqueles que
você ainda não descobriu .
Aprende com o silêncio a relaxar,
Mesmo no pior trânsito, na maior das cobranças,
Na briga mais acalorada,
Na discussão entre familiares,
Aprende com o silêncio a respeitar o seu "eu",
A valorizar o ser humano que você é,
A respeitar o Templo que é o seu corpo,
E o santuário que é a sua vida.

Aprende hoje com o silêncio,
que gritar não traz respeito,
Que ouvir ainda é melhor que muito falar,
E em respeito a você, eu me calo, me silencio,
Para que você possa ouvir o seu interior
Que quer lhe falar,
Desejar-lhe um dia vitorioso e confirmar
Que você é especial.

- Paulo Gaefke-

É Preciso!




É preciso ter fé no futuro
É preciso ter esperança
É preciso crer num mundo melhor
Enquanto houver um sorriso
No rosto de uma criança...
É preciso amar, semear
É preciso crer na colheita
É preciso desejar que a tempestade seja branda
Para que a "fruta" cresça perfeita...
É preciso sentir-se forte
Crer que cada um de nossos braços suporte
Carregar um pedacinho deste mundo
E transformá-lo em solo fecundo...
É preciso plantar e cuidar
É preciso vontade para transformar
A fome, a miséria e o abandono
No doce fruto, que é se ter um lar...
É preciso dar as mãos
Cantar o mesmo refrão
É preciso força e união
Para unir os corações na doação...
É preciso crer na semente
Que um bom fruto pode dar...
É preciso crer na criança
Que ainda sabe sonhar.
'Quando você encontrar trevas diante de si,
não esbraveje contra elas:
ao contrário, procure ascender uma luz'.
Quando alguém errar,
não o condene nem ataque:
ascenda uma pequenina luz diante dele,
com seu exemplo.
Nada melhor existe para
ajudar os outros do que mantermos
nossa luz acesa;
servindo nosso exemplo de farol para
guiar o próximo,
mostramos-lhe o caminho da subida."

-Célia Jardim-

É sempre a mesma...




A palavra que desanima,
é a mesma que entusiasma;
A palavra que fere,
é a mesma que conforta;
A palavra que abre feridas,
é a mesma que as cicatriza;
A palavra que ofende,
é a mesma que compreende;
A palavra que acusa,
é a mesma que desculpa;
A palavra que condena,
é a mesma que perdoa;
A palavra que abate,
é a mesma que reanima;
A palavra que magoa,
é a mesma que consola;
A palavra que arrasa,
é a mesma que edifica;
A palavra que faz a guerra,
é a mesma que sela a paz;
A palavra que congela,
é a mesma que aquece;
A palavra que rompe,
é a mesma que reata;
A palavra que derruba,
é a mesma que levanta;
A palavra que afasta,
é a mesma que reaproxima;
A palavra que abre abismos,
é a mesma que constrói pontes;
A palavra que destrói,
é a mesma que reconstrói;
A palavra dita sem pensar
é a que mais faz penar;
Em todos os começos, meios e fins,
o que permeia tudo,
é sempre a mesma palavra...
a ser usada sempre,
com clareza, humildade e sabedoria.

-Lauro Kisielewicz-

domingo, 21 de novembro de 2010

Ninguém venha me dar vida


Ninguém venha me dar vida,
que estou morrendo de amor,
que estou feliz de morrer,
que não tenho mal nem dor,
que estou de sonho ferido,
que não me quero curar,
que estou deixando de ser,
e não quero me encontrar,
que estou dentro de um navio,
que sei que vai naufragar,
já não falo e ainda sorrio,
porque está perto de mim
o dono verde do mar
que busquei desde o começo,
e estava apenas no fim.
Corações, por que chorais?
Preparai meu arremesso
para as algas e os corais.
Fim ditoso, hora feliz:
guardai meu amor sem preço,
que só quis quem não me quis.

Cecília Meireles

SE!




Se és capaz de manter tua calma, quando,
Todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti, quando estão todos duvidando,
E para estes no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires;
De sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores;
Se, encontrando a derrota e o triunfo, conseguires
Tratar da mesma forma a estes dois impostores
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
Em armadilhas as verdades que disseste
E, as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;

Se és capaz de arriscar numa única parada,
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perdes e ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida.
De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
A dar, seja o que for que neles ainda existe
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
Resta a vontade em ti, que ainda te ordena: persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
E, entre reis, não perder a naturalidade;
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
Se és capaz de dar, segundo por segundo
Ao minuto fatal todo valor e brilho:
Tua é a terra com tudo o que existe no mundo,
E - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu Filho!



Rudyard Kipling

Tradução de Guilherme de Almeida

"Eu sou criança. E vou crescer assim. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores. O simples me faz rir, o complicado me aborrece. O mundo pra mim é grande, não entendo como moro em um planeta que gira sem parar, nem como funciona um fax. Verdade seja dita: entender, eu entendo. Mas não faz diferença, os dias passam rápido demais, existe a tal gravidade, papéis entram e saem de máquinas, ninguém sabe ao certo quem descobriu a cor. (Têm coisas que não precisam ser explicadas. Pelo menos não para mim). Tenho um coração maior do que eu, nunca sei minha altura, tenho o tamanho de um sonho. E o sonho escreve a minha vida que às vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descansar a alma e dormir sossegada). Coragem eu tenho um monte. Mas medo eu tenho poucos. Tenho medo de Jornal Nacional, de lagartixa branca, de maionese vencida, tenho medo das pessoas, tenho medo de mim. Minha bagunça mora aqui dentro, pensamentos dormem e acordam, nunca sei a hora certa. Mas uma coisa eu digo: eu não paro. Perco o rumo, ralo o joelho, bato de frente com a cara na porta: sei onde quero chegar, mesmo sem saber como. E vou. Sempre me pergunto quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo. Sempre questiono se você está feliz, se eu estou bonita, se eu vou ganhar estrelinha, se eu posso levar pra casa, se eu posso te levar pra mim. Não gosto de meias – palavras, de gente morna, nem de amar em silêncio. Aprendi que palavra é igual oração: tem que ser inteira senão perde a força. E força não há de faltar porque – aqui dentro – eu carrego o meu mundo. Sou menina levada, sou criança crescida com contas para pagar. E mesmo pequena, não deixo de crescer. Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas. Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu... Escrevo escondido, faço manha, tomo sorvete no pote, choro quando dói, choro quando não dói. E eu amo. Amo igual criança. Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. A - M - O. Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Sem censura. Quer me entender? Não precisa. Quer me fazer feliz? Me dê um chocolate, um bilhete, uma mentira bonita pra me fazer sonhar. Não importa. Todo dia é dia de ser criança e criança não liga pra preço, pra laço de fita e cartão com relevo. Criança gosta mesmo é de beijo, abraço e surpresa! (E eu – como boa criança que sou – quero mais é rasgar o pacote!)"

(Fernanda Mello)

Eu te amo!


Eu te amo. E não seria metade do que sou sem você, juro.
É seu ódio profundo que me dá forças para continuar em frente, exatamente da minha maneira.
Prometa que nunca vai deixar de me odiar ou não sei se a vida continuaria tendo sentido para mim.
Eu vagaria pelas ruas insegura, sem saber o que fiz de tão errado.
Se alguém como você não me odeia, é porque, no mínimo, não estou me expressando direito.
Sei que você vive falando de mim por aí sempre que tem oportunidade, e esse tipo de propaganda boca a boca não tem preço.
Ainda mais quando é enfática como a sua – todos ficam interessados em conhecer uma pessoa que é assim, tão o oposto de você.
E convenhamos: não existe elogio maior do que ser odiado pelos odientos, pelos mais odiosos motivos.
Então, ser execrada por você funciona como um desses exames médicos mais graves, em que “negativo” significa o melhor resultado possível.
Olha, a minha gratidão não tem limites, pois sei que você poderia muito bem estar fazendo outras coisas em vez de me odiar – cuidando da sua própria vida, dedicando-se mais ao seu trabalho, estudando um pouco.
Mas não: você prefere gastar seu precioso tempo me detestando.
Não sei nem se sou merecedora de tamanha consideração.
Bom, como você deve ter percebido, esta é uma carta de amor.
E, já que toda boa carta de amor termina cheia de promessas, eis as minhas:
Prometo nunca te decepcionar fazendo algo de que você goste. Ao contrário, estou caprichando para realizar coisas que deverão te deixar ainda mais nervoso comigo.
Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que você mais detesta. Sem esquecer de sempre tentar descobrir novos jeitos de te deixar irritado.
Prometo jamais te responder à altura quando você for, eventualmente, grosseiro comigo, ao verbalizar tão imenso ódio. Pois sei que isso te faria ficar feliz com uma atitude minha, sendo uma ameaça para o sentimento tão puro que você me dedica.
Prometo, por último, que, se algum dia, numa dessas voltas que a vida dá, você deixar de me odiar sem motivo, mesmo assim continuarei te amando. Porque eu não sou daquelas que esquece de quem contribuiu para seu sucesso.
Pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido – e me odiaria ainda mais.

Com amor, da sua eterna.

.Fernanda Young

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Todo sonho de amor deve ser vivido…



Desde que nos lembremos que podemos ter vários sonhos,
que o amor não é prisão que acorrenta,
mas liberdade que permite voar cada vez mais alto.

Todo sonho de amor é perfeito, enquanto sonho,
e mesmo que a dura realidade venha manchá-lo,
ainda assim, deve ser vivido com tamanho zelo,
que dele não se reste dúvidas, o amor é anseio,
fonte de desejos perenes, que jorram da alma aflita
que tudo deseja e nada espera de valor,
a não ser o próprio amor.

Todo sonho de amor deve ser experimentado sem temor,
não se deve ter medo de amar, nem deixar passar
a chance de amadurecer um relacionamento,
mesmo que seja pequena chama, brasa incandescente,
e assim, no meio de uma amizade tão linda,
o amor pode acontecer, crescer
e tomar forma de fogueira…

E eu te desejo,
que essa fogueira que o amor deve se transformar,
seja sempre capaz de lhe fazer ver,
que todo sonho de amor é divino,
ainda que o coração seja um menino,
e a esperança muito tímida, uma menina,
e juntos, amor e esperança caminhem,
rumo ao infinito que habita em você,
no caminho cheio de flores e cor,
no sonho mais lindo que o homem pode ter
sonho de viver um grande amor.

-Paulo Roberto Gaefke-

Não é Preciso!



Não é preciso que você tenha todas as virtudes.
Importa que boa parte delas estejam
na sua pauta diária,
como metas a serem alcançadas gradativamente.

Não é preciso que você seja perfeito.
Importa que você manifeste generosamente aquela parcela
do seu Ser que já é pura luz e perfeição.

Não é preciso que você seja santo
- somos todos pecadores.
Importa o veredícto da sua própria consciência quando
a sós consigo mesmo e o firme propósito
de não incorrer nas mesmas transgressões,
por você reconhecidas.

Não é preciso que você ame seus inimigos.
Importa que suas atitudes de legítima bondade
e retidão desfaçam os liames de ódio
que os mantêm atrelados a sua pessoa.

Não é preciso que você seja
um pilar de forças e sabedoria.
Importa compreender que neste mundo
somos todos frágeis e carentes aprendizes,
passando pelas muitas provas
que a vida nos oferece a cada dia.

Não é preciso que você seja um vencedor
aos olhos do mundo.
Importa sim a paz advinda daquelas pequenas
vitórias diárias que só você
e tão somente você conhece.

Não é preciso que você seja popular,
famoso, amado ou benquisto.
Importa primeiro que você se ame e se respeite,
pelo sincero reconhecimento daquela
Divina Centelha que habita seu Ser,
de forma singular e inigualável.

Sorria sempre!
Diga "muito obrigado" em todas as situações
e que em seus lábios
sempre haja uma palavra de
louvor!

-Fátima Irene Pinto-

Marcas de quem muito amou!


Todos me dizem:
"Como você mudou"
Então eu respondo:
"Marcas de quem muito amou."

Me perguntam também:
"O ódio aflorou?"
Pacientemente digo:
"Marcas de quem muito amou."

Eles nunca me entendem:
"Porque perdoas quem te machucou?
Com um leve sorriso no rosto respondo:
"Marcas de quem muito amou."

Também ousam a comentar:
"Como és bobo,já perdôo!"
E sabendo que não amas respondo:
"Marcas de quem muito amou."

Alguns,ainda fazem a replica:
"Você por ela já chorou?"
E com um olhar afirmativo digo:
"Marcas de quem muito amou."

Um pequeno grupo ainda fala a mim:
"Ela é sua amiga?Como ousou?"
Já sem vontade de viver falo:
"Marcas de quem muito amou."

As vezes um amigo ainda me repreende:
"Pare de repetir a frase:Marcas de quem muito amou."
Então,lembro do meu doloroso passado,respondo:
"Marcas de quem por amor chorou."

Joel Pereira Nascimento

SER ACEITO



Ser aceito não é receber a concordância.
É receber até a discordância,
mas dentro de um princípio indefinível
e fluídico de acolhimento prévio
e gratuito do que se é como pessoa.
Ser aceito é realizar a plenitude
do sentido do verbo latino "accipio": - receber,
tomar para si, acolher, perceber, ouvir,
compreender, interpretar, sofrer,
experimentar, aceitar...

Ser aceito é ser percebido antes
mesmo de ser entendido.
E ser acolhido antes mesmo de ser querido.
E ser recebido antes mesmo de ser ouvido.
É ser compreendido antes mesmo de ser conhecido.
É, pois, um estado de compreensão prévia,
que abre caminho para uma posterior
concordância ou discordância,
sem perda do respeito fundamental
por nossa maneira de ser.

Quer fazer alguém feliz? Aceite-a.
E depois discorde à vontade.

Ser aceito implica mecanismos mais sutis
e de longo alcance do que apenas os racionais.
Implica intuição, compreensão milagrosa,
conhecimento efetivo e afetivo do universo interior,
cuidado com as cicatrizes e nervos expostos.
Ser aceito revela, renova e faz crescer
a nossa melhor dimensão.
Ser aceito é rememorar um momento de medo
que foi aplacado, um olhar de amor e carência
que encontrou resposta e afago,
uma perda de si mesmo atendida no instante
em que se deu, um exercício de bondade
que não encontrou reprimida,
julgamento, cobrança, medo,
desconfiança ou agressão.

Ser aceito é não ser preciso explicar.
É não ser preciso definir.
É não ser preciso ter para dar.
É não ser preciso agradar.
É não ser preciso embelezar,
dourar a pílula,
contabilizar o afeto ou ficar bem com os outros.
Ser aceito é o milagroso mistério do afeto
dos que não cobram retorno ou gratidão.

-Artur da Távola-

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Conversa com o Amor!



Hoje eu encontrei com o amor, estivemos conversando

por longas horas ...

perguntei para ele qual o significado de seu nome.

Ele disse: Não tenho difinição, se quizer saber quem

eu sou... AME!

Pois só quem ama sabe as minhas sensações, mas

mesmo assim não saberá me descrever.

Perguntei o motivo de sua existência.

Ele calmamente me respondeu:

Para tornar as pessoas e o mundo mais belos,

unir os corações e fazer com que as pessoas

tenham um motivo para viverem

Perguntei tbem de onde ele veio.

Ele respondeu que veio de Deus, dos anjos, das

estrelas, da lua , do mar , do oceano, da chuva,

dos rios, do vento, do furacão, dos vales, da rosa,

do lirio, do calor, do frio, da primavera, do outono,

do inverno, do verão, da lagrima, da dor, do sorriso e

daquilo que não se define e não tem fim.

Questionei porque às vezes as pessoas sofrem por amor.

Triste, ele me disse que mtas pessoas não sabem amar,

não tem confiança, brincam com os sentimentos e não

sabem lidar com ele.

Disse-me tbem que a sua essência é a confiança mútua,

que um grande amor para acontecer só depende de nós,

mas devemos ter paciência e sabedoria para lidarmos com ele,

pois o amor é algo inexplicável que não se entende: se VIVE.

Não se compra porque ele está dentro de nós, dos corações.

É preciso fazer uma viagem ao nosso interior para que se

encontre com ele.

Nessa conversa com o amor, aprendi que é preciso amar para

depois ser amado ... é preciso sofrer para não magoar as pessoas.

O amor não é facil de ser vivido, mas se você quizer terá um verdadeiro

amor ...

O amor me pediu para eu dizer a quantas pessoas eu pudesse, que

amar é viver, é sonhar, é sorrir ... por isso ame ... ame sem

medo de sofrer.

Ame sem medo de ser feliz!!!

Pois na vida tudo passa ... principalmente o tempo ...

E um dia você poderá olhar para trás e chorar por não ter

tido um grande amor, não ter lutado ou ter feito uma loucura por

alguem, ou sorrirá de felicidade por ter tido um grande e eterno amor.

Mesmo que não esteja mais do teu lado, mas que um dia te fez feliz

e você tbem o tenha feito.

autor desconhecido

Hoje é tempo de ser feliz

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mulheres!


Não me bastam os cinco sentidos para perceber-lhes toda a beleza.

Não me bastam os cinco sentidos para viver com totalidade o mistério profundo que elas trazem consigo.
Eu tenho é que tocá-las, cheirá-las, acariciá-las, penetrar-lhes o sorriso, sentir o seu perfume, beijar-lhes o céu da boca, ouvir suas histórias, transformá-las em deusas.
Tenho que dar-lhes o amor que o meu corpo conduz e sustenta-me a alma.
O belo amor natural por todas as coisas do mundo. Como espelho de paixões em labareda, tenho que sentir nos seus olhos um raro brilho diamante.
Eu as respeito e as venero, com a graça de um cisne que dança num lago tranqüilo e a ousadia de um touro selvagem recém-despertado.
Não lhes faço perguntas, não as pressiono por nada, não lhes tiro a liberdade, não quero mudá-las jamais.
Sempre imagino o que estejam sonhando, e pulo de cabeça no sonho delas.
Cavalgo o vento para visitar-lhes as razões, as emoções e as loucuras.
Como um deus escandaloso e surpreso por sua própria criatura, entro no coração de cada uma delas, deliciosamente, como se entrasse numa pulsante catedral.
Mergulho na essência dos seus desejos e cada vez me espanto mais com tanta fantasia.
Os cinco sentidos, por não serem precisos, ainda não bastam, e preciso mais do que isso para compreendê-las.
Toda mulher é silenciosa por dentro.
A existência pura se manifesta em cada detalhe.
Assim na terra como no céu, amar as mulheres é uma experiência religiosa.
E eu as amo, fina substância, como deve amar quem ama de verdade — incondicionalmente.
Sem ciúmes.
Eu amo as morenas, as loiras, as baixinhas, as altas, as lindas, as quase feias.
Amo as virtuosas, as magras, as gordinhas, as diabólicas, as tímidas, e até as mentirosas.
As iluminadas, as pecadoras, e as santíssimas.
Amo as virgens, as pobres, as ricas, as loucas, as muito vivas, as inocentes.
As bronzeadas pelo sol, e as branquinhas.
As inteligentes, e as nem tanto.
Desde que sensíveis, eu amo as jovens, as velhas, as solteiras, as casadas, as separadas.
As bem-amadas, e as abandonadas.
As livres, e as indecisas.
E se me dessem o poder, o tempo e, principalmente, a chance, eu a todas elas daria, todos os dias, um orgasmo cósmico, poético e sublime.
Apanharia flores silvestres, tomaria sol com todas elas.
Andaríamos descalços na areia, contemplaríamos crepúsculos cor de abóbora, jantaríamos à luz de velas, dançaríamos, tomaríamos vinho branco, olharíamos as estrelas.
E eu lhes faria poesias de amor.
Puro como um anjo, amaria cada uma delas eternamente — uma por vez.
Com delicadeza, com doçura, com profundidade, com inocência.
Entusiasmado, como se cada uma fosse a única.
Como se no mundo inteiro não houvesse mais nada, nem ninguém.
Todas as noites, passaria cremes e encantos no seu corpo.
Falaria sobre fábulas, contaria histórias românticas, as veria dormir.
Ouvindo Beethoven, velaria por um tempo o sono delas, e de madrugada, antes do sol raiar, antes do primeiro pássaro cantar, as cobriria com o resto de luar que ainda houvesse, e sairia em silêncio.
Como um felino lógico, sensual e saciado, deslizaria pelo cetim azul-celeste dos lençóis, saltaria por sobre todas as metáforas — e sorrindo iria embora.
Enfim, se por acaso fosse Deus, eu com certeza não mais ficaria cuidando do universo e dessas outras coisinhas banais.
Não ficaria controlando o destino das pessoas, o tempo, os compromissos, a pressa, o caminho dos planetas, a economia, o cotidiano, o infinito, os genes, a Internet, a gravidade, a geografia… Não! Eu somente iria amar as mulheres, como elas merecem.
E como nunca foram amadas.
Só isso, definitivamente.
Nada mais,
nada mais!

Edson Marques

A tal felicidade!


não canso de buscar a tal felicidade
mas estou impregnada de realidade
olho pela janela e o real invade,
levo um tapa, um choque
mas o sonho continua,
a luz das estrelas me faz querer buscar
o sonho de um mundo melhor,
de pessoas melhores,
aquele tal de "paz e amor"
que pelo brilho dos olhos dos casais
sentados na praça,
o sonho que está no papel não amassa
bebo meu vinho com a intenção de esquentar meu coração,
de agasalha-lo do frio que me invadiu pela janelado frio,
da solidão, da ilusão
preciso de mais fé em mim,
em todos, em tudo,
enganarmos de vez em quando é muito interessante
enganarmos de tristeza,
de ilusão,
de ódio,
so para depois olhar no espelho e dizer:-não,
desculpe foi um engano,
é alegria,
esperança,
é amor.
amor trazido ao meu ouvido
pelo canto cupido do beija-flor
esperança,trazida pelo olhar de uma criança
acompanhado de um sorriso de quem ganhou um pirulito
e a alegria que contagia e nos faz ver que a nossa própria companhia é a melhor em alguns momentos,
precisamos estar sozinhos,
parar e pensar no que podemos ser e fazer para se ter um mundo melhor
mas quero alguém que me faça sentir
que sorrir é o remedio
para que eu faça a minha parte
e conserte o desastre em que estamos
quero viver quero você,
quero eu minha felicidade
quero buscar dentro de mim o que vocês chamam de alegria
e exteriorizar -se quando isso fizer,
não for o que vocês esperam,
sinto muito mas essa é a minha
tal felicidade.
Jeniffer Santos

Me chame do que quiser





Se parece ingênuo que eu acredite nas pessoas, que me chamem de tola.
Se parece impossível que eu queira ir onde ninguém conseguiu chegar, que me chamem de pretensiosa.
Se parece precipitado que eu me apaixone no primeiro momento, que me chamem de inconsequente.


Se parece imprudente que eu me arrisque num desafio, que me chamem de imatura.
Se parece inaceitável que eu mude de opinião, que me chamem de incoerente.
Se parece ousado que eu queira o prazer todos os dias, que me chamem de abusada.


Se parece insano que eu continue sonhando, que me chamem de louca.
Só não me chamem de medrosa ou de injusta.
porque eu vou à luta com muita garra e muita vontade de acertar.
E foi lutando que eu perdi o medo de ser ridícula. de ser enganada. de ser mal entendida.
Perdi, na verdade, o medo de ser feliz.


Não me incomoda se as pessoas me veem de forma equivocada.
O importante mesmo é como eu me vejo...
Sem cobrança. sem culpa. sem arrependimento.
A gente perde muito tempo tentando agradar aos outros. tentando ser o que esperam de nós.
Eu sou o que sou e não peço desculpas por isso.


No meu caminho até aqui, posso não ter agradado a todo mundo,
mas tomei muito cuidado para não pisar em ninguém.
Sendo assim, me chame do que quiser, eu não ligo...
Porque eu só atendo mesmo quando chamam pelo meu nome,
que eu tenho o maior orgulho de carregar.


Autoria: Lena Gino

Meu coração!


Meu coração é corajoso sem armas. Descobri dia desses, enquanto desenhava pensando na vida. No começo foi tudo sempre estranho, não feio. Um tal de apaga ali, rabisca daqui e apaga de novo... Dizem que só criança faz desenho da vida. Depois que a gente cresce perde o jeito, esse jeito de colorir o sentimento numa folha em branco. Conservei essa mania dos desenhos. Tenho tudo rabiscado. Tudo enfeitado. Porque não gosto de abandonar as manias que me levam pra lugar de sonho, inventar uma primavera bem no meio do inverno. No desenho pode. Uma paisagem diferente da vida de verdade. Tem desenho que fica abandonado e feio. Triste num canto no fundo do meu armário companheiro de mudanças, herança do pai. Fica ali por uns dias, quietinho, até eu ouvir seu choro. Pedido de socorro. E lá vou eu, com minha ambulância carregada de lápis colorido fazer o desenho sorrir. Igual criança quando tá chorando e o amiguinho pega na mão e pede pra sorrir de novo.

Eu não gosto de abandono, por isso acolho. Por isso recolho e não costuro sorriso porque chorar é preciso. Porque não importa se o desenho é feio. Ou se a ferida é doída. Ou o dedo do meio foi pra mim. Eu contorno e de um jeito ou de outro, sempre tenho uma cor pra mudar a história. E na vida, a gente aprende que quanto mais a nuvem pesa e se enche de cinza, mais forte vem a chuva. Ou o choro. Sorte é ter um coração cheio de pancadas, metido em tempestades e sujeito a trovoadas. Esses sim são corações maduros de forte. Não de vez. Tenho um coração de todas as cores. Que amanhece azul e adormece vermelho ou bege ou rosa ou verde ou roxo ou...qualquer cor serve, porque quanto mais cor no coração, aprenda: MAIS COR-AGEM na vida.


Vanessa Leonardi

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

QUEM SOU EU!


Uma mulher incomum.
A luz e o breu.
Exótica e comum.
Sim, isso é possível...

Sou oscilante...
Às vezes erro, em outras
Sou incrível eterna inconstante...

Amo infinitamente.
Apaixono-me, enlouqueço,
De corpo, alma e mente.
Que até de mim eu esqueço.

Meus olhos são um poço infinito
De amor, encantamento, bondade.
Olhe-os por um minuto,
E verás toda verdade.

Eu não sou perfeita
Nem dona da verdade
Mas sou dona de mim
Dona das minhas vontades.

Só espalho minha essência no ar
Meu amor, meus desejos...
Escrevo o que minha alma grita
Goste quem gostar.

Eu sou alguém que você pode contar sempre.
Alguém que vai te fazer rir e também chorar...
Porque sou transparente
Sou verdadeira

Amiga, amante... Guerreira.
Te darei a mão, colo, abraço...
Te darei meu coração...

Eu não sei amar pouco...
Ser pouco...
Dar pouco...
Ser mulher pouco.

Sou uma mulher que se conhece e se permite.
Alguém que ousa e arrisca.
Uma mulher que ri, chora, ama, goza.

Alguém sem medo de ser feliz!


(Carolina Salcides)

Como não ir além do seu limite?


Será que só eu e você temos a sensação de correr o dia inteiro e ainda estar em falta com alguma coisa no fim do dia? Todo mundo tem dúvidas, mas faz pose de gênio! Os super-heróis atacam por todos os lados. E os seres humanos deixam de viver as ordens do coração para viver num mundo de aparência.

Fico impressionado com o número de pessoas que se enche de dívidas só para desfilar o carro novo para o vizinho, ou para fazer inveja à amiga com a bolsa de marca famosa, ou para deslumbrar a mulher desejada com um jantar além da sua condição financeira. Pessoas que se cercam de bens materiais e conceitos supérfluos para serem admiradas. Pessoas que não sabem como é bom amar alguém. Não conhecem a essência de um relacionamento. Querem apenas impressionar. Aparentar aquilo que não são.

E os pais super-heróis? Esses querem que os filhos também sejam super-heróis. Lotam a agenda das crianças com aulas e mais aulas. Elas não têm tempo livre sequer para brincar. A ideia dos superpais é preparar os filhos para o futuro. Mas assim as crianças acabam perdendo a infância. Ou seja, não fazem a única coisa realmente importante para se tornar um adulto pleno.

Gostaria de convidar você a refletir um pouco sobre seus heróis. Pense por alguns segundos nas pessoas que você admira. Quando proponho essa reflexão em meus seminários, em geral ouço descrições que lembram os super-heróis das histórias em quadrinhos ou do cinema. Heróis com superpoderes que nada têm a ver com o mundo real.

Apesar de ter plena consciência de que essa imagem não passa de pura fantasia, a maioria das pessoas embarca nela de cabeça. E se ilude querendo mostrar que são superexecutivos, superempresários, supermães, superprofessores, superamantes.

Não estou dizendo que a pessoa que procura dar sempre o melhor de si em cada ação está errada. Ao contrário. É altamente positivo buscar a excelência em cada coisa que fazemos. Isso não quer dizer, no entanto, que sempre sairemos vitoriosos de nossas batalhas. Ninguém consegue ganhar todas as disputas da vida.

Quem exige de si vencer o tempo todo está se candidatando a viver crises de depressão ou, pior ainda, agir sem ética para vencer a qualquer preço. Quem precisa se sentir importante o tempo todo está criando um grande vazio em sua vida... É preciso estar muito consciente para não embarcar nesse jogo de aparências e não se deixar envolver em atividades sem sentido para sua vida.

Acredite: é possível ser feliz com o que você tem e é. Eu digo, com todo carinho do meu coração: da mesma maneira que é importante tirar das suas costas o peso de ser algo que você não é, também é importante tirar esse peso dos ombros de quem está a seu lado. Aliás, nem precisamos ser o que não somos nem precisamos ser perfeitos no que queremos ser. Ser muito bom já é suficiente. Temos de ser bons naquilo para o qual temos talento, o que não significa nos exigir sermos maravilhosos o tempo todo.

Roberto Shinyashiki

Os 7 erros de quem vive reclamando da vida!


Situação mais do que comum: alguém reclamando da vida. Do chefe apático, da empresa injusta, dos colegas carreiristas, dos velhos amigos que não são mais os mesmos, da mordida do imposto de renda, dos juros altos… da mulher e dos filhos que gastam demais!
Ufa, a lista é grande; é reclamação que não acaba mais. E, na maioria das vezes, a culpa dos problemas é SEMPRE dos outros; nunca da própria pessoa. Como disse Sartre: “o inferno são os outros”.
Então, antes de entrar nesse bloco dos descontentes inveterados, que tal uma auto-análise para perceber se o problema não está em você.
Vamos lá; eis os sete erros que essa turma de descontentes mais comete:
1 – comodismo: por exemplo, o fulano sabe que precisa melhorar seu inglês, mas não enfrenta a questão e estuda pra valer.
2 – medo de mudanças: a pessoa não gosta do emprego que tem, mas o encara como se fosse a única alternativa para sua vida e morre de medo de perdê-lo. Sabe que deveria ter um “plano B”, mas não faz nada para construí-lo.
3 – prepotência: não admite a estagnação e que seu desempenho não acompanha as exigências atuais do mercado; exige aumento de salário e acha que é bom funcionário só porque cumpre horário e faz exclusivamente o que lhe pedem.
4 – transfere culpa: ou seja, reclama de quase tudo e não assume responsabilidade sobre as situações. Não cuida de si e da sua evolução.
5 – falta de planejamento: não tem planos para o futuro; imagina apenas que, daqui há um ano, tudo será como é hoje. Sua preocupação se limita ao presente; faz planos, mas não define prioridades nem metas.
6 – desperdício de tempo: deixa de fazer o que deseja com a desculpa de que o dia é curto demais. Ou seja, empurra a vida com a barriga por total falta de organização e foco.
7 – trabalha sem paixão: aí está a origem de toda a insatisfação.

Luiz Fernando Garcia

terça-feira, 9 de novembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

Sou toda pra voce!

Superando frustrações em busca de um novo amor!


É grande o número de pessoas que escrevem mensagens para o Seja+ por estarem preocupadas com suas futuras relações. Em geral, trata-se de homens e mulheres que tiveram frustrações em relacionamentos anteriores e que, por esta razão, temem uma nova decepção. Muitos se consideram mais desconfiados, pessimistas, ou mesmo mais amargurados, do que já foram antes. O motivo para isso é razoável: se o relacionamento anterior terminou e trouxe sofrimento e, mais do que isso, se houve uma grande decepção com alguém em quem havia muita confiança, por que confiar em outras pessoas? Como acreditar novamente no amor, se a última experiência foi frustrante? Embora considere que o temor de todos os que nos escrevem seja compreensível, tenho algumas reflexões a fazer sobre o assunto.

Em primeiro lugar, algo não muito animador, porém extremamente verdadeiro: sofrimentos são inevitáveis. E não estou me referindo apenas ao amor e aos relacionamentos, mas a tudo na vida. Gosto de fazer uma analogia entre diferentes experiências da vida e o aprendizado de andar de bicicleta. Para aprender a andar de bicicleta sem rodinhas, é necessário cair. É quase impossível alguém tirar as rodinhas e se equilibrar perfeitamente, sem cair sequer uma vez. Cair, portanto, faz parte do processo. É desagradável, às vezes dói, gera frustração... Mas é necessário. Quem cai uma vez e desiste não aprende a andar de bicicleta. Para aprender, é preciso que a queda não signifique o fracasso total. Pensando assim, a pessoa cairá uma, cinco, dez vezes... Mas aprenderá. Com os relacionamentos amorosos, guardando-se as devidas proporções, o processo é semelhante. Embora existam pessoas que passam o resto da vida com seu primeiro amor, isso não é o mais comum. Geralmente o que acontece é que nos relacionamos, nos frustramos, amamos novamente, temos novas decepções, nos relacionamos de novo, e por aí vai. Quem desiste diante da primeira frustração não consegue se relacionar novamente. O que quero dizer é que, assim como a queda no processo de aprender a andar de bicicleta, as frustrações e as tristezas fazem parte do processo de se relacionar. Chega um momento, no entanto, que deixamos de cair, ou seja, conseguimos ter relações satisfatórias e com um desfecho feliz.

Se parece desanimador pensar que o sofrimento faz parte do processo, é importante ter em mente que ele pode levar ao crescimento, ao amadurecimento. Isso acontece quando usamos nossas experiências dolorosas em nosso favor, e não contra nós mesmos. Deixe-me exemplificar, e talvez o que estou dizendo fique mais claro. Joana pode ter tido uma experiência frustrante com seu parceiro, que a decepcionou e a fez sofrer, o que culminou com o fim da relação. Joana pode passar a temer novos relacionamentos, por acreditar que poderá viver novamente a mesma situação. Diante desse temor, recolhe-se e não se dá a oportunidade de ter novas experiências. Maria teve uma vivência parecida com a de Joana. Também teve decepções e tristezas em seu último relacionamento. A diferença, no entanto, é que Maria pôde olhar para sua experiência e aprender com ela. Maria percebeu que poderia ter conduzido determinadas situações de modo diferente e que poderia ter agido de outra maneira em outras ocasiões, o que daria um desfecho diferente à sua história. A diferença entre Joana e Maria é que a primeira caiu da bicicleta e desistiu de aprender. Já Maria não, ela caiu, analisou o por quê da queda e decidiu tentar novamente. Maria, portanto, aprendeu com a experiência que teve, e pôde crescer a partir da frustração.

Nossas duas personagens fictícias se parecem muito com as pessoas reais. Há aquelas que se deixam abater com experiências dolorosas e acabam desistindo, mas há também outras que usam essas mesmas vivências em seu favor. Por esta razão, já que não se pode evitar a frustração nos relacionamentos, é essencial que elas sirvam como aprendizado e possam levar ao amadurecimento. Para isso, é importante poder ter um olhar crítico para si próprio e para a relação. O que levou ao término? Como cada um contribuiu para isso? Qual a própria parcela de responsabilidade na frustração vivenciada? Aliás, antes mesmo de refletir sobre o fim da relação, há outras perguntas importantes: como a escolha do parceiro foi feita? Será que os critérios de escolha continuam os mesmos? Poder olhar para si mesmo pode ser um exercício complexo, mas é essencial. Mais do que culpar o outro pelo desfecho infeliz da relação, é necessário poder pensar na própria participação na história.

Outra coisa importante de ser pensada é que o futuro não precisa ser uma cópia do passado. Desta forma, se houve uma (ou mesmo mais de uma) experiência frustrante, isso não quer dizer que uma pessoa só terá vivências desse tipo. Geralmente as experiências se repetem quando não somos capazes de entender bem o que aconteceu, quando não podemos olhar para nós mesmos e identificar como colaboramos para a situação. Se repetem, portanto, quando não somos capazes de aprender com a experiência. Se usarmos a vivência que tivemos em nosso favor, estaremos atentos para que situações semelhantes não ocorram. Se concluirmos, por exemplo, que nossa escolha não foi a melhor, mudaremos a maneira de escolher um parceiro. É importante ter em mente que nosso futuro e nossas relações nos pertencem, somos nós quem tomamos um caminho ou outro. As pessoas que dizem “atrair” determinados parceiros ou relações problemáticos em geral não conseguem ver o quanto elas próprias buscam tais situações.

Espero que essas reflexões possam ajudar aqueles que estão aflitos com a ideia de que as frustrações que tiveram podem vir a se repetir. Não é que isso não possa acontecer. Assim como no caso da bicicleta temos várias quedas até aprendermos, no caso dos relacionamentos às vezes também são necessárias várias decepções. O importante é usar essas decepções como um aliado e não como um inimigo que nos leva a recuar. Por isso, não devemos temer novas relações nem novas quedas. O tempo e as experiências fazem com que possamos experimentar o prazer de andar sem rodinhas sem cair.

Texto:Mariana Santiago de Matos, Dra

O Jardim das borboletas

O coração se prepara para amar, a alma já está toda arrumada e o entusiasmo é
que dá o ritmo do momento.
Como seria bom se as coisas fossem assim.
Se toda vez que viesse um amor pudéssemos estar preparados para ele, de corpo
alma e coração!
A vida não pode ser comparada a um jardim, o coração sim.
O nosso coração é comparado a um jardim de borboletas, que no encanto dos
movimentos do amor, o embalo das paixões se compara ao vôo maravilhoso de uma
borboleta.
Como ignorar uma visão que no encanto do amor se faz presente, e deixar de
admirar o belo e harmonioso poema que existe no suave bater de asas de uma
borboleta?
Se nos jardins da vida pode ocorrer a presença de ervas daninhas, com o coração
acontece o mesmo, uma vez se não for cuidado, o coração pode ser afetado pela
desilusão que se torna um presente de grego!
Por sua vez, nos jardins das borboletas acontece diferente, corre-se o risco de
ficar somente com o jardim, porque as borboletas podem sentir falta da beleza e
ir embora.
Um coração que se mostra sem a beleza dos sentimentos que lhe volta para o amor,
fica obscuro e nele vêm habitar criaturas da escuridão, nunca borboletas.
Sendo que para se mostrar realmente voltado para as coisas do bem e do amor na
verdade, haveria de existir nesse coração raízes que sejam do seu instinto e o
lançam para o seu interior o lado bom e divino de Deus.
Igual as borboletas que carregam consigo o dever de serem belas e diante de sua
formosura tem a obrigação de encantar até os mais ávidos corações, e no intuito
de fazer o belo, ainda habitam nos nossos jardins, e com a pureza de uma
criatura de Deus, vem transmitir a paz com seu jeito angelical.
Na minha face se encontra o sorriso satisfeito de saber que estou reparando o
meu jardim, e reparando a minha morada, para que nunca seja abandonada pelas
belas borboletas que enfeitam os jardins da minha vida!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Aproveite a vida, a maior festa que existe!


Não sei se por questões culturais, religiosas ou pessoais, ou talvez seja por todas elas juntas, mas o fato é que, por mais estranho e paradoxal que pareça, a maioria das pessoas desperdiça o convite VIP que recebeu ao nascer e, negligentemente, joga fora a oportunidade de aproveitar a grande festa chamada Vida!

A excêntrica tia Mame, do filme Auntie Mame (1958), repete uma assertiva que, desde a primeira vez que ouvi, achei de uma medida perfeita e urgente. Embora possa parecer agressiva num primeiro momento, ela é, acima de tudo, provocativa – um convite à reflexão e um apelo ao abandono de uma das maiores ilusões do ser humano: a de que viver e amar tem a ver, fundamentalmente, com sofrer.

A frase é: “A vida é um banquete maravilhoso e a maioria dos idiotas continua morrendo de fome”!

Prefiro acreditar que você não se julgue – pelo menos não o tempo todo – um idiota. Mas certamente, em algum momento, após ter feito algo que rendeu prejuízos, sobretudo a si mesmo, já se sentiu um completo e patético idiota! Até aí, nenhum privilégio.

O problema é quem passa a vida toda se boicotando, afundando-se em reclamações e reforçando a crença medíocre e lamentável do “se”. “Se” tivesse isso ou aquilo, “se” fosse assim ou assado, “se” conseguisse, “se” conquistasse, enfim, uma interminável lista de impedimentos à própria felicidade. Obstáculos que a pessoa impõe a si mesma por se recusar a enxergar o banquete servido bem diante do seu nariz!

Sei que afirmar que a vida é aquilo que você acredita que ela seja, ou que o melhor está na simplicidade e disponível para quem quiser é cair no lugar comum e, para alguns, beira o pedante, mas é absolutamente surpreendente constatar o quanto essa verdade ainda não foi assimilada, por mais que já tenha sido repetida incontáveis vezes.

Continuamos deixando a desejar quando se trata de sentar-se à mesa do tal banquete e se servir, se esbaldar, se lambuzar! E assim, feito idiota, a maioria continua morrendo de fome! Muitos, inclusive, morrem sem nunca terem se comportado como convidados realmente, como se o melhor da vida fosse reservado somente a alguns, que não eles.

Assim, presos à ideia de que não podem, não devem ou não sabem como, vão aceitando migalhas, deixando o melhor para quem – na opinião insegura deles – merece mais e, enfim, passam seus dias conformados com uma vidinha mais ou menos, um relacionamento “meia boca”, bem pouco de intensidade, quase nada de novos sabores, e talvez nada da autêntica felicidade!

Pois muito bem! Se você está cansado de se sentir deixado de fora da grande festa, sugiro que comece a se comportar, a partir de agora, como o convidado de honra que de fato você é! Mude sua postura, levante os ombros, olhe adiante e se apodere total e completamente do seu direito de estar neste mundo!

Apodere-se também do seu merecimento de viver um amor que valha a pena, que agite suas células e faça seu coração tremer. Se já tem um, invista nele como nunca fez antes. Aja como um apaixonado e transforme pequenas ocasiões em cenas dignas de Hollywood. No seu trabalho, comporte-se como mestre e senhor de suas funções e faça a diferença. Você não é apenas mais um. Você é um único, exemplar exclusivo na humanidade!

E acredite você ou não, as portas da festa da vida irão se abrir, os anfitriões irão te receber com pompas, os garçons irão te servir à vontade e a música vai rolar o tempo todo. Cabe somente a você a decisão de ficar apenas olhando ou, finalmente, fazer como manda muito bem a canção de “As Frenéticas”: “Abra suas asas, solte suas feras, caia na gandaia, entre nessa festa!” até descobrir, com todos os poros de seu corpo, que sorrir, amar, viver e ser feliz é muito mais uma questão de escolha individual do que de condições externas!

Texto? Rosa Braga, Dra

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Milagre do Amor



O amor é um milagre
que não acontece todos os dias...
Ele chega sem avisar,
nos toma a maior parte do dia
e quando chega a noite,
ele queima por dentro da gente.
O amor nos dá asas,
nos faz acreditar na liberdade,
nos faz acreditar que é possível,
que alguém, em algum lugar,
faz tudo pra nos fazer contente.
O amor lapida até a mais
antiga pedra.
Nos faz sonhar acordados,
nos perdoa,
quando estamos desolados.
Nos levanta,
quando não temos mais forças,
nos acalenta,
quando estamos sozinhos.
O amor, pela simples palavra,
nos faz sentir importantes,
quando, muitas vezes,
estivemos no fundo do poço.
O amor, em sua cor toda branca,
não pode ser manchado,
nem usado pra outros fins,
porque por ser intenso,
por ser maravilhoso,
deve ser cuidado,
deve ser acreditado,
pra que nunca,
em nenhum momento,
estejamos diante deste amor,
magoados...

-Angela Lara-

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Porque voce ama quem voce ama?


O memorável Carlos Drummond de Andrade, um de nossos poetas mais conhecidos, certa vez escreveu que “existem muitas razões para não se amar uma pessoa, mas apenas uma para amá-la”. No sentindo mais poético e eloquente da questão, é muito provável que a afirmação dele esteja correta! Entretanto, estamos longe de saber amar somente com poesia e eloquência e, assim, buscamos incansavelmente as razões.

Assim, começo essa reflexão propondo que você responda a seguinte pergunta: quais são as razões do seu coração? Ou melhor, quando você olha pra essa pessoa que diz amar, como completaria a frase “eu a amo porque...”? O que faz com que essa pessoa se torne, ao seu coração e de acordo com os seus valores, digna de ser amada?

Posso apostar que, enquanto apaixonados, preencher essa frase com muitos e muitos motivos é, além de fácil, um enorme prazer. Porém, conforme vocês se deparam com a humanidade nua e crua um do outro, conforme se veem diante da navalha da convivência e da cobrança da realidade, as idealizações vão desmoronando uma a uma, até ficar evidente também o que existe de mais anêmico e sem cor em cada um! Daí, então, completar a frase com apenas uma razão que seja, pode se tornar um árduo, sufocante e doloroso desafio.

Eu estaria sendo absurdamente injusta se deixassem os crentes no amor acreditarem que o tempo desfaz as máscaras das mais belas qualidades que o outro tem quando nos apaixonamos por ele. Não, não é isso! Primeiro porque não se tratam de máscaras. Ele é mesmo dono de cada uma dessas preciosidades. E depois, porque o tempo não é exatamente o responsável por torná-lo vulnerável e pálido no palco da conquista e da sedução.

Mais do que o desenrolar da vida, que insiste em evidenciar e até intensificar nossos medos, inseguranças e aqueles incômodos sentimentos inerentes às relações amorosas, como ciúme, possessividade e crenças sobre homens, mulheres e relacionamentos, é a maneira como adubamos – ou deixamos de adubar – esse solo em que cresce nosso amor, que vai nos tornar fortes, robustos e amadurecidos ou... anêmicos, fragilizados e imaturos!

Portanto, para que você esteja com as razões na ponta da língua quando tiver de responder, seja para si ou para quem quer que seja, sobre por que você ama quem você ama, só tem um jeito: treinando, exercitando o reconhecimento, ou melhor, elogiando essa pessoa que você escolheu para se relacionar!

O elogio é altamente poderoso, afrodisíaco, consistente e benéfico. Cura desconfianças infundadas, fortalece a autoestima, reforça os laços de cumplicidade e intimidade, alimenta o desejo e solidifica a mútua admiração. Portanto, se você consegue enxergar as qualidades do seu amor sem nenhum esforço, aproveite para começar a contar a ele, pelo menos uma vez por dia, sobre alguma das razões pelas quais você o ama. Mas se sua relação estiver desgastada, desbotada e murcha, então você terá de se esforçar. Mais do que depressa, comece a relembrar das razões que fizeram com que você se apaixonasse por essa pessoa e declare-as o maior número de vezes que conseguir.

Diga algo como “amo você porque você é uma pessoa carinhosa e atenciosa comigo”, e ponto final. Sem mais delongas. Mas faça isso por vários dias seguidos, sem previsão de parar. E se essa pessoa não estiver sendo o que você está dizendo que ela é, certamente vai, em breve, se sentir motivado a fazer por merecer cada um de seus elogios.

Sim! Porque somos motivados pelo reconhecimento de nossas atitudes. Mas, infelizmente, fomos pesadamente treinados para reconhecer o que o outro fez e faz de errado, de ruim, que nos magoa. Mas nos esquecemos de reconhecer e até de agradecer pelo que ele fez e faz de certo, bom e que nos agrada.

E assim, desnutridos, sem força e desmotivados, os amores vão morrendo sem que a gente se dê conta dos motivos. E tudo poderia ser tão diferente se nos respondêssemos mais vezes – e contássemos isso ao outro – sobre as razões pelas quais ele é tão digno de ser amado!

Rosana Braga, Dra

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Amor e verdade trazem relações mais sólidas


Ontem eu ouvi comentários dos meus sobrinhos, aquelas perguntas embaraçosas que só as crianças sabem fazer no meio do nada. Por essas e outras, a gente sempre acha que as crianças são inteligentes demais porque "pegam as coisas no ar". Por "pegar as coisas no ar" entende-se prestar atenção aos sinais e frases truncados que nós, adultos, "deixamos escapar" de vez em quando.

Acredito que um dos maiores dilemas da vida adulta é saber quando e como falar e quando calar. A dúvida nasce do medo da reação do outro, da ruptura que pode acontecer e da contrapartida que poderá vir. Afinal, o que os adultos mais desejam nessa vida é ter controle de tudo. Por conta disso pensamos que perdemos a capacidade de "pegar as coisas no ar". Não perdemos, não, nunca, apenas fingimos e preferimos adiar o que pode ser uma discussão para um ponto tão distante que pode tornar-se irreparável.

A dúvida sobre nossa capacidade de falar direito, de maneira a não ofender ou magoar, e nossa falta de sabedoria para nos colocar como parte do problema e, portanto, também parte da solução, refreia em qualquer pergunta ou comentário mais delicado.

É bem provável que enfiemos os pés pelas mãos na tentativa de viver com mais verdade e transparência. É possível que afastemos pessoas e que nos afastemos de algumas também. O preço por uma vida mais verdadeira é alto, mas cada centavo pago vale a pena. Como resultado alcançamos relações mais sólidas e inteiras por causa disso.

Todas as mensagens importantes estão prontas para serem "pegas no ar". Os sinais existem nos olhares, nos gestos e no comportamento de todos nós. A escolha entre aceitá-las e resolvê-las ou disfarçá-las faz parte do tipo de vida que pretendemos ter.

Aquela ruptura que tememos promover com uma pergunta direta pode ser, na verdade, o primeiro passo para o fortalecimento de uma relação. Depende unicamente da intenção de quem pergunta e da disposição de quem responderá.

Da minha parte, sinceramente, apesar de toda dor que a verdade às vezes traz (enquanto ainda não nos acostumamos a ela), foi (e é) tudo muito justo e muito rico: nada, nada mesmo é mais valioso do que saber que somos amados pelo que somos e não pelo que aparentamos ser.


O amor, afinal de contas, só existe se houver verdade nele. Caso contrário, é como uma droga: vicia, mas é por doença. Como já dizia Vladimir Maiakovski, "amar não é aceitar tudo. Aliás, onde tudo é aceito, desconfio que há falta de amor." É preciso coragem para construir ao invés de apenas erguer.

Pra terminar esse assunto que não tem fim, a frase de um autor desconhecido "depois de tudo somos um só; juntos sofremos, juntos existimos, e para sempre recriaremos um ao outro."


Acácia Lima